Um
cego pode ser guia de alguém? É exatamente isso que ocorre muitas vezes com
pessoas ignorantes que não sabem o caminho da evolução e querem dizer e
orientar os demais. Esse tipo de personalidade é o verdadeiro mercador da própria ignorância.
O
guia cego é uma consciência em evolução (como todos) que está no físico ou na dimensão
extrafísica (já passou pela morte biológica ou descartou o corpo físico) e
parece um ser evoluído que presta assistência, mas sendo, na verdade, um falso
amparador ou pseudoprotetor. O enfoque desse texto é no tipo extrafísico.
O
termo mais adequado para guia cego e atualmente mais utilizado é guia amaurótico. Muitos problemas são
criados a partir da confusão entre esse amaurótico com amparadores genuínos. Há
indivíduos que podem se enganar por décadas achando que possui uma companhia
extrafísica qualificada.
Devido
as suas imaturidades latentes, os guias cegos mais confundem, distorcem e
desencaminham pessoas abertas e sugestionáveis. A rigor, esse tipo de
personalidade é um guia desorientador que pouco acrescenta e que deveria
receber assistência de diversas formas.
Como
diferenciar guia cego de amparador? Segue abaixo 25 considerações sobre esses
seres amauróticos para facilitar sua diferenciação do real amparo extrafísico.
01. É uma consciência muito emocional.
Toda
consciência extrafísica que se apresenta muito exaltada emocionalmente deve ser
analisada com atenção. Quem fala de modo estridente e quer chamar a atenção
onde está se mostra personalidade carente e provavelmente instável. O amparo
extrafísico é fraterno, porém tem uma conduta mais racional e harmônica. A
exacerbação emocional denota imaturidades óbvias.
02. Exige uma troca para te ajudar.
Boa
parte dos guias cegos é movido por interesses egoísticos e acabam exigindo
favores e barganhas para realizar algum tipo de ajuda. Ou seja, suas ações são
movidas por interesses e certo oportunismo ao invés do amparador que ajuda de
modo desinteressado e sem pedir nenhum pagamento de qualquer espécie. O guia
cego é um agente a serviço de si mesmo.
03. Tem nível ético duvidoso.
Se
você tem acesso a um suposto amparador é preciso ficar atento quanto ao seu
nível de ética (que é o melhor termômetro evolutivo). Se acontecer posturas
desconexas ou de intenções duvidosas é porque existem incoerências que não devem
ser banalizadas. Não é difícil para uma pessoa fraca em cosmoética ficar
irritada com algo e se virar contra você.
04. Gosta de coisas primitivas.
Outra
característica dos guia cegos é o gosto por coisas primitivas que evidenciam
certas imaturidades pessoais. Não raro querem fumar, consumir bebidas
alcoólicas, rituais com sangue, questões com sexo (especialmente o promíscuo).
Portanto, fique a tento se o “amparador” seu ou de alguém gostar desse tipo de
coisa para que alguma ajuda seja prestada.
05. Faz exigências e cobranças indevidas.
Um
amparador real não faz cobranças indevidas, pois não se julga na condição de
colocar o “paradedo na cara” e exigir o que deseja. Aliás, um amparador nem
sequer entra em alguns lugares se não for convidado. O respeito que possuem não
permite fazer exigências e eles simplesmente se afastam quando o assistido não
quer contato ou não se permite se ajudado. Seu guia faz cobranças indevidas?
06. Tem sabedoria limitada.
Como
já foi dito, o guia cego talvez seja o maior mercador da própria ignorância. É
um tipo de personalidade que se investigar um pouco mais não se encontra
profundidade de ideias e vivências. Dessa forma, tem conhecimentos e sabedoria
limitada e não consegue fornecer respostas satisfatórias. Pior contexto é
quando se coloca como sendo a supremacia na Terra para que pessoas
sugestionáveis acreditem. A maior sabedoria reside na simplicidade.
07. Pode ajudar ou atrapalhar.
O
guia cego é um tipo de personalidade que pode ajudar ou atrapalhar os demais de
acordo com as circunstâncias. Se para te ajudar ele tiver que prejudicar centenas
de pessoas ele fará sem nenhum remorso. Dessa forma, não se trata de um companheiro
da fraternidade mais um mero ajudante com baixa moral. Quem prejudica os
outros não é amparador.
08. Pode adotar uma postura de guru.
Um
dos piores tipos de guia cego é aquele que se coloca como um santo ou profeta
em tudo que faz. Esse tipo de conduta quer estimular a adoração de si como se
fosse um “ser divino” e não raro arrebanha muitos fiéis intra e extrafísicos.
Esses seguidores em sua maioria são carentes e impressionáveis que acabam se
apaixonando pela figura posta como mítica. O guia fanático quer atender o
próprio ego e não seu semelhante.
09. Não se importa com interprisões
grupocármicas.
A
falta de visão evolutiva faz com que o guia simplesmente banalize toda e
qualquer forma de interprisão grupocármica. Assim, leva sua vida
multidimensional sem se importar com o carma ou a lei de causa e efeito e
tampouco para o que “planta” já que não faz questão de pensar na “colheita”.
Dessa forma, tem dificuldade em dizer não e acaba sendo vítima das
próprias ações irrefletidas e impulsivas de quem não liga para o amanhã.
10.
Não respeita seu livre arbítrio e sua independência.
O
guia cego tenta justamente guiar alguém de acordo com o que julga melhor de
acordo com seus “achismos”. Além de não se retirar quando a pessoa humana
recusa a ajuda, ainda pensa que ninguém tem direito ao livre-arbítrio. Ou seja,
quer que seus “assistidos” tenham total dependência em sentido mais amplo.
Assim, ao invés do amparador que intercede, surge o semi-assediador que
interfere. Guiar não é ordenar.
11. Essa consciência já te atacou ou te passa
medo.
É
bom ficar atento se a figura que supostamente te ampara o deixa de alguma forma
amedrontado ou se passa uma sensação de ameaça. Caso essa mesma personalidade
já tenha te atacado anteriormente fica mais fácil de configurar como guia cego
ou assediador. Vale dizer que não é preciso fazer nenhum tipo de autodefesa
quanto ao amparo. A mão que acolhe é também a que agride?
12. Quer ajudar mais não tem qualificação
técnica.
O
guia cego pode ser muito bem intencionado, o que é bom. Entretanto, isso não o
dá qualificação do serviço, o que é ruim. Na essência é um indivíduo que vai
fazendo sem saber direito e torcendo para dar certo. Infelizmente, as
comunidades extrafísicas doentias estão cheias de pessoas bem intencionadas.
Boa intenção não é suficiente. O amparador é um técnico ou especialista em
determinado assunto.
13.
Defende radicalmente uma doutrina ou linha do conhecimento.
O
guia cego é personalidade de defende com “unhas e dentes” as próprias crenças
que levou de sua última vida humana. Interessante constatar que muitas são mais
fanáticas e radicais após a morte física. Essa postura denota sectarismo e quem
pensa diferente é visto como adversário ou inimigo. Um amparador ajuda quem for
preciso, seja qual for sua linha de conhecimento, e, portanto, não segue uma
única especialidade. Você ajuda só quem pensa igual a você?
14.
É capaz de prejudicar alguém.
Uma
das maiores diferenças entre o amparador e o guia cego é que esse pode ser
capaz de prejudicar alguém. Se o seu “assistido” deseja que alguém se dê mal o
guia cego buscará atender esse tipo de postura imatura. Há locais religiosos no
mundo todo, por exemplo, que trabalham com magia negra ou “mesa preta” com
seres extrafísicos especializados em ajudar ou atrapalhar. Eis a conduta nítida
de guia cego. Quem é capaz de perturbar alguém ainda está longe de ser bem
assistido.
15. Fala pela boca ao invés de telepatia.
Fique
atento se você tem um contato com um ser extrafísico e este fala com sua boa ao
invés de simplesmente usar a telepatia. O fato de falar pela boca não significa
que seja necessariamente guia cego ou alguém patológico mais evidencia que o
nível de evolução não é muito alto. O mesmo vale para seres extrafísicos que
correm ao invés de volitar ou que sentem vontade de sexo e alimento. Você
consegue identificar alguém realmente evoluído?
16. Deseja que seus assistidos ajam como
mirmídone.
“O
mirmídone é o seguidor, subordinado, criado ou assistente sempre executando
ordens sem questionamento, de modo automático ou amaurótico”. Sendo assim, se
sente melhor quanto mais inconsciente são as pessoas que interagem sob sua
tutela. A servidão energética e, principalmente, psicológica cria a submissão
típica das interprisões grupocármicas de acordo com o princípio de que “manda
quem pode, obedece quem tem juízo”.
17.
Gosta de ser bajulado.
É
típico do guia cego a postura de querer e cobrar bajulação quanto a sua pessoa.
Ou seja, pede reverência e trata seus “assistidos” como pessoas inferiores e
até desprezíveis enquanto o amparador se nivela de modo “horizontal” quando
assiste. Tome cuidado com quem precisa ser atendido quanto aos caprichos do
próprio ego.
18. Se julga dono de quem assiste.
Um
“quase amparador” muitas vezes se sente dono de quem está junto como se fosse
propriedade própria. Situação comum de parentes que falecem e decidem ficar
perto dos ex-familiares ainda querendo ditar as regras e as condutas dos
mesmos. Essa postura de desrespeito quanto às escolhas alheias traz sempre
prejuízos cármicos para os envolvidos se permitirem o controle por esse tipo de
consciência. Ninguém é dono de ninguém.
19. Quer ser notado e almeja agradecimento.
O
guia cego não se contém em ser um ajudante anônimo ou intangível, pois quer
receber elogios e glórias de seus feitos e os méritos de suas “ajudas”. Um
amparador legítimo não está nem um pouco preocupado se vai receber
agradecimento ou gratidão dos demais, pois faz o que julga certo
independentemente do julgamento de terceiros. A assistência anônima está no
âmbito das mais avançadas.
20. É um ser contrário a autopesquisa.
O
guia cego ignora e desvaloriza a autopesquisa e toda forma de autoconhecimento,
por isso tende apenas a falar em ter fé e acreditar em tudo que não se conhece.
A falta de profundidade nessa área tenta ser compensada em frases e ideias
soltas (mesmo sem significado amplo) já que é difícil dar diagnósticos e
respostas sobre a natureza da consciência. Apelar tudo para Deus e para a fé
pode ser só uma espécie de fuga.
21. Pode ter relação com imaturidades pessoais.
Sua
companhia que aparenta ser protetora pode ter origem de algum comportamento ou
mesmo imaturidade pessoal. Pode ser uma amizade feita em bares, no uso de
entorpecentes, grupos mal intencionados, centros religiosos, posturas
promíscuas e assim por diante. Há seres extrafísicos que nessas ocasiões podem
apreciar nossa presença e passam a acompanhar nossa existência. Nem todo
amor é sadio e nem toda amizade é equilibrada.
22. Tem uma presença energética densa e “pesada”.
Quem
já teve ou tem um nível de percepção energética pode perceber que a presença
desse tipo de consciência é mais densa e muito mais perceptível enquanto o
amparo tem seu psicossoma mais sutil e de difícil detecção. Portanto, fique
atento sempre que tiver uma presença mais intensa, não que seja alguém mal
intencionado mais pode expressar que não possui muita evolutividade. A presença ensina.
23.
Possui temperamento intransigente.
Um
amparador não impõe sua vontade e nem é intransigente em suas deliberações,
salvo raras exceções. Fique atento se você perceber uma presença extrafísica
que só quer dar ordens e “forçar a barra” em diversos aspectos, pois
aparentemente há algo errado nisso. O guia cego normalmente é uma consciência
que não sabe lidar com frustração e ser contrariado. O amparador não é dono.
24. Quer doutrinar ou convencer.
O
pensamento de guias cegos é tipicamente fechado e se possível fará o possível
para doutrinar ou inculcar suas próprias crenças e gostos. Esse processo remete
a lavagens cerebrais de todas as categorias justamente por “fazer a cabeça”
semelhante ao realizado por seitas e grupos facciosos antiuniversalistas. O
“partidarismo” do guia cego não leva a uma expansão do pensamento, mas a um
ofuscamento da verdade.
25. No fundo é um assediador disfarçado.
O
guia cego aparenta ajudar quando, na verdade, só piora a situação em que se
envolve. Interessante analisar que esses guias, por boa parte das pessoas, são recebidos
gostosamente e como se fosses salvadores da pátria. Um professor que ensina
errado e é contraditório pode ser chamado de profissional? A rigor, a
maioria dos guias cegos está mais para um pseudo-assediador do que para um
semi-amparador.
Portanto,
muita atenção se esse amparador exige algo para te ajudar, às vezes atrapalha,
tem nível ético duvidoso, é intransigente, é muito emocional, gosta de
bajulação, faz cobranças, quer convencer e assim por diante conforme exposto anteriormente.
Também existem muitos seres extrafísicos zombeteiros que deliberadamente se
transfiguram para enganar e zombar de quem dá créditos e ouvidos.
Não
basta ter parapsiquismo ou sensibilidade, pois as relações pessoais necessitam
de criticidade seja qual for à dimensão em que se manifeste.
Na
vida humana também temos alguns exemplos aparentemente corriqueiros que podem
expressar atitudes semelhantes aos guias cegos extrafísicos como, por exemplo,
essas 10 listadas em ordem alfabética:
01. Agressividade. Agressores ensinando
sobre pacificação.
02. Docência. Analfabetos ensinando a alfabetizar.
03. Emagrecimento. Obesos ensinando a
emagrecer.
04. Espionagem. Espiões ensinando
sobre privacidade.
05. Fidelidade. Prostitutas ensinando
sobre fidelidade.
06. Finanças. Pobres ensinando como ficar rico.
07. Materialismo. Materialistas
ensinando Projeciologia.
08. Saúde. Traficante dando aula sobre saúde.
09. Sexualidade. Padre que dá aula de
sexualidade.
10. Vingança. Vingativos ensinando sobre perdão.
Ao que tudo indica, as falácias lógicas parecem
acompanhar boa parte dos guia cegos.
Caso
você identifique, de acordo com sua própria criticidade, que você está cercado
por um guia cego também é preciso discernimento para saber agir. Nem sempre
enxotar mental e emocionalmente pode ser o mais correto. Até mesmo para se
afastar é preciso ter certa diplomacia e respeito.
Este texto traz
apenas informações básicas.
Estude! Se aprofunde
mais no assunto!
E não acredite em
nada. Experimente!
Por Alexandre
Pereira.
** Não entendeu alguma palavra? - GLOSSÁRIO.