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Rejeição e Medo da Solidão



Você tem medo da solidão? Tem medo de morrer sem manter nenhuma relação? As rejeições amorosas são motivo de sofrimento inevitável?

A resposta dada a essas perguntas leva uma legião de pessoas do desconforto ao desespero. Ninguém gosta de ser rejeitado. Ninguém gosta de estar sempre sozinho. Enquanto alguns lidam de modo mais tranquilo com esses assuntos também há pessoas paralisadas e aflitas em segredo.

Fica cada vez mais claro que a solidão, a depressão e a falta de empatia estão entre os grandes problemas do futuro. Esse texto traz um exemplo prático, ocorrido com este autor, dos problemas com a rejeição e que tem como base a fobia da solidão também chamada de isolofobia. Se essa temática o interessa sugiro a leitura atenta até o final.

Muitos anos atrás entrou no meu ambiente de trabalho uma nova colega que logo se mostrou muito gentil e amigável. Não demorou muito para ser tomado por um sentimento arrebatador de paixão, que, aliás, foi segundo mais intenso que tive até hoje. A relação foi ganhando mais intimidade e com o tempo começaram a surgir várias sincronicidades bem como acontecimentos pequenos e significativos que, vistos como um todo, ganharam relevância.

Para mim, tudo indicava que “era ela”. Na verdade, fui me convencendo de que eu queria tê-la como namorada e companheira. Apesar de sua timidez, que pouco falava, havia uma conexão mais sentida do que dita. Há olhares que dizem em silêncio mais do que demoradas declarações.

Depois de um bom tempo, julgando que o nível de reciprocidade era o mesmo, e depois de irmos duas vezes ao cinema, acabei fazendo a bobagem de me declarar. Devido a sua timidez, pensei ser a melhor opção. Levei um buquê de rosas e disse privadamente tudo o que sentia. Ao contrário do que poderia imaginar, o enredo não teve o final esperado.

A garota antes tão meiga e sensível repentinamente se tornou grosseira e super agressiva. Ser rejeitado faz parte da história de todo homem e já tinha tidos vários episódios nesse sentido. Entretanto, foi a pior que tive (até aquele momento) com muitos palavrões, xingamentos e ofensas diversas. A surpresa do ocorrido teve grande impacto no saldo final do ocorrido.

Fiquei arrasado. Apesar de ser uma pessoa que quase não chora, ao chegar em casa não aguentei e chorei por um bom tempo, sempre de modo intermitente (parava e voltava continuamente) e não tinha sequer apetite. Tive muitos dias ruins nessa vida, mas esse, sem dúvida, foi o pior. A angústia sentida não era somente pelo modo como fui rejeitado, mas por ter supostamente perdido a “pessoa certa”.

No entanto, tive que admitir para mim mesmo que o contexto todo só ganhou essas proporções devido ao medo da solidão. Aliás, desde muito novo sempre fui acometido desse tipo de aflição ao pensar que poderia passar a vida toda sozinho, sem nenhuma companhia amorosa. Só de imaginar uma vida sendo sozinho já me deixava inquieto.

Nesse momento de fragilidade emocional (ainda no mesmo dia) fui atacado por diversas cunhas mentais do tipo “nunca vou encontrar a pessoa certa”, “vou morrer sozinho”, “perdi a pessoa certa”, “nunca vou ser feliz” e coisas do gênero. Naturalmente havia assediadores extrafísicos (espíritos negativos) se aproveitando do momento e de tudo que permiti na época.

Ao dizer para mim mesmo que não morreria sozinho, tentando sair daqueles pensamentos e sentimentos paralisantes, resolvi num momento de não choro tomar alguma atitude com alguma mulher para “provar” para mim mesmo que o futuro seria diferente. Nunca fui do tipo galã mais também não era o oposto que não tinha nenhum sucesso com mulheres (uma pessoa normal). Essa questão da solidão era mais uma questão psicológica.

Já era noite quando, nesse dia fatídico, resolvi contatar duas mulheres no intuito de conseguir alguma coisa. Uma delas era solteira e que tinha atração física e a outra era casada mais que tinha tido alguns episódios de congressus subtilis (ver quadro abaixo*) anteriormente. Nunca traí e nem me envolvi com ninguém que fosse casada, mas, mesmo sendo totalmente contra esse tipo de prática, acabei indo contra meus próprios princípios.

Estava tão mal e com o nível de lucidez tão baixo que fiz o contato com essas mulheres por e-mail. Isso mesmo... pasme! Até um pré-adolescente sabe que mandar e-mails convidando para ter uma relação não funciona, obviamente. Em meu estado deplorável nem cogitei essa tolice e mandei esses e-mails lastimáveis.

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O congressus subtilis é a união sexual fora do corpo. Em sua grande maioria é um fenômeno negativo e vampirizador de energia. É muito mais vívido do que mero sonho. Você já acordou com a nítida sensação de ter feito sexo?

Para falar melhor sobre os congressus subtilis, tive muitas vivências na época da adolescência (normal para a idade) e depois fiquei muitos anos sem esse tipo experiência. Só fui ter novamente depois de muitos anos com uma pessoa conhecida da qual sabia que não era ela e tinha assédio extrafísico no pedaço (assédio de função).

No caso com essa pessoa conhecida, como as investidas de cunho sexual não me interessavam mais e já conseguia me controlar para não deixar acontecer, o assédio teve uma mudança de tática: começaram as declarações românticas (sem conotação sexual).

Resumo: eventualmente tinha contatos de intenção sexual que depois passaram para declarações românticas de uma pessoa comprometida. Mas sabia e sentia que não era a própria pessoa - era um embuste com a face transfigurada de pessoa conhecida para criar confusão. Inclusive, depois de algum tempo, tive a comprovação que se tratava de assédio se fazendo passar por outro (não era mesmo ela). Depois disso tudo os episódios projetivos de qualquer cunho sexual ou similares foram extintos.
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No momento de crise uma das pessoas que mandei o e-mail era essa que supostamente aparecia nesses congressus subtilis. Um desses e-mails deu enorme problema, dor de cabeça e diversas complicações durante alguns anos. Uma cunha mental foi quando pensei que essas experiências de congressus subtilis seriam um indicativo do que fazer ou sobre quem eu deveria investir. Ledo engano, naturalmente.

Já na manhã seguinte, ao “voltar ao normal”, passei por enorme ressaca moral. Vi a besteira que tinha feito com os e-mails e a dor das palavras dela me rejeitando já tinham diminuído. Esse episódio, onde tudo ocorreu em apenas 1 dia, foi o estopim para uma intensa reformulação íntima. Não podia permitir que nada e ninguém pudesse me alterar dessa forma. Mas o problema não eram os outros. As mudanças devem ser internas para que o externo não perturbe.

O que fazer depois de tudo? Como deveria seguir a partir desse dia? Depois de passar dias pensando e refletindo só havia uma coisa a ser feita: autopesquisa e renovação. Nas semanas posteriores até a pretendente mudou de cidade. Como sabia que me render de novo ao desespero não era uma opção, fiz da autopesquisa um pilar para que nada semelhante voltasse a ocorrer (reciclagem íntima). De um modo mais didático, divido as providências tomadas em 8 tipos que foram executadas em um período longo, especialmente nos momentos que estava solteiro.

1. Problema raiz. Fui avaliar qual era a ideia central ou a questão emocional que gerou toda essa problemática. Depois de levantar quase 30 possibilidades, que estavam nas mais diversas categorias, a conclusão era de que, no meu caso, a raiz de tudo era mesmo o medo da solidão. Li vários artigos e livros que tratavam desse tema e puder aprender muitas informações que ajudaram de modo significativo a entender e “aceitar” a solidão.

Um pesquisador independente, capaz de aprender sem professor e se reformular sem precisar da motivação gerada pelos outros, pode fazer muito por si mesmo. Ou seja, o papel do autodidatismo é fundamental nas questões de autossuperação. É preciso “correr atrás” das soluções e do que escolheu como meta.

2. Acesso ao passado. Depois de me tratar quanto à solidão e quando já estava aprendendo a viver equilibradamente de modo mais autônomo, ganhei um presente. Tive um acesso ao passado (memórias de vidas passadas) que esclareceu a origem desse receio. Tudo ficou claro e essa foi a “pá de cal” que ajudou a sepultar essa questão.

3. Rejeição. Fui estudar e entender a rejeição e suas diversas raízes ligadas à autoestima. Um tema que julguei central foi à auto-aceitação, independente de qual for sua dificuldade pessoal. Por mim esse seria um tema que deveria ser trabalhado em todas as escolas pelo mundo. Qual a porcentagem de pessoas que forçam a própria barra para ser o que na verdade não são? Quantas pessoas passam uma vida sentindo-se deslocadas ou impostoras? A pior rejeição é a auto-rejeição.

4. Rejeição feminina. Depois de me aceitar em inúmeros aspectos, precisava superar o fato de ser rejeitado por uma pretendente amorosa. Depois de investigar livros e materiais sobre o tema (incluindo sobre paquera e conquista) apliquei inúmeras técnicas para a desdramatização.

Descobri que o problema da rejeição se resolve com a rejeição. Ou seja, para que não ficasse mais abalado precisava de doses maciças de rejeição. Realmente o autor estava correto quanto a isso. Sem jamais ser grosseiro, fui para bairros afastados para treinar a aproximação e me acostumar com a rejeição (ir para um local afastado onde não te conhecem também é uma técnica).

No começo é difícil e sempre machuca. Entretanto, com o tempo tudo vai ficando mais natural e quase não dói. Para minha surpresa, como contraponto, também tive sucessos maiores do que podia imaginar. Nunca achei que um dia, por exemplo, chegaria em casa com 10 telefones diferentes. Mais não pense bobagem, pois não iludi ninguém e nem tive posturas permissivas.

5. Questões mesológicas. Analisei pessoas ao meu redor (familiares, amigos, colegas de trabalho) que poderiam ter problemas com a solidão. Ainda que inconscientemente certos padrões alheios podem ter grande influência no modo como nos manifestamos. Encontrei mais respostas do que supunha e ficar atento a pessoas próximas também ajudou no entendimento e na prevenção de “recaídas” em padrões semelhantes.

6. Reformulação de princípios amorosos. Foi preciso rever certas posturas do romantismo imaturo e sobre a espera da “pessoa ideal” ou da “dupla perfeita”. Ser um homem educado e “romântico” em momentos adequados é bom, mas o excesso de fantasia ou expectativa gera apenas frustração e autoengano.

Por exemplo, nesse quesito as mulheres, especialmente as mais jovens, sonham com a chegada do “príncipe encantado”. Na maioria esmagadora dos casos não existe um príncipe que chega. Na maioria dos casos, chega o sapo que você merece. O mesmo vale para os homens. Relações fortes são construídas com esforço e concessões e não com varinhas do condão.

Mais não existem pessoas que combinaram ser um casal antes mesmo de renascer? Sim, existem. Entretanto, muitos não conseguem se encontrar ou não formam uma relação duradoura como deveria ser. A realidade nem sempre é muito romântica. Só que a realidade é a realidade. É preciso estar aberto para o amor chegar e maturidade para, se for o caso, dizer adeus.

7. Reforço da independência. Uma pessoa independente é autossuficiente a ponto de não precisar (desesperadamente) do outro. Isto é, a independência sem extremismos é positiva por não gerar a dependência emocional. Estudar a temática da codependência também foi enriquecedor naquele momento. Triste é a condição de quem simplesmente não consegue ficar sozinho, que precisa de uma companhia, de qualquer companhia. Quem não sabe ficar sozinho sabe mesmo estar acompanhado?

8. Aprofundamento no CPC. O Código Pessoal de Cosmoética (CPC) é técnica da Conscienciologia sobre posturas e condutas relevantes segundo sua realidade. Nesse sentido, fui fundo no intuito de me posicionar quanto ao que não fazer em situações de crise ou em momentos de pressão. Ao colocar em “pratos limpos” para si mesmo o comportamento que possível, o que é indevido e o inaceitável tudo fica mais harmonioso. Desde então passei por situações mais difíceis e conturbadas mais não descumpri o “acordo comigo mesmo” estabelecido no CPC.

Nessas leis que você mesmo cria, por julgar ser uma necessidade evolutiva, é importante ressaltar que não servem apenas de enfeite ou para dizer aos outros que possui. Antes de qualquer coisa é um posicionamento da sua consciência. No caso pessoal, por exemplo, nunca me envolvi com alguém comprometido. Portanto, o mero ato de tentar (ainda que de forma idiota como por e-mail) foi o suficiente para entrar, por exemplo, nesse novo CPC que desde então permanece sólido.

Você não tem o direito de cometer bobagens ou assediar os outros pelo simples fato de não estar bem.


Depois de dedicar tempo, energia e esforço pessoal o resultado e a superação podem ser alcançados. No meu caso, por exemplo, ficar sozinho não assusta mais. Atualmente (ano-base: 2017) estou solteiro (isso já faz alguns anos) e isso não é mais um peso. Só invisto em quem sinto valer a pena. A vida é muito rápida para viver mal acompanhado ou se queixando de ainda não ter dado certo.

Outro ponto que também vale citar é que nunca, a rigor, estamos sozinhos. Com o incremento do parapsiquismo (sensitividade ou mediunidade) é possível interagir continuamente com seres extrafísicos de todos os níveis e espécies. Nem mesmo a desativação do corpo físico traz a separação absoluta.

Todos têm conexões e o conceito de solidão é mera ilusão. No entanto, o parapsiquismo por si só não resolve o problema, pois a presença não é suficiente já que o importante é o toque. Quem afirma que é solitário na verdade diz ser insensível as outras dimensões.

Você tem medo de quê? A solidão ainda é um problema? Ser sincero nessas respostas hoje pode evitar um bocado de dor de cabeça no futuro. Esse texto certamente não é “receita de bolo” ou sugestão sobre o que deve ser feito, nada disso. Por se tratar de casuística própria refere-se a caso específico e de variáveis muito particulares. Estude e faça seu próprio caminho até chegar a um ponto que considere satisfatório.

A estrada evolutiva é individual e insubstituível. Portanto, ao invés de ficar julgando e condenando os fragmentos do que consegue enxergar em caminhadas alheias, foque no que pode fazer por si mesmo. O mundo está repleto de pessoas aprioristas, preconceituosas e mal intencionadas que não acrescentam quase nada e por isso investir em si mesmo também é um modo de contribuir com a média geral. “Se eu quero mudar o mundo, tenho que começar por mim.” - Mahatma Gandhi.

Ao terminar a escrita desses eventos neste texto, mesmo depois de tanto tempo, soa como certa catarse em função da exposição. Depois de revisitar esses acontecimentos e pensar no que “devia ter feito” fica o desejo de que você aproveite sua estadia nessa dimensão para rever a si mesmo e para evoluir ao máximo de suas potencialidades. Nem sempre os erros podem ser desfeitos e nem todo pedido de desculpas pode ser suficiente. A menor correção hoje pode significar o maior acerto amanhã.



Todo medo é fonte de sofrimento dispensável e a sensação de se libertar de qualquer tipo de fobia é incrível.

Viva as companhias evolutivas!


Este texto traz apenas informações básicas.
Estude! Se aprofunde mais no assunto!
E não acredite em nada. Experimente!

Por Alexandre Pereira.


** Não entendeu alguma palavra? - GLOSSÁRIO.



Caso de assistência nas drogas e prostituição


Em um dos grupos onde jogava bola fiquei conhecido como “professor”. Entre os que sempre apareciam tive naturalmente mais afinidade com duas pessoas bem humoradas. Um deles não tinha dúvida que já conhecia de um passado longínquo e, justamente essa pessoa, em certo dia, ao final das partidas quando já íamos embora, me pediu para conversarmos em particular.

Disse resumidamente que estava precisando de ajuda para uma questão familiar e perguntou se podia ajudá-lo, pois não tinha carro ou moto. Entretanto, achei que ele parecia sem jeito de pedir, pois estava diferente do habitual. Foi apenas no trajeto, já dentro do carro, que comecei a entender a situação-problema.

Quando fui ouvindo o pouco que me disse, acabei me surpreendendo por me escolher para esse tipo de auxílio. Tínhamos certa afinidade natural, mas não pensei que tivesse certa confiança espontaneamente. Refletindo depois, também percebi que naquele grupo boa parte dos jogadores era uma molecada ainda descompromissada e inexperiente.

Ele explicou que sua irmã estava se envolvendo com drogas e a família deles, que era pequena, estava muito preocupada. Senti, na verdade, que estavam desesperados. Só de falar em drogas era nítido que estava constrangido e desconfortável tanto que nem me senti a vontade de perguntar para saber detalhes de tudo que estava ocorrendo.

Ele indicou o caminho e chegamos num local cheio de ruas escuras, bem estranhas e com várias garotas de programa em várias esquinas. Eu estava tenso por estar ali naquelas quadras voltadas à prostituição. Afinal de contas e se alguém me visse? Segui dirigindo bem devagar enquanto ele olhava as “garotas” com calma. Senti que num lugar daqueles não seria novidade se fossemos assaltados.

Depois de um tempo rodando pela noite naquele local com baixa iluminação, típico de um submundo, me pediu para encostar perto de uma esquina. Ele desceu e foi até três garotas e ao chegar foi logo conversando com uma delas. Depois de discutirem por certo tempo, eles entraram no carro. Ele me apresentou (prefiro não citar nomes) e ela continuou com o rosto fechado. Ela tinha 22 anos, um lindo rosto, e notei que além da pouca roupa certamente estava chapada.

Levei-os até a sua residência e ao chegar lá meu amigo me cumprimentou sem jeito e agradeceu pela força. Nem precisou dizer que a própria irmã estava se prostituindo para manter seu vício. Ele nunca comentou nada sobre a prostituição e, na realidade, não tinha o que ser falado. Há obviedades que não precisam de tradução.

Ao chegar em casa e rever tudo que tinha se passado, pensei que se um dia me pedisse o mesmo favor iria agradecer e dizer que não faria mais. No entanto, uma “ideia relampejante” adentrou minha cabeça, notadamente do amparo extrafísico, me questionando se eu não podia fazer assistência em locais mais pesados. Também me disse que a assistência precisa ser feita em todos os lugares, independente do julgamento que eu fazia.

Em resumo, entendi o que tinha acontecido: um amigo me pediu ajuda para resgatar sua irmã na baratrosfera.  Depois disso a vergonha da auto-imagem não foi mais um problema e não mais reclamei mentalmente de qualquer ajuda que ele me pediu, muito pelo contrário. Inclusive, essa foi a primeira viagem de muitas que faria com ele e até mesmo sozinho em busca dela.

Entre uma série de buscas foram feitos muitos “resgates” naquelas ruas. Nos próximos meses, de tempos em tempos, sempre íamos juntos atrás dela geralmente nos finais de semana até que um dia, no meio da semana, ele pediu se não podia ir sozinho ver se estava por lá. Com o passar do tempo bastava ela ver o meu carro para se esconder, mas falavam se ela estava andando por lá.

Algumas vezes ela estava na boca de fumo, mas não sei o motivo que nunca fomos lá. Alias, nunca soube onde ficava esse ponto de droga. Suspeito que além do lugar ser muito perigoso, provavelmente um carro desconhecido traria muitos problemas. Ele pedia para um conhecido dele ir até a boca de fumo ver se estava por lá. Como é degradante ver o que a droga fez com uma garota até então sem nenhum histórico de rebeldia, segundo me disse.

Nesse processo pude tirar muitos esclarecimentos e fazer muitas ponderações. Um ponto que ficou muito claro é o quanto essas pessoas mentem para si mesmas, pois em pouco tempo ficaram nítidas as pequenas mentiras e as justificativas furadas para o que faziam. Sobre a prostituição, por exemplo, fui procurar alguns documentários, entrevistas e outros materiais e achei algumas respostas semelhantes:

- Várias garotas de programa dizem que vendem o seu tempo. Isso mesmo! Elas dizem que existem clientes que querem apenas conversar e procuram relações sem sexo. Entretanto, essa é mais uma justificativa equivocada nesse ambiente de mentira que vivem. Elas vendem o seu corpo e não apenas o tempo! Essa é a realidade e esse tipo de argumentação distorcida está em todos os seus aspectos dessa “profissão”. As mentiras, desde as pequenas até as gritantes, acabam se tornando ilusões.

Outro ponto marcante foi o cheiro que ficava no carro depois que tudo terminava. Mesmo lavando por dentro ficava um odor, uma essência barata que impregnava o interior. Deve ter um componente energético misturado a tudo isso para que ficasse daquela forma nojenta (sinto muito pela sinceridade). Seja lá o que é usado me dá asco ainda hoje ao ter contato com cheiro ainda que semelhante.

Apesar de tantas jornadas até aquelas ruas obscuras nunca deixei de sentir certa vergonha de estar ali, rodando por aquelas esquinas. Felizmente, durante todo esse processo não encontrei com nenhuma pessoa conhecida, pois imagine até explicar que “focinho de porco não é tomada”. Penso que todo esse contexto tem alguma relação com as assistências que fazia no mesmo período no Jardim Noroeste (conforme descrevi em outro texto - link aqui).

Diz-se que é na assistência que aprendemos e posso dizer que pessoalmente foi enriquecedor em vários aspectos (projeções, tenepes e iscagens). Por fim, soube que a menina acabou se mudando a força e contrariada para uma cidade do interior na tentativa de estancar o vício. Fora isso, não tive mais noticias do que aconteceu. Desde que voltei a Campo Grande não consegui encontrar mais meu “amigo de resgate”. Meus desejos é que estejam todos bem.

Falando em desejos, torço para que as pessoas que tenham algum envolvimento com as drogas e com a prostituição possam sair desse meio e voltar a serem livres. Que a desintoxicação e o desassédio um dia cheguem antes da morte prematura ou da contaminação por alguma doença letal. Espero que saiam da mentira e do auto-engano enquanto haja tempo. E desejo especialmente que um dia possam encontrar o amor e viver com alguém uma vida com sexualidade madura e afetividade sadia. Que tenham as melhores energias e o discernimento para se permitirem serem ajudados.

Agradecimentos aos amparadores pela possibilidade de ver de perto esse tipo de realidade aqui na dimensão intrafísica.


Este texto traz apenas informações básicas.
Estude! Se aprofunde mais no assunto.
E não acredite em nada. Experimente!

Por Alexandre Pereira.



Caso de infiltração assistencial


Algum tempo antes de me mudar para Foz do Iguaçu passei por algumas experiências que classifico como espécie de infiltração cosmoética para ajudar um grupo de pessoas. A infiltração, caso nunca tenha ouvido essa expressão, é uma espécie de agente amparador em determinado contexto a fim de fazer assistência e desassediar de forma anônima.

Esse tipo de infiltração não tem nenhuma relação com espionagens, conspirações, sabotagens, manipulações ou algo do gênero. Em geral é alguém mais “lúcido” em certa situação que atua ombro-a-ombro com o amparador ou equipe extrafísica. Segundo a classificação (ver link no final do texto*), o relato a seguir é um tipo de Infiltração Cosmoética Stricto Sensu.

Tudo começou quando estava na tenepes e recebi uma informação clara para ficar atento nos próximos dias, pois uma assistência séria e pontual estava para acontecer. Registrei a informação e a vida seguiu. Poucos dias depois um amigo chamou para uma festa (vou omitir de onde é esse grupo em função de preservar os envolvidos) e fui logo negando, pois seria de jovens e nunca gostei desse tipo de evento.

Entretanto, tive uma percepção parapsíquica e veio forte a mensagem da tenepes sobre uma assistência pontual. A princípio, fiquei meio atônito e perguntei mais sobre o evento e soube que seria na casa de outra pessoa e de mais alguns detalhes. Fiquei balançado no momento, mas acabei aceitando o convite. Não fazia ideia do que estava acontecendo apesar de não querer banalizar e ignorar as parapercepções.

Ao chegar ao local vi que estavam bem animados e a grande maioria dos presentes eram bem mais jovens e, com isso, me senti um tanto deslocado. Tudo transcorria bem e, apesar de não ter nada aparentemente ruim naquele ambiente, uma única questão não saía da minha cabeça: “O que eu estou fazendo aqui?”. Fiquei me questionando de forma recorrente. “O que eu estou fazendo aqui?” Sentia que estava perdendo tempo, num lugar que não era a “minha praia”.

A situação começou a mudar no começo da madruga onde boa parte dos presentes saiu da varanda nos fundos da casa, de onde estávamos, e foram um pouco mais adiante no quintal embaixo de uma árvore (o chão totalmente cimentado) e fizeram uma roda em pé. Até que entendi o que estava acontecendo: era a roda da maconha. Cerca de 75% dos presentes foram até aquela cena grotesca.

A partir de então tudo ficou péssimo, energeticamente falando. O lugar todo ficou com uma energia pesada e a baratrosfera desembocou ali. Eu, que nunca coloquei um único cigarro na boca, tive de observar a distância, e pela primeira vez, um grupo usando droga. Definitivamente quem diz que maconha é droga leve é porque é um casca-grossa que não entende de energia e de multidimensionalidade. Não existe droga “leve”, pois as companhias extrafísicas são “pesadas”.

Procurei trabalhar as energias dentro das minhas possibilidades, exteriorizando onde achava que podia e me defendendo boa parte do tempo. Não sou ingênuo ou arrogante a ponto de tentar mudar o ambiente fazendo frente a toda turma extrafísica complicada que estava ali. Discretamente, fiz o que pude e até onde achei que poderia ser útil. Naturalmente, sabia que a tenepes que ainda iria fazer ao chegar em casa estaria lotada em função da iscagem lúcida.

Comecei a pensar sobre a indicação do amparo para estar ali e tive a nítida sensação de que se não estivesse no ambiente alguma coisa ruim poderia acontecer. Depois desses pensamentos fiquei atento a tudo, especialmente se havia outro tipo de droga com os presentes, mas era só a maconha mesmo. Também olhei atentamente para cada pessoa para ver se alguém estava armado, mas não vi nenhuma arma.

Teria surgido ali alguma briga ou agressão mais séria sem o amparo extrafísico? O que poderia ter acontecido de pior? Ao final da “festa” voltei para casa e fui para a tenepes. A psicosfera estava lotada, tanto que acabei perdendo totalmente a lucidez durante a prática, o que é algo incomum. Acordei na poltrona já com o dia amanhecendo e com o corpo todo dolorido pela má posição. Me dirigi para a cama e dormi profundamente sem recordar absolutamente nada.

Dias depois, quando voltei a encontrar algumas pessoas, soube que muitas passaram mal nos dias seguintes com dores de cabeça, gente com forte ressaca e assim por diante. A baratrosfera pesou para todo mundo. Senti repercussões, menos intensas, durante os dias seguintes na tarefa energética pessoal. Ainda não entendo a necessidade real de me colocarem ali apesar de saber que auxílios foram feitos. Outras situações similares a essa, e bem menos intensas, ocorreram tempos depois.

Interessante notar que esse tipo de assistência só foi possível em decorrência de uma forte qualidade desse grupo: o Universalismo. Ali era aceito todo tipo de pessoa: usuários e não usuários, pessoas de mais idade, gente totalmente tatuada, enfim todas as tribos eram aceitas de modo sincero e sem qualquer tipo de exclusão. Não fosse por isso, nem sequer teria sido convidado. Um traço força grupal que permitiu a atuação das consciências extrafísicas.

Essa experiência foi singular e agradeço a oportunidade de participar, pois aprendi e entendi na prática várias questões. Fica o alerta aos defensores de qualquer tipo de droga, seja lícita ou ilícita, para antes de levantarem uma “bandeira” que procurem pesquisar por vocês mesmos os efeitos e as conseqüências multidimensionais das drogas na vida humana.


- Textos sobre infiltração cosmoética:
Abordagem Inicial sobre Infiltração Cosmoética - link.
Contrapontos da Infiltração Cosmoética - link. 



O texto traz relatos pessoais apenas como didática.
O objetivo dessa auto-exposição mínima é
exemplificar conceitos e gerar questionamento.
Você valoriza vivências básicas como essa? 

Por Alexandre Pereira.



Do Espiritismo à Conscienciologia



Devido a uma série de questões familiares, comecei a freqüentar um centro espírita (kardecista, mesa branca e não umbandista) vinculado a Ramatis que ficava literalmente do outro lado da cidade. Na época tinha 15 anos e todo sábado recebia passes e passava pela seção de desobsessão (desassédio) como todos que ali freqüentavam.

Com o passar do tempo, disse que gostaria de ajudar de alguma forma e me colocaram para chamar as pessoas pelo número das fichas para a desobsessão. Basicamente durava a tarde toda do sábado. Por me sentir muito bem ali disse que gostaria de ser médium e atuar nos serviços da casa. Fui informado que era preciso ter no mínimo 18 anos para começar a formação devido a diversos fatores, inclusive a formação corporal.


Devido a minha insistência, fui avisado que levariam meu pedido para uma instância de outra cidade para decidir (não me lembro qual é), mas para começar provavelmente só depois dos 18 anos mesmo. Entretanto, quando a resposta chegou foi diferente do que se imaginava, pois o parapsíquico que avaliou a situação disse que eu tinha “bagagem” e meu caso era uma exceção e, portanto, poderia começar a desenvolver a mediunidade com, então, 16 anos.


Naquela época não sabia que a tal “bagagem” era o que chamamos de ser um intermissivista. No entanto, tal fato me deu certa força íntima, pois, mesmo sem entender direito, sabia que de alguma forma era uma exceção positiva perante a média social. E com 16 anos comecei a formação mediúnica para trabalhar nos processos da fraternidade.

Depois do treinamento, os iniciantes começavam a atender com os passes magnéticos, ou seja, a doação de energias em favor da saúde e da terapêutica alheia. Nessa época foi muito interessante perceber as diferenças de padrão entre as pessoas e as várias cargas energéticas que ocorriam nesses contatos. Ficou nítido que as aparências, em matéria de evolução e energia, não significavam nada.

Depois de certo tempo trabalhando como energizador, um dia cheguei e notei que outros médiuns da casa estavam me olhando de modo diferente. Logo depois, soube que tinham recebido a informação de que eu deveria começar a trabalhar como doutrinador nas seções de desobsessão (tarefa mais “nobre” da casa). Em outras palavras, um médium iria incorporar consciências doentias na minha frente e eu iria conversar com elas visando o desassédio.

Ainda com 16 anos comecei a fazer parte desse serviço de assistência e de relação direta com seres de todos os tipos. Esse desassédio funcionava da seguinte forma: havia uma cama onde a pessoa assistida deitava e ao seu lado havia duas cadeiras para os médiuns - uma para o incorporador e o outro com o desobsessor.

Assim que a pessoa deitava, era feita a ligação energética e as consciências extrafísicas necessitadas eram incorporadas para uma conversa de auxílio. Alguns atendimentos eram rápidos e outros um pouco mais demorados, mas todos recebiam alguma assistência e auxílio. Nos sábados os atendimentos iam do começo da tarde até o começo da noite e era comum conversar com 20 consciências ou bem mais por dia.

Uma situação inusitada que freqüentemente ocorria eram pessoas da terceira ou quarta idade que se deitavam na cama para a desobsessão e se chocavam ao ver um garoto de dezesseis anos no serviço. A extremidade das faixas etárias gerava certo estranhamento no começo, mas depois acabava sendo tratada com naturalidade. Quando completei 18 anos, idade em que deveria estar iniciando, já estava experiente por ter conversado com muitas consciências extrafísicas.

Um ponto relevante nesse caso é que no final dos trabalhos do dia os últimos atendimentos eram reservados para os próprios médiuns. Ou seja, primeiro o incorporador fazia uma incorporação para si próprio ou para algum familiar necessitado e depois era feita para o médium desobsessor. Isto é, eu tive a oportunidade de ouvir e conversar com meus próprios assediadores, fazer diversas reconciliações e “comprovar” que os fenômenos e a multidimensionalidade era real.

Ocorreram muitos casos nesse “autodesassédio” em que ouvi os seres extrafísicos doentios falarem de particularidades, pessoas, fatos e situações daquele momento de vida de modo impressionante. Como o médium que trabalhava comigo no dia era aleatório, não tinha como a pessoa saber detalhes da minha vida para expor certos pontos com tanta propriedade. Também foi fácil e óbvio constatar que tantos assédios ocorrem por motivos banais ou que existem apenas na cabeça do assediador.

Outro ponto desse atendimento pessoal realizado no final é que eventualmente aparecia algum amparador da casa ou outra consciência mais madura que quisesse conversar ou passar alguma mensagem. Dessa forma, tive a oportunidade de ouvir inúmeras informações de alto nível que foram muito importantes. Em algumas raras oportunidades sentia que consciências evoluídas se apresentavam para passar mensagens e não espero ficar divagando ou especulando seus níveis evolutivos, pois o que interessa é que tinham elevada expressão evolutiva e isso basta.

Antes que alguém questione já afirmo que não desconfio que nenhum desses seres evoluídos esteja no nível de Serenão, até porque não adianta querer dar uma de esperto ou subestimar a capacidade de anonimato dessas consciências. Se um dia algum deles se manifestou, o que acho bem difícil, provavelmente foi alguém que jamais desconfiaria. Entretanto, algumas interações foram impactantes e deixaram marcas positivas até os dias atuais.

Outro ponto interessante é que nesse atendimento pessoal, além da oportunidade das conversas e reconciliações, notei que começaram a surgir consciexes que não tinham relação direta comigo ou com pessoas conhecidas. No começo desse processo sentia certa frustração por não atender demandas pessoais e ignorar o que ocorria. Com o passar do tempo ouvi que alguns amparadores pediam para essas consciências descompensadas me seguirem ou elas sentiam a necessidade de ficarem perto por alguma razão desconhecida.

Com o passar dos anos esse tipo de consciência “aleatória” que ficava por perto para ser atendido passou a ser mais numeroso do que os desassédios pessoais no último atendimento. Comecei até a identificar eventualmente quando uma consciência que precisava ser assistida se “conectava” pela primeira vez. E pude confirmar esse fato diversas vezes quando durante a seção a consciência falava onde e quando ela tinha me encontrado. Ou seja, ocorria a percepção e posteriormente a confirmação no momento da conversa. Naturalmente, essa detecção da minha parte nem sempre ocorria.

Quando ouvi na Conscienciologia o que significava a isca lúcida ou iscagem assistencial sabia que se tratava do que ocorria comigo nessas situações. Ou seja, alguém extrafísico necessitado é colocado no campo energético para posteriormente ser assistido e encaminhado. Esse é um dos motivos pelos quais estudo e busco aperfeiçoar a iscagem consciente de modo mais abrangente, especialmente depois de ter começado a tenepes.

Falando em Conscienciologia, no mesmo ano que comecei a trabalhar como médium participei pela primeira vez de um curso com alguns familiares. Na época eram os “Ps” (fiz o P1 e P2) com o professor Umberto Correa que foi o primeiro docente conscienciológico e uma espécie de “chave” nesse contato. Naquele período os cursos tinham apenas um final de semana e demorava meses para acontecer outro módulo.

O interesse pelos assuntos conscienciológicos naquele momento servia como um complemento e até certo arrimo nas atividades que desempenhava. Lembre-se que na época tinha apenas dezesseis anos. Dessa forma, fui fazendo os poucos e esporádicos cursos existentes com os professores que vinham de outros estados. Também não fazia ideia de que era possível ser voluntário ou pesquisador, pois não tocaram no assunto durante os eventos.

Com o passar dos anos, fui lendo e entendendo cada vez mais sobre a ciência da consciência e percebendo que tinha muito para desenvolver. Em dezembro de 1999 (aos 18 anos) fiz a primeira viagem a Foz para um curso sobre sinalética energética com Waldo Vieira e tive vários insights e percepções marcantes.

Durante os estudos pessoais percebi que havia muitas lacunas no Espiritismo e que algumas práticas conscienciológicas poderiam ser avaliadas. Conversei com a direção do centro e perguntei se gostariam que eu levasse alguns temas para o estudo em grupo, pois via que ajudaria em diversos aspectos. Como a ideia foi aceita, fui listando o que achava fundamental e acabei entregando duas folhas com mais de 100 temas conscienciológicos. Infelizmente não discutimos um tema sequer, talvez por entregar temas demais.

Entre esses assuntos estava, por exemplo, a autodefesa energética que visa a manutenção do equilíbrio pessoal frente a diversos ataques extrafísicos. No Espiritismo se tinha proteção durante os trabalhos assistenciais, mas e depois na vida cotidiana? Como se autodefender? Fiz análises desse tipo ao montar essa listagem até perceber que o interesse não era dos outros e sim pessoal. Esse ponto foi essencial para compreender as próprias motivações de querer novos caminhos.

Depois de um período de reflexão, optei pelo voluntariado da Conscienciologia (no ano 2000) por diversas razões, especialmente por não terceirizar a evolução pessoal e por ansiar ampliar a assistencialidade. Na Ciência, qualquer pessoa tem a liberdade para estudar, falar a respeito e se desenvolver sem precisar ser alguém especial, sem temer ofender a própria doutrina e nem tomar outra atitude restringindora sem fundamentos concretos. A Ciência deve ser aberta, com debates claros e sem retaliações.

Imagine se no passado tivessem dito: “Quem esse alemão, que trabalha em um escritório de patentes, acha que é para propor algo desse gênero tentando modificar a Física? Vamos arrumar alguma forma de atingir a sua pessoa e assim diminuir o trabalho desse tal de Einstein!” Em processos de pesquisa o que vale são as ideias, investigações e refutações (se necessário) que não se fecham com conhecimentos dogmáticos.

Tenho muito respeito e gratidão por tudo que vivenciei e aprendi nos anos de trabalho de desassédio. Andava de ônibus para atravessar a cidade (gastava um bom tempo no deslocamento) e nos sábados daquela época, enquanto meus amigos pensavam em baladas e outras formas de diversão, doava o que tinha em vista de uma causa maior. Não me arrependo desse período.

Tive também a oportunidade de conhecer alguns sensitivos brilhantes (muito corretos e dignos) que foram exemplos silenciosos, sem contar os prováveis intermissivistas que encontrei. Uma senhora, inclusive, ao que tudo indica, era o que na Conscienciologia se chama de Ser Desperto (que não sofre mais nenhum tipo de assédio ou obsessão) aparentemente consolidado.

Tenho grande satisfação de ter sido um desassediador precoce mesmo sem entender totalmente as nuances que tornaram isso possível. Vejo que muitos espíritas poderiam avançar mais se conhecessem técnicas, princípios e práticas conscienciológicas do mesmo modo que também já observei alguns conscienciólogos cheios de teorias, mas com muito pouca interação prática com o extrafísico.

Toda essa jornada foi exposta de modo resumido e sintético no intuito, em primeiro lugar, de agradecimento e também para pontuar que deve existir respeito e pacificação entre as várias vertentes do conhecimento. A separação de Waldo Vieira com Chico Xavier criou certas feridas no passado e alguns têm a ideia errônea de que a Conscienciologia combate o Espiritismo. Apesar das diferenças, ambas têm muitos pontos positivos que podem ser extraídos em favor do próximo. É importante se posicionar sobre o melhor caminho para você ao invés de frequentar vários lugares ao mesmo tempo.


O texto traz relatos pessoais apenas como didática.
O objetivo dessa auto-exposição mínima é
exemplificar conceitos e gerar questionamento.
Você valoriza vivências básicas como essa? 

Por Alexandre Pereira.