Afinal, onde fica o esplenicochacra?



Os chacras são vórtices de energia que possuímos e que são abordados milenarmente no oriente, especialmente na China e na Índia. Ao todo existem mais de 88 mil chacras de todos os tamanhos espalhados ao longo do corpo. Entretanto, a cultura popular fala apenas nos chacras maiores, geralmente em torno dos 7 principais.

Nas fotos mais conhecidas dos chacras, principalmente na linha mais mística, todos os chacras aparecem alinhados ao centro do corpo de modo simétrico. (veja as ilustrações abaixo). Dessa forma, é dada a ideia de que os centros de energia quando saudáveis devem estar “alinhados”, daí a famosa expressão de alinhamento dos chacras.





Segundo a Conscienciologia, após o sexochacra (kundalini) vem o chacra umbilical e o terceiro, de “baixo para cima” é o esplenicochacra e se localiza no lado esquerdo do corpo estando situado aproximadamente na altura do baço. (veja ilustração abaixo). Nesse modelo conscienciológico o chacra umbilical fica alguns centímetros acima do umbigo e não há nenhum vórtice relevante abaixo do umbigo até o sexochacra.

 Imagem retirada do IIPC


Quanto aos chacras (ou chakras) há opiniões divergentes e até contraditórias quanto aos conceitos e especulações ocorridas ao longo dos tempos. Difícil dizer se já existiu alguma unanimidade. No Budismo Tibetano, por exemplo, se reconhece apenas 5 chacras principais onde os dois primeiros se combinam do mesmo modo como o sexto e o sétimo seriam apenas um. Há centenas de visões díspares.

É importante frisar que as funções do esplenicochacra, destacado pela Conscienciologia, está entre as mais nobres e importantes e, apesar de sua relevância, está entre os mais desprezados de um modo geral. Entre suas principais atribuições destaca-se:

- Distribui as energias para os demais chacras e pelos órgãos do corpo.
- Desenvolvimento das experiências fora do corpo (projeção consciente ou viagem astral).
- Absorção de energias cósmicas durante as experiências fora do corpo (promovendo autocompensações e a revitalização da saúde física e mental durante o período de sono do corpo humano).
- Está relacionado com a desassimilação das energias (desassim) ou desconexão energética.
- Atua nos fenômenos de ectoplasmia projetiva (juntamente com o sexochacra e o umbilicochacra)


O próprio esplenicochacra parece atuar mais intensamente em relação a alimentação humana e em processos ainda obscuros quanto ao baço e desconhecidos pela própria medicina. O ponto chave é que o esplênico atua de modo primordial em relação aos demais juntamente com o coronochacra (no alto da cabeça) devido as suas funções nobres.

Tanto o chacra esplênico quanto o chacra cardíaco estão mais presentes do lado esquerdo do corpo em decorrência dos demais e fazem uma interface maior com outros dois corpos como o energossoma (tido por outros nomes como duplo etérico, corpo vital, holochacra, chi, veículo do prana, entre outros) e o psicossoma (também tido por corpo astral, perispírito, corpo emocional, entre outros). Existe ainda a hipótese de que o lado esquerdo do corpo atue de modo psicológico na fixação da consciência na vida humana.

O fato do esplenicochacra não ser abordado nos países orientais com essas especificações explicaria a questão de falarem muito pouco sobre as experiências extracorpóreas ou projetivas? Boa parte das linhas orientais fala muito de energia, mas sobre a projeção consciente e seus correlatos há poucas informações e aplicações significativas. Isso teria relação por ignorar esse centro de energia?

Afinal, onde fica o esplenicochacra? Para responder à pergunta central deixo essa questão com você. Nesse caso, o inteligente, evolutivamente falando, não é acreditar ou defender alguma abordagem que você tenha preferência. O mais maduro é ter suas próprias experiências com as energias e verificar por si mesmo de forma isenta e aberta. Afinal, você já sentiu em algum momento da vida o chacra esplênico? Conseguiu comprovar por si mesmo a sua existência?


Bônus: Atualmente não possuem técnicas ou mesmo procedimentos metodológicos que utilizam o esplenicochacra visando a experiência fora do corpo (nem mesmo por praticantes veteranos no mundo). Seria importante desenvolver amplamente técnicas com esse enfoque?



Este texto traz apenas informações básicas.
Estude! Se aprofunde mais no assunto!
E não acredite em nada. Experimente!

Por Alexandre Pereira.


** Não entendeu alguma palavra? - GLOSSÁRIO.



Experimento de integração científica na Netflix



Foi lançado a pouco tempo As Maiores Incógnitas (“The Most Unknown”) pela Netflix que, além de ser um documentário que mostra o trabalho de inúmeros cientistas de ponta, é um tipo de experimento social por reunir áreas até então “isoladas” e mostrar uma multidisciplinaridade raramente vista no meio acadêmico.

Em pouco mais de uma hora de meia de apresentação pesquisadores de 9 áreas distintas como Psicologia, Astronomia, Física, Biologia, entre outros, tem a oportunidade de trocar informações e fazer novas interações. Em determinado ponto, por exemplo, ocorre uma breve discussão sobre a pesquisa da consciência e as tentativas de entendimento com as novas metodologias existentes.

Para o indivíduo pouco habituado quanto a ciência e a pesquisa em geral, a produção gera uma ampliação de horizontes e evidencia que a busca pela verdade do universo ainda está muito distante de nossa realidade. Ao mostrar, por exemplo, o quão pouco conhecemos do nosso próprio oceano ou sobre grandes questões universais é possível notar o tamanho de nossa ignorância mesmo com o desenvolvimento atual.

Esse documentário é uma "prato cheio" para quem gosta de ciência e sobre pesquisa em geral. Por mais iniciativas como essa.



 
Por Alexandre Pereira.

E se a Ciência comprovasse a vida após a vida? - Filme "The Discovery" da Netflix




E se a ciência comprovasse sem qualquer tipo de dúvida que existe a vida após a morte? Isso melhoria nossa vida?

O filme "The Discovery" analisa essa comprovação, mas coloca uma premissa não muito discutida que é o suicídio em massa. Sem contar muito da história, a humanidade está passando por uma crise de suicídios já que a vida material não é a única e as populações sabem que existe algo além.

Interessante a abordagem sobre a pesquisa da vida após a morte e de como as pessoas esclarecidas lidam com o assunto. O grande pesquisador e responsável pela descoberta, interpretado pelo ator Robert Redford, é figura intrigante e controversa.

Saber como as pessoas reagiriam perante uma descoberta dessa magnitude ainda é uma incógnita nos dias atuais e o modo como a trama é construída torna-se interessante para análise. Como você lida com seus erros e arrependimentos dessa vida?

Trailer:


Por Alexandre Pereira.


7 razões para não ser egoísta


Todos somos egoístas, isso é um fato. No entanto, esse nível de egoísmo varia entre as pessoas em proporções gigantescas. Uma consciência evoluída, até certo ponto, é aquela que carrega menos egocentrismo dentro de si. Ou seja, essa temática tem relação direta comigo, com você e com a humanidade. Caso seu egoísmo esteja além da conta e bem acima da média, você pode estar perdendo inúmeras oportunidades evolutivas nessa era de aceleração em que vivemos. Afinal, você é o pálido reflexo de suas escolhas profundas.

Segue abaixo uma listagem de apenas 7 itens, fora muitos outros, que evidenciam o quanto é nociva e prejudicial a vida egocêntrica para quem trabalha pela evolução pessoal.


Razão 1: “Não desfruta de amparo extrafísico.”

O egoísta, que quer tudo para ele, paradoxalmente afasta de si as melhores companhias extrafísicas em função da sua postura. Os seres mais avançados têm suas energias voltadas ao bem comum, indo desde a assistencialidade básica até a avançada, enquanto quem só se preocupa consigo está longe desse nível de “frequência”. Para ter algum amparo extrafísico é preciso se desconectar do próprio umbigo e se colocar no lugar do outro que está em dificuldade. Aprender a se doar sem receber nada em troca é um divisor de águas quanto a superação do egoísmo.

- Questão autorreflexiva: A rigor, você merece um amparo extrafísico?


Razão 2: “Está fora do fluxo do Universo.”

O Universo, ao que tudo indica, é em uma grande escola para as consciências que estão nele evoluindo. Em sua vastidão o universo parece seguir o fluxo da assistência e da fraternidade de modo preponderante ao invés de ser um ambiente “sombrio” e doentio. Dessa forma, quem vive a antifraternidade como lema está afastado do fluxo evolutivo cósmico e permanece isolado na própria realidade (e ainda se queixando do que não é do seu jeito e que ninguém se esforça para fazê-lo feliz). O egocentrismo espera que tudo gire ao seu redor realizando seus desejos e caprichos.

- Questão autorreflexiva: Você só dá importância aos desejos materiais?


Razão 3: “Não conhece a verdadeira pacificação íntima.”

O egoísta é uma personalidade conflitiva por cultivar a ideia fixa de sempre ser atendido em seus anseios, desejos e tudo aquilo que possa trazer prazer. Esse pensamento obsessivo de autossatisfação acaba por promover sofrimento, ainda que inconscientemente, pois nunca há uma sensação concreta de estar saciado (parece que sempre falta algo e que nunca é o bastante). Eis uma constatação valiosa: para a realização plena e a vivência da pacificação íntima não é o bastante dar atenção apenas para si mesmo. O egoísmo é só uma fase, ainda que multimilenar, e uma forma de autodesilusão.

- Questão autorreflexiva: Você costuma se sentir vazio e sem propósito?


Razão 4: “Ignorância quanto a lei de causa e efeito.”

O egoísta geralmente desconhece que cada um colhe aquilo que planta. Afinal, se entendesse mesmo essa lei cármica deixaria imediatamente de ser egoísta. Como pode uma pessoa que só pensa em tirar vantagem própria e atender apenas suas necessidades ainda espere que aconteça um “milagre” de ganhar tudo o que não merece e ainda mais? Sabe o indivíduo que faz mal aos outros e joga na mega sena rezando para ser sorteado? Não vai acontecer. Segundo a atração energética, nós apenas nos conectamos ao que está ligado em nossas energias, emoções e pensamentos. Todo descaso tem um preço.

- Questão autorreflexiva: Qual a fonte de tudo de bom e ruim que acontece em sua vida?


Razão 5: “Sofre mais que a média.”

O egoísta sofre mais pela raiva e frustração quando seus reclames não são “atendidos” e assim se vê sempre insatisfeito ou insatisfazível. Ou seja, o ego traz sofrimentos dispensáveis e dores desproporcionais que não tendem a melhorar magicamente com o tempo. Interessante pensar que a serenidade é resultante, até certo ponto, da assistência e da fraternidade. O forte egoísmo é doença da consciência ainda infantil e esboçante que não sabe ser contrariada e vive sob a ótica de estar sempre em primeiro lugar.

- Questão autorreflexiva: Quais sofrimentos você ainda possui por causa do egoísmo?


Razão 6: “A evolução pessoal é muito lenta.”

Uma das piores desvantagens do egocentrismo é justamente a lentidão evolutiva e, dependendo do caso, sendo um terrível “freio de mão existencial”. Paradoxalmente, quem só pensa em si não está muito preocupado em superar suas limitações, investir em autoconhecimento e muito menos em romper com os vícios da matéria. Essa personalidade é do tipo que, infelizmente, ainda só cresce pela dor e pelos determinismos impostos em sua jornada “solitária”. Se você não quer nenhuma melhora íntima basta seguir o próprio instinto animal e atender exclusivamente aos próprios delírios.

- Questão autorreflexiva: Você se sente seguro sendo sempre o mesmo e sem ter quase nenhuma mudança?


Razão 7: “Ligação energética com a baratrosfera.”

Os ambientes extrafísicos onde as pessoas mais egoístas se encontram não são, obviamente, os mais evoluídos e harmoniosos. Isto é, os pensamentos egocêntricos são uma forma de conexão energética com ambientes extrafísicos descompensados e absorvedores. Em nosso caminho evolutivo, no decorrer dos séculos, parece ser uma regra a consciência ir perdendo cada vez mais seu egoísmo até chegar ao nível da Consciência Livre que não mais ressoma (renasce). A evolução eleva o primitivo até o mentalsomático.

- Questão autorreflexiva: Você já identificou alguma ligação pessoal com paracomunidades doentias?



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Por Alexandre Pereira.


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Evolução e Responsabilidade - 18 reflexões sobre a banalização existencial


Na área dos esportes, por exemplo, mesmo com atletas amadores, acontece aquele momento onde se está de frente para o gol (ou sozinho diante da cesta de basquete) e por julgar aquilo fácil demais acaba errando o chute ou o arremesso. A displicência é esse pensamento interno que diz algo como “isso é fácil... não preciso me esforçar” e assim podendo terminar em erro ou fracasso.

Naturalmente não estamos aqui falando de esporte, mas dessa existência como um todo, pois quem é displicente geralmente desperdiça inúmeras oportunidades de modo quase sistemático. Ou seja, anda de mãos dadas com a banalização tendo pouca ou nenhuma responsabilidade frente à profissão, os relacionamentos, a assistencialidade e assim por diante. Você já banalizou ou tratou com descaso algo que era de suma importância?

Eis 18 exemplos de posturas ou atitudes displicentes que podem custar muito caro em determinado momento evolutivo. Essa listagem é pequena e pode-se encontrar centenas ou milhares de outros exemplos práticos. Lembrando que você não deve acreditar em nada desse texto e deve manter sempre seu questionamento e criticidade apurados.

01. “Eu confio em tudo que o outro diz. ”
Confiar em demasia é uma atitude mais ingênua que displicente e ao invés de transparecer maturidade, na verdade, releva um aspecto de infantilismo. Desconfiar de tudo e todos, indo para o outro extremo da questão, também não é a resposta. Certa dose de malícia (não de maldade) é preciso já que infelizmente vivemos um mundo que é muito mais patológico que sadio. Pelo fato de muitos serem perturbados e perturbadores é importante observar os detalhes de tudo que fazem e falam até como forma de autoproteção e assim evitar cair em golpes, traições e problemas diversos. Quem confia rápido demais não entende sobre confiança.

Questão-autorreflexiva: Você se abre totalmente para qualquer pessoa? Você confia em si mesmo?


02. “Sexo não tem relevância. ”
Sexo tem importância. Reprimir, ignorar ou renegar essa condição humana é inútil e sem sentido. O fato de ser fundamental não significa pensar o dia todo ou viver sem princípios. Aliviar suas tensões e desejos com alguém que se ama, numa atmosfera de carinho e compreensão, é inerente a todas as pessoas. Tesão demais ou de menos evidencia alguma desregulagem pessoal. Outro ponto relevante é que quem banaliza o sexo se esquece que sexo nunca é banal, ou seja, a escolha dos parceiros e de sua conduta interfere muito sobre você.

Questão-autorreflexiva: Você consegue tratar o sexo de modo construtivo, sem faltas ou excessos?


03. “Já domino tudo sobre bioenergia. ”
Frase típica de quem se acha o super-homem ou a mulher maravilha em matéria de energia. Será que essa pessoa não tem mesmo nada a aprender? Seria um quase Serenão caminhando sob a Terra? Provavelmente esse tipo de afirmação esconde uma personalidade insegura e que não quer enfrentar contestações e questionamentos quanto a si mesmo. Ao se afirmar que já se “domina tudo” ocorre um mascaramento quanto as próprias fissuras e expõe uma série de fragilidades íntimas. Não é de se surpreender que pessoas assim tenham diversos bloqueios nos chacras e em seus meridianos.

Questão-autorreflexiva: Você possui um nível razoável de domínio energético?


04. “Não preciso mais dar muita atenção a ‘tal pessoa’”
Infelizmente é comum a postura de não dar a atenção devida para quem merece e depois da própria morte (dessoma) se arrepender amargamente pelo que deixou de fazer. Há pessoas que banalizam outras pessoas. Nem sempre é possível reverter ou recuperar o tempo perdido em matéria de outras consciências. Certas necessidades e prioridades devem ser imediatas ou a curto prazo e a ausência pode ser dolorida para quem precisa. Quem precisa dos seus cuidados é aquele pertence ao seu grupo evolutivo.

Questão-autorreflexiva: Você sabe se está em falta com alguém? Quem é?


05. “Depois eu faço o prioritário.”
Eis uma banalização que pode ser a fonte do incompletismo existencial. Sempre deixar o que é prioritário de lado, e depois se assustar ao perceber o tempo que passou, pode sair muito caro. O que é essencial para você, seja o que for, deve ter um tratamento a altura em suas atividades e escolhas em geral. Problemático é depois da morte (ou dessoma) se lamentar por algo que sabia ter de realizar e mesmo assim “empurrou com a barriga”. O prioritário não é apenas o que faz você ser o que é como também é o caminho de onde chegará.

Questão-autorreflexiva: Você deixa para amanhã o que deveria ter sido feito ontem?


06. “Não vejo necessidade de reciclar essa imaturidade grosseira.”
Quem consegue ter autocrítica suficiente para identificar seus traços imaturos já possui capacidade suficiente para superá-los. Essa é a premissa, certo? Mais isso sempre acontece? Infelizmente não. Muita gente sabe muito bem seus gargalos e ainda debocha de si mesmo e da mudança que não virá (pelo menos não nessa vida). Esse tipo de banalização é um dos piores justamente por identificar o que atrapalha, que literalmente puxa seu “tapete evolutivo”, e mesmo assim não querer nenhuma mudança. Nesse caso não é saber o que fazer, mas o não querer mesmo. Ou a gente se recicla ou se deteriora.

Questão-autorreflexiva: Você ainda se sente capaz de fazer mudanças viscerais em seu comportamento?


07. “Dinheiro não faz diferença.”
Na vida moderna o dinheiro é importante. Sem dinheiro você nem estaria lendo esse texto ou tomando banhos diários. Esse debate entre evolução e condição financeira é algo milenar e pelo passar dos séculos o dinheiro sempre foi visto de modo malévolo. Entretanto, dinheiro não deve ser banalizado ou ridicularizado, pois é difícil trabalhar a evolução pessoal com muitas dívidas a serem pagas. A questão maior é saber como usar a energia do dinheiro de modo sábio e construtivo ao invés de ser contrário a ele. Dinheiro pode ser alavanca ou freio evolutivo.

Questão-autorreflexiva: Você usa o dinheiro que possui de modo inteligente?


08. “Vida social é algo dispensável.”
Quando se possui muitas metas e objetivos evolutivos é comum a fase de “cortar o dispensável”. No entanto, ter uma vida social regrada é importante e as relações sociais qualificam nossa automanifestação. Trocar ideias, energias e dar boas risadas aliviam as tensões cotidianas e melhoram diversos aspectos psicológicos. Quem se isola voluntariamente do contato social acaba se fechando as oportunidades e benefícios que as inter-relações favorecem. As amizades, quando positivas, são amplamente benéficas e ajudam na desintoxicação pessoal.

Questão-autorreflexiva: Você frequenta ambientes negativos ou consome substâncias ilícitas?


09. “Eu já me conheço totalmente.”
Boa parte de quem “enche a boca” para afirmar que já se conhece está sendo negligente. Mesmo com dedicação por décadas em autopesquisa é improvável saber tudo sobre si mesmo, pois existem as vidas passadas (multiexistenciais), as companhias e contatos extrafísicos (multidimensionais), os aspectos dos outros corpos da consciência (multiveicularidade) e assim por diante. Caso você queira saber mais desses conceitos sugiro que faça cursos de Conscienciologia. Achar que já se conhece o suficiente, quando a autopesquisa realizada na verdade foi primária e superficial é um meio grosseiro de autoengano.

Questão-autorreflexiva: Você realmente acha que já se conhece o bastante?


10. “Não preciso dar muita atenção ao corpo físico.”
Uma banalização comum é pensar que o corpo físico, por ser o mais rústico, não precisa de muita atenção. Muitos priorizam o lado intelectual ou emocional e esquecem que a parte biológica também precisa ser atendida. De que adianta “esquecer” do corpo e depois ter de arcar com doenças e complicações que poderiam ser evitáveis com uma conduta preventiva? Sem contar que um corpo mais saudável predispõe para uma irrigação melhor do cérebro, dificulta a sensação de fadiga, melhora a condição energética, aumenta a autoestima, fora muitas outras questões. O corpo cobra.

Questão-autorreflexiva: Você já pagou algum “pedágio“ por não cuidar do corpo?


11. “Esse assediador não é de nada.”
Típico pensamento de quem se acha sempre superior as outras consciências e que não deve dar atenção aos seres “inferiores”. Menosprezar um assediador, sua linha ou grupo pertencente pode destruir toda e qualquer autodefesa e ainda manter fissuras que podem ser exploradas nos mais diversos modelos de intrusão. Esse papo de que “o que vem de baixo não me atinge” deve ser evitado quando se almeja um estado de plena harmonia ou homeostase holossomática.

Questão-autorreflexiva: Você costuma menosprezar pessoas de classes sociais diferentes da sua? E de pensamentos diferentes?


12. “A tarefa da consolação é infantil.”
Essa é uma banalização comum em quem evita ter uma expressividade psicossomática englobando até certas emoções básicas. Em certos casos existe tanta repressão que o indivíduo sequer consegue abraçar os outros. Imagine então fazer uma tarefa assistencial de “importância menor” para ajudar a juntar os cacos emocionais do outro. A repulsa de atuar em qualquer tipo de tarefa da consolação (ou tacon) deve ser analisada com muito critério e discernimento para entender sua causa e possíveis distorções que permeiam outros aspectos da vida íntima. Não fazer nenhuma consolação é espécie de mutilação assistencial.

Questão-autorreflexiva: Qual o problema em atender uma necessidade imediata e efêmera?


13. “A fofoca não é algo tão grave assim.”
A fofoca é vista por muitos como natural e até necessária, mas, multidimensionalmente falando, a realidade é bem diferente. O prazer em falar mal e contar o supostamente “sujo” do outro evidencia postura assediadora e baixo nível evolutivo. Essas conversas em voz baixa ou “ao pé do ouvido” podem gerar assédios que impactam a vida de uma pessoa ou de um grupo inteiro podendo chegar a resultados fatídicos como eventualmente se registra socialmente. Não é atoa que se diz que a fofoca morre no ouvido de pessoas inteligentes.

Questão-autorreflexiva: Suas conversas manifestam alguma força assediadora?


14. “A preguiça não é tão grave assim.”
Uma das maiores displicências universais é sobre a preguiça e o quanto se perde por se render a ela. Naturalmente ninguém é uma máquina imparável ou que não merece descanso e repouso. Todos precisamos de momentos calmos e de relaxamento. No entanto, no seu íntimo você sabe quando passa da conta e se torna a preguiça pela preguiça. Esse hábito parece sem relevância, mas faz total diferença ao longo do tempo e a justificativa de que “não tem tempo” para isso ou para aquilo é uma baita autocorrupção. Se algo for importante para você dá-se um jeito. A preguiça pode sabotar até as maiores proéxis.

Questão-autorreflexiva: Você faz ideia da quantidade de tempo já desperdiçado nessa vida?


15. “Esse tema eu já domino.”
Quem banaliza um tema geralmente está fechado as mudanças e novas ideias. Por mais que você seja um doutor no assunto, uma sumidade pública, ainda assim não se pode conhecer tudo. Essa frase mostra arrogância do saber ao se colocar em um pedestal nem sempre tão verdadeiro. Ser bom não implica necessariamente em usar sua autoridade como argumento ou como forma de intimidação aos demais. Há diversas terapias que tratam isso. O ego inflado é causa de inúmeras banalizações evolutivas.

Questão-autorreflexiva: O que você realmente domina?


16. “A parte racional é fundamental enquanto as emoções são secundárias.”
Esse tipo de abordagem revela um certo descaso as emoções e seus demais processos. Quando um aspecto monopoliza outro ocorrem as disfunções e descompensações enquanto a harmonia é fruto da atuação concomitante dos veículos da consciência. Quem banaliza seu lado emocional está se colocando em uma condição delicada de conflito interno que irá eclodir em algum momento. Situação tão ruim quanto quem inverte esse processo valorizando só as emoções e ignorando o racional. Quanto mais se banaliza as emoções mais elas ganham força em nosso universo interior.

Questão-autorreflexiva: Qual o problema em dar atenção as emoções e sentimentos?


17. “Esse livro não tem nenhuma informação relevante.”
Esse tipo de “conclusão” é típico de quem trata certas informações com descaso. Qualquer obra tem algo a agregar e essas atitudes mostram uma soberba de quem provavelmente possui o temperamento de se achar o dono da razão e da verdade. Outro ponto é usar essa afirmação, paradoxalmente, depois de ler algo que tocou profundamente e gerou enorme desconforto. Assim fica fácil negar e dizer que nada daquilo tem importância quando, na verdade, se quer esconder de si mesmo uma ideia que foi no ponto certo.

Questão-autorreflexiva: Você ignora aquilo que vai nos seus pontos fracos?


18. “Isso é muito fácil, tiro de letra.”
Frase típica de quem carrega uma boa dose do germe da arrogância e que pensa ser capaz de fazer tudo sempre em alto nível. Basta lembrar que mesmo um ótimo motorista, quando distraído, pode predispor um acidente de proporções catastróficas. Não basta ser bom em algo, pois é preciso ter foco e seriedade em todos os momentos para não ser uma vítima do próprio ego. É sempre melhor ser detalhista do que ser avoado.

Questão-autorreflexiva: Você é do tipo que desanima rápido depois de conquistar algo?


TRÍADE REFLEXIVA:

Sua vida é marcada pelo trinômio imprudência, imperícia e negligência?

No seu caso, em quais temas, áreas ou circunstâncias ocorre mais a displicência?

A banalização é uma conduta padrão ou exceção nessa existência humana?



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Por Alexandre Pereira.



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“Site destinado aos textos do autor sobre a Pesquisa da Consciência ao longo de mais de 20 anos de estudo. Todo conteúdo é fruto de OPINIÕES PESSOAIS servidas à moda da casa. Não acredite em nada, nem mesmo no que está escrito aqui, e tenha suas experiências pessoais.








Projeciologia - Uma Neociência nascida no Brasil



Entrevista para a revista Ano Zero


Waldo Vieira é médico, pesquisador e veterano das chamadas Experiências Fora do Corpo. Dirige o mais importante centro mundial de estudos sobre projeção astral, o Instituto Internacional de Projeciologia do Rio de Janeiro. Membro da Society For Psychical Research de Londres, e da American Society For Psychical Research de Nova Iorque, entre outras, Waldo resumiu tudo que se sabe sobre o assunto num volume com mais de 900 paginas. O livro “Projeciologia” está hoje espalhado por todo o mundo. Dois desses exemplares encontram-se na estação brasileira de pesquisas científicas na Antártida. Alguns pesquisadores ali baseados buscam alívio para a solidão dos longos dias e noites do Pólo Sul visitando suas famílias através de viagens astrais.

Waldo, o que a Projeciologia estuda?

A projeção consciente e seus fenômenos correlatos. A projeção é uma experiência extracorpórea que também chamamos desdobramento lúcido, viagem astral, projeção astral, O.O.B.E (out-of-the-body experience). Mas a coisa não se restringe à experiência em si. A Projeciologia visa o autoconhecimento profundo. Ele evita que o misticismo religioso, o fanatismo, a ignorância ou que qualquer tipo de superstição nos tire a liberdade individual de manifestação. Nada de lavagens cerebrais ou quaisquer tipos de sacralização. O fanático é interferente, radical e quase sempre desrespeitoso. Livre desses condicionamentos a pessoa cresce como ser humano e percebe que deve respeitar os outros.

Quer dizer que a Projeciologia é contra a doutrinação?

Nós respeitamos todas as doutrinas, mas o conceito principal do nosso estudo é: “Não acredite em ninguém e em nada. Experimente”. Parece uma afirmação materialista, ma não é. Pelo contrário, é espiritualista, porque nós estamos exaltando a consciência. A pessoa deve viver a experiência direta e por conta própria. Através de sua vivência, única e personalizada, ela vai superar o obstáculo da inciência, ou seja, a ignorância a respeito de si mesma.

Aparentemente isso afasta a Projeciologia do que, em geral, se entende por pesquisa científica.

Nós apenas não estamos presos ao mecanismo do paradigma newtoniano-cartesiano, que é materialista e fisicalista. Isto não significa, necessariamente, a negação da Ciência. Pelo contrário, nós precisamos dela. Aliás, de todas as linhas do pensamento humano, ela é a menos pior. A Ciência só não é ainda ideal porque não tem respeitado a ética tanto quanto se poderia esperar. Veja os problemas que o mundo enfrenta no momento, principalmente na área da ecologia.

Mas isso é causado pela Ciência ou pelo uso inadequado dela?

A administração também é uma ciência. É por aí, geralmente, que nos afastamos da ética. É necessário que tenhamos autocrítica para conquistarmos a liberdade de determinar a trajetória da sociedade.

O que é projeção astral?

O homem se compõe de várias camadas superpostas de energia chamadas “corpos”. O corpo físico é a camada percebida pelos sentidos físicos, o que não impede a detecção das demais através de vários processos. A sede da individualidade, da inteligência, encontra-se no corpo físico quando todas as demais camadas estão em coincidência, isto é, quando a pessoa está acordada. Com o sono, é como se o corpo ligasse o “piloto automático” das funções autônomas, e a sede do eu, juntamente com as outras camadas, sai do corpo físico. As funções normais do indivíduo estão inibidas pelo sono e tudo se passa como se nada tivesse acontecido. O que pode ocorrer é que a pessoa, de repente, se ache “boiando” pelo quarto, como um balão, ou observando o seu próprio corpo adormecido. Quase sempre esse fenômeno ocorre espontaneamente e quem o experimenta, muitas vezes evita comentá-lo, com medo da reação dos outros. A projeção astral é muito comum na adolescência. Quando o jovem conta aos pais que fez uma projeção, geralmente eles tentam tranqüilizar o filho procurando convencê-lo de que tudo não passou de um sonho. Em certos casos, procuram imediatamente um médico. Atualmente, com a maior divulgação dos estudos sobre esse tipo de fenômeno, ficou mais fácil falar do assunto sem correr o risco de ser internado numa clínica.

Em linhas gerais, o que se deve fazer para experimentar uma Projeção astral?

Não se deve tentar sem conhecimento ou assistência competente. Mas não é tão difícil de ser conseguida quanto parece. Todos nós realizamos a projeção astral involuntariamente a noite durante o sono. As instruções elementares, ministradas em nosso curso, são simples. De início, é preciso aceitar o fato de que o seu limite não se restringe ao corpo físico. A força inibidora mais poderosa está justamente nesta falsa noção. É preciso também aprender a relaxar. Há vários métodos para isso. O mais comum consiste em deitar-se de barriga para cima usando roupas leves e sem cobertores. Em seguida inclinar levemente a cabeça para o lado, para evitar a boca aberta durante a projeção. Isto impede que a garganta fique ressequida. Deve-se concentrar a atenção em todas as partes do corpo, verificando se elas estão livres de tensão. Não é muito fácil, mas com exercício constante se pode obter rapidamente o relaxamento. Este processo deve principiar a partir dos pés, até o couro cabeludo. Os músculos devem ser relaxados individualmente. Em seguida, conte de 50 até 1. É necessário manter a respiração compassada, procurando esvaziar a mente e concentrar-se exclusivamente nos números. É fundamental também que não exista qualquer sentimento de culpa por não conhecer profundamente a si mesmo. Isto acontece apenas porque você foi programado desde que nasceu para viver encarcerado em seu próprio corpo.
Outra questão básica é saber quando estamos acordados ou dormindo. Pode parecer tola esta observação, mas, em certas circunstâncias, a coisa não é muito fácil. Conseguindo distinguir se estamos acordados ou dormindo, um grande passo já foi dado. Recomendamos então, que a pessoa repita, durante um mês, pelo menos umas 20 vezes ao dia, a seguinte pergunta: “Eu estou dormindo ou estou acordado?”. Depois, responda: “Eu estou acordado”. Esta pergunta deve ser feita cada vez que você mudar de ambiente. Através dela o raciocínio acostumara sua mente a se conscientizar permanentemente do estado de vigília. Em geral, na terceira semana deste exercício você terá a surpresa de se perguntar “estou acordado ou dormindo?”, e responder “meu corpo está dormindo mas eu continuo acordado”. Você estará fora do corpo e não teria percebido isso antes. Quando isto acontece, deve-se controlar os sentimentos de medo ou euforia. Não há, em hipótese alguma, perigo de prejuízo para o seu corpo durante uma saída. Nenhuma força de ordem espiritual pode tomar posse do seu corpo em sua ausência. O que pode acontecer é um fenômeno comum às primeiras experiências: o desinteresse temporário pela vida física e suas dificuldades cotidianas. Mas isso, quando ocorre, é passageiro. Logo a pessoa aprende a dar o devido valor ao milagre da vida e à prestigiosa oportunidade de ocupar essa maquina fantástica que é o corpo humano.

Afinal, como foi que tudo começou?

Aos 9 anos, eu tive uma projeção consciente, comprovada pela família e pessoas ligadas a ela. Meu irmão estava muito doente, já desenganado pelos médicos. Ficou provado que eu tinha saído do meu corpo, ido até o quarto ao lado e visto, não só o que estavam fazendo com meu irmão, como também o que iria acontecer com ele. Dai em diante, muitos outros fatos semelhantes foram acontecendo, cada vez mais freqüentes. Com o passar do tempo, comecei a dominar o processo. Nessa época, eu tinha uma visão essencialmente espírita do fenômeno. Editei, juntamente com Chico Xavier, vários livros psicografádos que ajudaram a divulgar o espiritismo por todo o País e o exterior.

Sua família era religiosa?

Era espírita. Minha formação começou com aulas de moral cristã kardecista. Logo fui mergulhando num conflito muito grande, porque a exaltação da mediunidade é parte integrante do movimento espírita. E eu falava pra todo mundo: “Olha, é bom que, ao invés de mediunidade, vocês entrem no desdobramento”. Sair do corpo e ir lá, ver a coisa diretamente. Se podemos eliminar o intermediário, por que ficar dependente de uma entidade que se manifesta por um médium? Eu já tinha retrocognicões desde menino, recordação de encarnações passadas, com muita lucidez. Foi aí que conclui: estou repetindo o que já fiz. O contexto era o mesmo, mas o cenário e a linguagem eram diferentes. Quando cheguei a esse nível, pensei: outras pessoas devem estar passando por isto. E comecei a procurá-las. Conversava com muita gente e desde os 17 anos passei a anotar num caderno, dados sobre projeção astral. Minha família tinha poucos recursos. Sai de casa aos 12 e nunca mais voltei porque pretendia pagar os meus estudos e os dos meus irmãos. Fui para Uberaba. Enquanto estudava, comecei a trabalhar com Mário Palmério, que hoje é um escritor de renome. Fiz curso de Odontologia e depois de Medicina. A partir dos conhecimentos adquiridos, tive condições de desenvolver um estudo mais consciente dos fenômenos chamados paranormais. A essas alturas, comecei a viajar por todo o Brasil, sempre pesquisando e trocando idéias. Passei a ver a projeção astral como um fenômeno fisiológico, assim como comer ou respirar. Decidi me dedicar ao seu estudo específico aos 34 anos, em 1966. Larguei tudo para dedicar-me em tempo integral à projeção. Publiquei trabalhos e passei a fazer parte das sociedades internacionais de parapsicologia da Europa, Estados Unidos e América Latina.

Qualquer pessoa pode ser capaz de realizar uma projeção astral?

Sem dúvida. É uma conquista inarredável. Qualquer pessoa é um “projetor”.

Há alguma pesquisa que comprove isso?

Segundo as estatísticas internacionais, 89% das pessoas têm projeções inconscientes, pois quase todo mundo sai do corpo enquanto dorme. Restam 11%. Destes, 9,8% têm as chamadas projeções semiconscientes, ou o “sonho lúcido”. É quando o sujeito sabe que está sonhando e chega mesmo a imprimir alguma intenção ao sonho para modificá-lo. Ele está fora do microuniverso consciencial localizado no corpo humano. Somente 1,2% da população mundial consegue efetuar projeções totalmente lúcidas, ou seja, são projetores conscientes. É o caso da maior parte das pessoas que trabalham aqui no Instituto.

Como são comprovadas as projeções?

Uma pessoa faz uma projeção e sua consciência vai, por exemplo, até uma outra cidade, onde alguém conhecido está realizando alguma tarefa. Telefonamos, então, para essa pessoa e confirmamos se na hora tal ela estava fazendo o que foi percebido pelo projetor, se estava usando uma roupa assim-assado, etc. Às vezes, durante as projeções, a visão é impressionantemente detalhada. Isso é sempre estarrecedor para quem tem pouca experiência. Trata-se de um fenômeno que convence por si mesmo.

Quais os principais objetivos da projeção?

Ela não é nenhuma panacéia, mas as suas possibilidades podem ser vislumbradas: o autoconhecimento em sua totalidade, a possibilidade de viajar no tempo e no espaço sem barreiras, o acesso às diversas dimensões da realidade, o contato com entidades de todos os níveis de esclarecimento, a capacidade crescente de doação de energia para os necessitados… Muita coisa que aponta para um universalismo abrangente e iluminado.

A projeção astral poderia ser utilizada por pessoas de interesses duvidosos?

O imediatismo do nosso mundo doentio poderia desviar o sentido da pesquisa. Por exemplo, penetrar em locais estratégicos em busca de segredos militares ou industriais, espionar a vida alheia, procurar meios que permitam o enriquecimento rápido, como descobrir informações confidenciais no mundo dos negócios, da bolsa de valores, etc. Felizmente, as saídas do corpo são monitoradas por espíritos iluminados. Eles nos ajudam a compreender a transitoriedade das coisas terrenas. Alguns desses seres que executam essa tarefa são os “serenões”.

O que é um serenão?

Ao longo das minhas “viagens”, estive nos lugares mais surpreendentes, como outros planetas e outras dimensões. Acabei tendo contato com toda sorte de entidades. Algumas, ainda mergulhadas na ignorância, parecem foragidas de filmes de ficção científica. São normalmente doentias e traumatizadas por experiências violentas vividas na vida física. Por outro lado, tive a oportunidade de entrar em contato com seres desenvolvidíssimos, tranqüilos e despojados de dogmas religiosos, identidades nacionalistas, doutrinações, etc. Escolhi o nome de serenão para designá-los por causa de sua aparência de beatitude dinâmica. Os serenões existem desde o aparecimento da humanidade na terra. Assim como os homens, eles vieram, em levas espirituais sucessivas, de vários recantos do universo. Estão completando o círculo reencarnatório e desenvolveram uma cosmo-ética aperfeiçoada, baseada principalmente no amor universal, na ajuda impessoal ao próximo. Honrarias e paixões já não têm sentido em seu plano vibratório. Os serenões são absolutamente anônimos e não buscam recompensa para os seus atos.

Podemos evoluir até esse nível?

Sim, eu poderia resumir a nossa evolução em 4 níveis. Primeiro o nível medíocre: consciência sonambulizada, presa à roda comum das encarnações compulsórias sucessivas. Segundo, o amparador: aquele que, conscientemente, num constante trabalho, assiste aos seres encarnados e as entidades desencarnadas. Terceiro, o pré-serenão: quem já vive as suas últimas encarnações mas ignora as demais. Quarto, o serenão: aquele que vive suas derradeiras encarnações plenamente consciente deste fato. Após essas fases, o espírito estará puro, isto é, livre da ciranda encarnatória.

A projeção é uma experiência recente?

Não. Havia gente saindo do corpo há muito mais de dois milênios, como está registrado na Bíblia. Também há registros de que a projeção tem acontecido freqüentemente durante as experiências de quase-morte.

O que é a quase-morte?

Fála-se muito, hoje em dia, das experiências de quase-morte, quando o moribundo acaba tendo uma saída do corpo com intensidade espantosa. Depois disto o doente geralmente se restabelece e, a partir dai, nunca mais será o mesmo. A maioria passa a desenvolver poderes psíquicos paranormais que até então nunca se haviam manifestado. Há uma publicação internacional especializada neste assunto e que circula há sete anos. Mas a quase-morte é apenas uma das 52 manifestações da projeção astral.

Essa experiência tem limites?

A consciência tem como conquista evolutiva mais preciosa o nível de sua lucidez. A Projeciologia visa a lucidez em qualquer estado consciencial em que estivermos nos manifestando, dormindo ou acordados. O ideal é estar consciente 24 horas por dia.

Por que nem todos os médiuns buscam desenvolvimento através da Projeciologia?

Provavelmente tratasse de um problema de egrégora. As pessoas, em geral, seguem uma tradição e não conseguem sair com facilidade dela. Isso coagula o pensamento, tornando-o neófobo.

Não seria aquela coisa de que o homem agride o que não conhece?

Exatamente. É neofobia, o medo do novo. Hoje, no entanto, a psicologia já admite tudo. Kune, o grande cientista da revolução do paradigma, diz que, para haver mudança de modelo em certas áreas do conhecimento, e necessário que pelo menos uma geração desapareça, porque as pessoas estão presas ao processo de idéia fixa. Em Projeciologia chamamos isso de monoideísmo.

Até que ponto a Projeciologia desafia a tradicional pesquisa cientifica?

O que fazemos aqui e utilizar a consciência como instrumento. Não estamos preocupados em que a ciência convencional saia do dilema no qual entrou. Comprovadamente, nós saímos do corpo humano e vemos que, em outra dimensão, podemos dispor de muitos outros veículos de manifestação. Só que nosso instrumento não é material, é consciencial. Não é possível “medir” o fenômeno da projeção em termos científicos.

De que argumentos se serve a Projeciologia para se proclamar uma neociência?

É como o ovo de Colombo. Não dispondo de instrumentos para analisar a consciência, utilizamos a própria consciência como instrumento. A ciência convencional não admite que você faça a a experiência em você mesmo, ou seja, a introversão. Aqui no Instituto, cada um escuta a própria consciência, raciocina, aprende com ela, e troca esse conhecimento com outros. Aí se chega a um consenso, como uma solução holística para o dilema mente versus matéria. A Projeciologia permite superar a divisão entre cérebro e consciência.

A ciência tradicional demonstra alguma dificuldade de aceitar a Projeciologia?

Isso não é exatamente uma preocupação nossa. Há muito tempo a ciência deixou de estudar o fenômeno da consciência. Ela deveria ter a obrigação de estudar qualquer tipo de fenômeno envolvido nesse processo, mas não tem instrumentalidade para tanto. Tínhamos de optar por seguir a ciência assim mesmo ou buscar outra forma de procedimento. Então resolvemos adotar o caminho cientifico. Nossa maior afinidade com a ciência é que, apesar de todos os seus senões, ela exige refutação. Vocês podem ver o lembrete que ostentamos aqui no Instituto: “Não acredite em nada do que lhe dizem, nem mesmo o que é dito aqui. Experimente.”



Entrevista realizada por Marcos Guttmann.