Trador: Um Novo Elemento Conscienciométrico
Resumo:
Esse trabalho visa apresentar uma neoverpon
referente à Conscienciometrologia, apresentando o neologismo trador, ou traço
dormente, um novo elemento para a análise intraconsciencial. A metodologia de
conceituação foi feita a partir de insights parapsíquicos e de análises
pessoais que foram compiladas em uma série de novas abordagens, questionamentos
e conclusões capazes de ampliar o entendimento das manifestações
multiexistenciais da consciência. O artigo também explora as diferenças básicas
entre o trafal, ou traço faltante, e a neoverpon proposta, além de relacionar o
assunto com diversas especialidades da Conscienciologia. Com essa verpon,
espera-se fomentar a qualificação e o profissionalismo da autopesquisa e da
reciclagem existencial.
Palavras-chave: Autopesquisa, Conscienciometria, Traforologia, Pensenidade,
Evoluciologia e Holomaturidade.
INTRODUÇÃO
Contexto. Os questionamentos em relação ao conceito
apresentado começaram em novembro de 2010, após a participação em curso ECP2, e
foram ganhando corpo enquanto este autor analisava os conceitos de subnível
evolutivo e traço faltante. Com o passar do tempo, o entendimento e a clareza
foram se ampliando, inclusive o modo de enxergar a multiexistencialidade e a
holomemória.
Objetivo. O objetivo desse artigo é apresentar o conceito de
trador ou traço dormente, considerando a aplicabilidade e o fato de ser um conceito original, contribuindo com a
expansão e o aprimoramento da Conscienciometria, da Traforologia e da própria
Conscienciologia através dessa verpon. Dessa forma, fomentando a qualificação e
o profissionalismo da autopesquisa e das reciclagens intraconscienciais.
Metodologia. Esse artigo foi elaborado a partir de análises e
pessoais, de informação extrafísica e de insigths que serviram de base para a sistematização
do novo conceito e de suas características comuns, diferenciações conceituais e
relações com as especialidades conscienciológicas.
Seções. O artigo foi organizado didaticamente
através das seguintes seções:
1.
Trador: Traço Dormente.
2.
Relação com o Trafal.
3.
Etiologia do Trador.
4.
Casuística Pessoal.
5.
Aprofundamento do Trador.
TRADOR: TRAÇO DORMENTE
Definição. O trador (acrônimo
para traço dormente)
é a condição de traço, talento ou habilidade, homeostático ou patológico, já
desenvolvido na história multiexistencial da consciência que, no entanto,
permanece ausente, não manifesto e não utilizado na atual vida intrafísica.
Sinonímia. Trafor adormecido, trafor atrofiado, traço oculto,
traço entorpecido, poder esquecido, capacidade inutilizada, subnível
traforístico, qualidade paragenética desconhecida, irrecuperação de cons, trafar reprimido, traço negligenciado, holomemória
defasada.
Neologismo. O neologismo trador surgiu através de análise e observações
sobre o assunto, iniciadas em 2010 após a participação no curso ECP2 (Extensão
em Conscienciologia e Projeciologia 2) ministrado pelo Instituto Internacional
de Conscienciologia e Projeciologia (IIPC) quando a dupla evolutiva deste
autor, durante a conversa com a consciex que se manifestava pelo epicon,
recebeu, a seguinte informação, entre outras:
—
“Coloque a força e a
determinação, que estão adormecidas, para fora”.
Questionamento. A partir dessa informação, foram iniciados diversos
questionamentos sobre a aplicação de nossos trafores como, por exemplo, estes listados
abaixo:
1. Somos capazes de
manifestar plenamente os nossos trafores, todos ao mesmo tempo, nessa vida?
2. Quantos trafores já
desenvolvidos que, por algum motivo, estão completamente perdidos dentro de
nossa intraconsciencialidade?
3. Manter um trafor apagado
é sinal de imaturidade consciencial?
Consulta. Ao consultar arquivos e vivências pessoais e de observar a
manifestação de outras consciências, revendo inclusive, obras de relatos e
biografias, foi possível chegar a algumas conclusões lógicas e pertinentes que
levaram à hipótese de 2 categorias:
1. Tradores Superavitários: são os traços experientes
que continuam ocultos, mas que geram saldos positivos e superavitários. Eis
alguns exemplos:
A. Arte. A personalidade genial na arte, de múltiplso talentos
artísticos, que nas últimas vidas vive mais ligada às idéias e à racionalidade.
B. Psicomotricidade. O esportista ou atleta laureado do passado, que
exercita atualmente seu corpo na medida certa, talvez até desabrochando para os
outros veículos de manifestação. Certas
glórias do passado, enquanto a consciência estiver predominantemente
egocêntrica, merecem ficar num recanto bem nebuloso de nossa memória.
C. Belicismo. O guerreiro de antigamente, preciso e frio na matança
profissional, especialista em como atacar e ser mortalmente eficaz, que hoje em
dia está aprendendo a fazer concessões e, as poucos, está descobrindo o sentido
da interassistencialidade e da serenidade íntima.
2. Tradores Patológicos: são os traços experientes que, ao se manterem
inutilizados, acabam contribuindo para o subnível evolutivo. Eis alguns
exemplos:
A. Bioenergias. O energizador veterano, que já mexeu com energia em
alto nível, e que nessa vida está com seus chacras e canais energéticos
bloqueados, sofrendo ressacas e vampirismos energéticos.
B. Projetabilidade. O projetor lúcido de outrora, com grande
capacidade de trânsito interdimensional, que atualmente vive em um estado de
comatose evolutiva e multidimensional.
C. Intelectualidade. O erudito do passado, que vivia sob grande influência
intelectual, à frente de seu tempo, dominando as verpons da época, e que hoje
sente preguiça de pegar um livro ou mesmo de refletir com profundidade.
D. Comunicabilidade. O grande comunicador do passado, atuante com
força presencial e sociabilidade brilhante, que hoje vive no individualismo,
até mesmo admitindo-se solteirão convicto, parecendo estar sob influência autista.
Cons. Ao perceber a lógica de tal ocorrência, ainda sem um
conceito claro sobre o tema, percebi que o trador sempre esteve presente,
contudo, estando velado. Basta pensarmos no conceito de recuperação de cons.
Quanto mais uma conscin se empenhar, maior quantidade de cons (maturidade-informações-paragenética)
ela irá recuperar dela mesma, de seu nível quando atuava como consciex. Mas e as
informações que nós temos, mas que não recuperamos? Haverá cons magnos da evolução que não recuperei? Eis a clareza do
conceito de trador.
Similitude. Ao se entender o que é um trador, provavelmente ocorrerá a
pergunta: mas isso não é o mesmo que trafal ou traço faltante? A rigor, são
conceitos aproximados, contudo muito diferentes entre si na essência. “Conhecimento real é saber a extensão da
própria ignorância” (Confúcio).
RELAÇÃO COM O TRAFAL
Definição. O trafal
(acrônimo de traço faltante) é a condição da ausência
de determinado trafor – traço-força – básico para a personalidade ou
consciência, conscin ou consciex, completar o quadro pessoal, razoável,
conscienciométrico, do próprio nível evolutivo. (Vieira, 2010, 6886).
Diferença. Apesar de também serem traços não atuantes nessa existência,
os trafais são traços totalmente inexperientes da consciência em sua jornada
multiexistencial. Enquanto que o trador é um traço já trabalhado e, até certo
ponto, desenvolvido, porém que permanece escondido.
Os traços dormentes, quando são evolutivos,
atuam como
autossabotadores inconscientes de
nossa própria história,
retardando a autoevolução e a
interassistencialidade magna.
E se o seu megatrafor, atualmente, for
um trador?
Paralelo. A fim de exemplificar ainda mais essa diferença de modo mais
abrangente, eis um paralelo que evidencia as diferenças básicas entra a
natureza do trafal e do trador:
TRAFAL
|
TRADOR
|
É um traço imaturo, inexperiente.
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Traço oculto, com certo desenvolvimento.
|
Demonstra falta de investimento.
|
Demonstra falta de autoconhecimento.
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Não é evolutivo.
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É positivo se forem traços dispensáveis.
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Requer mais tempo para se desenvolver.
|
Superação rápida e eficiente.
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É preciso aprender.
|
É preciso reaprender.
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Sente-se inábil.
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Sente-se incompleto.
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É um convite à experimentação.
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É um convite à retomada.
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Tem a opção de reciclar.
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Tem a opção de resgatar.
|
Compromete nossa competência.
|
Compromete nosso desenvolvimento.
|
É um traço que realmente falta?
|
O quanto esse traço já foi trabalhado?
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É uma lacuna evolutiva.
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É o subnível evolutivo.
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Inexistente na intermissão.
|
Possível retorno na intermissão.
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Pode ser a Síndrome
de Peter Pan
|
Pode ser a Síndrome
do Avestruzismo.
|
Problemática: evoluciologia.
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Problemática: holomemória.
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Incompetência consciencial.
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Talento esquecido.
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Postura fossilizadora?
|
Postura automimética?
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É uma aquisição futura.
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É um ilustre anônimo.
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É uma falta que faz diferença?
|
Será o megatrafor?
|
ETIOLOGIA DO TRADOR
Causa. Para entendermos melhor as razões da existência de traços
dormentes, podemos averiguar o paradigma consciencial e suas teorias. Assim chegamos
a algumas hipóteses para a sua existência como, por exemplo, estas 12 listadas
em ordem alfabética:
01. Assedialidade. Uma possibilidade que deve ser considerada é a influência
assediadora capaz de manter intrusões e pensamentos viciosos (idéias fixas) que
não permitem espaço mental para a consciência pensar e atuar de modo diferente
(VIEIRA, 1999, p. 707).
02. Autocorrupção. A ação autocorrupta da pessoa que sente ter grandes
capacidades em determinadas atividades, percebendo-se capaz de fazer muito
mais, porém que prefere não assumir suas responsabilidades, banalizando seu
próprio potencial em detrimento marginal de si mesmo.
03. Conviviologia. A opinião dos outros, principalmente durante a fase
da infância, pode desestimular inúmeras aptidões conscienciais que, em muitos
casos, precisa realizar posteriormente um processo de reeducação com maior ou
menor dificuldade.
04. Genética. Certas alterações corporais como doenças, disfunções e problemáticas advindas do próprio soma, que
não têm relação direta com certos traços podem, no entanto, suprimi-los ou
distorcê-los. Condição muito nítida ao se analisar as manifestações de uma
consciência ora em corpo masculino, ora em corpo feminino e de suas habilidades
relacionadas estritamente com o gênero. Haveria algum mecanismo cerebral capaz
de direcionar nossos trafores de acordo com o cérebro ou o soma?
05. Imaturidades. Falta de holomaturidade integral, baseada mais na
própria instintividade subcerebral do que na racionalidade do mentalsoma.
06. Limitações Parapsíquicas. Devido a certos bloqueios corticais ou
mesmo limitações parapsíquicas, que praticamente incapacitam a conscin de
adquirir tanto idéias inatas quanto trafores holobiográficos.
07. Medos. Os medos que
fazem as pessoas não saírem de suas zonas de conforto. Um tipo de trador,
quando lúcido, é o da pessoa possuidora da sucessofobia ou o pavor de ser
bem-sucedido, paradoxalmente. Na sucessofobia o pensamento central se parece
como algo assim: “afinal de contas: e se eu for muito bom e tudo der certo,
mesmo sendo trabalhoso?”
08. Mesologia. A cultura ou o meio podem estimular certos traços ou
sufocar outros. Para uma consciência evoluída, que vive além da ilusão da
matéria intrafísica, a mesologia é basicamente um problema inicial e
temporário.
09. Proéxis. De acordo com a proéxis de uma pessoa, um trafor pode não
ter muita relevância naquele contexto ou época. Isto é, a sua utilização
realmente não se faz necessária e o seu “esquecimento intrafísico” não gera
conflitos íntimos.
10. Retrocognição. Uma das causas mais prováveis do trador é
justamente a ausência de retrocognições, ou recordações de nossas vivências
passadas, o que atinge a maior parte das pessoas. Cabe lembrar que a
retrocognição não é única forma de identificar um trador: as tendências
pessoais e os medos são aspectos muito reveladores.
11. Sobrevivência. Em casos mais extremados, podemos dizer que a
ressoma em locais caóticos como em situações de combates, guerras civis e
exacerbação da violência, pode gerar uma pensenidade mais voltada à
sobrevivência do que para maiores realizações.
12. Traumas. A utilização de trafores para algum fim anticosmoético
que gerou arrependimentos e remorsos. Exemplo: a pessoa que em seu passado
mexeu com as energias para prejudicar ou matar os outros. Nessa vida, ao ouvir
falar em energia, sente mais como um perigo iminente do que como uma ferramenta
evolutiva.
CASUÍSTICA PESSOAL
Casuística. Este autor, mesmo quando já estava na faculdade, foi sempre
mediano ou ruim no processo das idéias e da escrita. Nunca tendo interesse ou
motivação para nada relativo ao assunto. Contudo, depois de ir pela primeira
vez ao CEAEC, em dezembro de 1999, alguma coisa começou a mudar intimamente, mesmo
sem ninguém me dizer nada sobre essa questão.
Retomada. Ao retornar para casa, mesmo sem recurso ou orientação, foi
iniciada a escrita de um artigo. As idéias simplesmente começaram a borbulhar no
mentalsoma. Mas o processo de elaboração de pensamento e de escrita era
sofrível por estar enferrujado nesta seriéxis. Muito tempo se passou, ocupando
muitas horas e folhas de papel, para escrever apenas 5 páginas. Mas foi um
marco pessoal.
Treinamento. Desde o ano 2000 venho treinando e me esforçando em
desenvolver a escrita. Cheguei a escrever 2 livros iniciais apenas para treinar
(um conscienciológico e um literato, que provavelmente serão retomados daqui
alguns anos), e venho atualmente desenvolvendo diversos trabalhos que serão
futuros livros. A escrita já está aperfeiçoada apesar de ainda existir muito
que melhorar. Durante o processo, no qual acordei diversos tradores vinculados à escrita, pesquisa e registro, tendo o
acompanhamento de uma consciex amparadora que se fazia presente sempre que a
escrita era iniciada.
Exemplos. Eis os 8 tradores mais significativos recuperados nesse
processo da comunicabilidade, listados em ordem alfabética:
1.
Associação
de idéias.
2.
Criatividade.
3.
Grafopensenidade
assistencial.
4.
Parapsiquismo
intelectual.
5.
Reflexão.
6.
Registro
e análise.
7.
Síntese
e objetividade.
8.
Tares.
Despertar. Não poderia supor que uma visita a Foz desencadearia a
retomada do holopensene das gescons, que é basicamente a linha básica desta
atual proéxis. Na época da escola e da faculdade as notas nas redações eram no
máximo seis, mas, entretanto, tirando em 2008 uma nota 9,7 em concurso público.
Acabar com essa dormência não é tão simples, mas o despertar de tantos tradores,
que com o tempo se fixaram novamente como trafores, foi surpreendente.
Recin. O trador como verpon traz o esclarecimento e o entendimento
de que possuímos traços, por vezes geniais, que não fazemos idéia. Portanto, se
você é desses indivíduos que possuem medo
de mudar ou mesmo se é do tipo que continua escravizado por uma auto-estima
pobre, julgando-se despreparado e incapaz, vale a pena repensar essa situação
permitindo-se fracassar ou se descobrir mais forte.
Coragem. Nenhuma evolução madura existe sem um percentual
significativo de autoconfiança. A coragem nas recins evidencia não apenas
despojamento mas, sobretudo, vontade sincera em acertar. Se já é trabalhoso evoluir no nosso nível, imagine deixando enferrujar
os próprios ganhos evolutivos.
A rigor, somente quem possui acesso
integral à holomemória
não possui mais nenhum trador ou
lacuna cognitiva.
O acúmulo lúcido de todos os nossos
trafores multiexistenciais
é que nos torna verdadeiros fulcros
de lucidez.
APROFUNDAMENTO DO TRAFOR DORMENTE
Especialidades. De acordo com as atuais especialidades da
Conscienciologia, podemos relacionar o trador com inúmeras áreas, como por
exemplo estas 26, listadas abaixo em ordem alfabética:
01. Androssomática. Por existir diferenças cerebrais e hormonais que
diferenciam o corpo masculino do feminino, tudo indica que a maioria dos homens
tem mais facilidade para relembrar certos traços mais relacionados aos androssomas
passados e, dessa forma, manter tradores de quando atuavam como mulher. Será em vista dos traços dormentes que um
machão raramente se lembra de ter sido uma delicada donzela?
02. Assistenciologia. O trador ou traço dormente, quando pertencente
ao âmbito da Assistenciologia, acaba atuando como um dos maiores estagnadores
evolutivos. Um indivíduo que passa várias existências desenvolvendo e aplicando
o trafor do esclarecimento e da racionalidade e que, por alguma razão
específica, em uma vida volta-se unicamente para a tacon, não sendo a proéxis
pessoal, está claramente em subnível perante si mesmo.
03. Autopesquisologia. Pela Autopesquisologia, a trabalhosa
identificação de nossos tradores é oportunidade ímpar de otimização
existencial, funcionando como um aditivo de motivação para nossas reciclagens. Trador: talento desperdiçado.
04. Comunicologia. A escolha de uma consciência em não mais se
comunicar com o que esteja fora de si, como ocorre no autismo, demonstra
claramente a opção negativa pelo trador deficitário. Ou seja, a consciência abre
mão de se comunicar e interagir para viver afogado em seu próprio universo
íntimo.
05. Consciencioterapia. De acordo com a Consciencioterapia, todo
evoluciente pode contar com o auxílio profissional e competente de um
consciencioterapeuta para retomar o percurso de sua proéxis e eliminar os
tradores reprimidos. Todo traço é
reciclável, assim como todo trador é restaurável.
06. Cosmoconscienciologia. Uma das hipóteses que explica o fato de
ainda possuirmos muitos tradores é justamente a falta de vivência pelo
mentalsoma e principalmente do fenômeno da Cosmoconsciência. Não é difícil
ouvir alguém que já desfrutou da cosmoconsciência se referir a esse momento
como um estado de plenitude íntima.
07. Cosmoética. Ao que tudo indica, quanto maior é nossa cosmoética,
maior é nossa competência e responsabilidade para termos mais amplitude e poder
consciencial. O despertar de nossas potencialidades adormecidas unido a
cosmoética incorruptível atua como um grande catalisador evolutivo.
08. Despertologia. Existem consciexes que estão no nível da
desperticidade e que não conseguem manter o mesmo padrão de atuação na vida
intrafísica, quando são conscins. A eliminação dos tradores nos capacita a dar
importantes passos rumo à desperticidade ainda nessa existência. É imprescindível sairmos do subcérebro abdominal
e das automimeses dispensáveis.
09. Dessomática. Não existe idade ou momento que seja tardio para
ativar traços dormentes. Urge fazermos de cada novo dia uma nova oportunidade
de crescimento. Evitemos esperar que apenas a dessoma nos faça acordar para
quem realmente somos.
10. Egocarmalogia. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o
esquecimento de nossa natureza multidimensional e do que fizemos no passado
intrafísico e intermissivo não é um carma aceitável. A ignorância, quando não
somos mais tão imaturos, nunca é conforto. Muitas vezes nosso egocarma está
justamente voltado para o aperfeiçoamento integral de nossa manifestação e não
apenas para sofrer embriagado de emoções.
11. Energossomática. Ao que tudo indica, quanto mais uma pessoa domina
suas energias nessa vida, mais facilidade ela terá para dominá-las nas próximas.
Contudo, o domínio energético é um dos tradores mais sérios, que logo deve ser
combatido para que deixemos de perder tempo, energia e oportunidades
evolutivas.
12. Evoluciologia. De acordo com a Evoluciologia, é necessário
imprimirmos maior vontade e determinação em tudo o que nos ajude a resgatar
cons magnos. É muito mais difícil evoluir na ignorância. Evoluir, apesar de parecer
um conceito óbvio, é atuar de modo diferente.
13. Experimentologia. Baseado na Experimentologia, quanto mais
vivência neofílica uma consciência desfruta, maiores serão seus aprendizados
evolutivos. Aqui incluem-se as experiências projetivas de todo tipo. Como eliminar tradores apenas fechado dentro
de casa, com medo de tudo e de todos?
14. Holomaturologia. Até certo ponto, podemos dizer que a ausência de
tradores, ou em outras palavras a consciencialidade
lúcida, é um indicativo de maturidade. Há um número muito grande de pessoas
que são comatosas perante a auto-evolução e a realidade do cosmos. “O trafor,
ou o traço-força da conscin, é a unidade de medida da holomaturidade. Você já
identificou, com certeza autocrítica, o seu megatrafor?” (VIEIRA, 1994, 488).
15. Holorressomática. Eis uma constatação simples: ao ressomarmos
quase todos os nossos traços se tornam tradores. É com o passar dos anos e com
o incremento da maturidade que vamos nos autodescobrindo e nos reconstituindo
como realmente somos. A ressoma tem um papel impactante nesse processo para as
consciências, excluindo o Serenão, pelo que se supõe atualmente.
16. Holossomática. Pela Holossomática, é preciso investirmos no
domínio dos corpos para que não haja o mínimo de desnível em nossa atuação. Se
para a maioria das pessoas é difícil rememorar um sonho ou uma projeção,
imagine um trador que nem sequer é cogitado. É na inter-relação veicular sadia
que nos tornamos cada vez mais conscientes para nossa realidade interdimensional.
17. Invexologia. Importa ao inversor existencial, eliminar os tradores
evolutivos e assim obter maior produtividade sem maiores problemas em relação
ao porão consciencial. Pela proximidade com o curso intermissivo, os jovens
inversores podem se beneficiar com a ampliação do autoconhecimento precoce.
18. Mentalsomática. Com relação à Mentalsomática, é pelo acesso a
holomemória que podemos atuar com maior integridade pessoal. Teoricamente, o
Serenão já não possui trador justamente por ter acesso a todas as suas vidas e
experiências passadas.
19. Mnemossomática. O traço dormente, antes de mais nada, é uma questão
direta da Mnemossomática, ou seja de nossa memória consciencial. Quanto melhor for nossa mnemossomática, menor
serão nossos tradores.
20. Parafenomenologia. Segundo a Parafenomenologia, o desenvolvimento
de certos fenômenos anímicos-parapsíquicos são “ferramentas antitradores”. Isto
é, pouco a pouco vamos acumulando experiências que vão descortinando a
realidade de nosso potencial. Os
fenômenos são portas ilimitadas para a evolutividade.
21. Paragenética. Toda a nossa bagagem evolutiva, que conquistamos
arduamente vida após vida e que não se perde, mesmo quando ressomamos, está à
espera de nossa conexão que, antes de mais nada, é mentalsomática. Quem pouco
acessou o conjunto de sua paragenética, provavelmente ainda vive como o pobre
sentado em uma montanha de ouro. Non
novum, sed nove (o assunto não é novo, mas é tratado como novo).
22. Parapedagogia. É por meio da parapedagogia que muitos alunos
conseguem se conectar com sua intermissão e seus trafores esquecidos. O docente
conscienciológico, funcionando como um agente retrocognitor, atua como um amparador
intrafísico que impulsiona as recins e a autopesquisa.
23. Pensenologia. Perante à
Pensenologia, ao colocarmos em prática nossas potencialidades atrofiadas estaremos
também aperfeiçoando nossa pensenidade, que é a base de tudo. “Qualquer
manifestação intrafísica da consciência, seja assertiva ou não, ocorre
inicialmente pelo pensamento gerado no mentalsoma, que é então conjugado com
emoções e sentimentos da consciência.” (CERQUEIRA, 2005, 359). Investir na retomada de nossos trafores é uma forma madura de anularmos
nossos sofrimentos inúteis.
24. Proexologia. Um ponto muito sério a ser considerado é que nossa
proéxis está baseada em nossos trafores. Portanto, todo ato de preguiça ou autocorrupção
que mantenha certos traços dormentes é uma atitude antiproéxis. Em minhas manifestações ainda prevalecem os
trafares?
25. Projeciologia. Em relação à Projeciologia, é importante frisar que
a ausência de desenvolvimento projetivo resulta no autodesconhecimento multiexistencial. Ou seja, quem fica só na
teoria geralmente mal conhece a si mesmo hoje e, pior ainda, o que foi ontem ou
o que se é no extrafísico. Desenvolver a projetabilidade
é fazer um doutorado em autoqualificação.
26. Traforologia. Relativo à Traforologia, os traços dormentes
apresentam grande impacto na conduta de uma consciência, pois se por um lado há
pontos que não devem ser lembrados, também deve haver trafores que não podem
ficar omissos. Estudar os trafores implica em também estudarmos a sua ausência.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Verpon. Com esse artigo, buscou-se apresentar o trador como uma nova
abordagem que deve ser explorada e valorizada para que não atuemos no subnível
pessoal. Colabora também para reflexões e indagações sobre nossas capacidades
reais e por vezes avançadas que ainda são mantidas dormentes. Essa nova
temática conscienciométrica complementa o aprofundamento de sermos consciências
complexas e multimilenares que necessitam cada vez mais de recursos que
permitam o autoconhecimento integral.
Prospectiva. A partir das hipóteses, conclusões e conceitos apresentados
nesse artigo, espera-se que futuramente haja um aprofundamento do assunto pelo
incremento das vivências conscienciológicas por meio de autopesquisas holobiográficas
e dos fenômenos parapsíquicos. Através dessas vivências multiexistenciais poderão
ser criados tipos, categorias e hipóteses gerais sobre os trafores atrofiados. O traço insuperável é aquele que você ainda
não consegue identificar.
Questionamento. Até quando você permitirá a paralisia e a inutilidade
das suas conquistas evolutivas?
Por Alexandre Pereira.
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13. Thomaz,
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14. Vicenzi,
Ivelise; A Contribuição da Escola de
Projeção Lúcida para Autopesquisa sobre Fatores Intervenientes na Lucidez
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Conscienciologia (CEAEC Editora); Foz do Iguaçu, PR; abr. / jun., 2008.
15. Vicenzi, Ivelise; Estado Vibracional:
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Volume 11, número 3, Associação Internacional do Centro de Altos Estudos
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16. Zolet,
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12, número 3, Associação Internacional do Centro de Altos Estudos da
Conscienciologia (CEAEC Editora); Foz do Iguaçu, PR; jul. / set., 2008.
17. Zolet,
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Trimestral; Volume 13, número 4, Associação Internacional do Centro de
Altos Estudos da Conscienciologia (CEAEC Editora); Foz do Iguaçu, PR; out. /
dez., 2009.
18. Vieira, Waldo; 700 Experimentos da Conscienciologia. Rio
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Internacional de Projeciologia e
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19. Vieira,
Waldo; Conscienciograma: Técnica de Avaliação da Consciência Integral;
Instituto Internacional de Projeciologia; Rio de Janeiro, RJ; 1996.
20. Vieira, Waldo; Manual de Redação
da Conscienciologia; 1 edição;
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21. Vieira, Waldo;
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Rio de janeiro,
RJ; Instituto Internacional
de Projeciologia e Conscienciologia; 1999.
Esse conceito de trador se mostra bastante lógico, e logo após os primeiros parágrafos pensei " caramba, essa ideia de trador eh tão elementar e faz todo sentido, pq ninguém tinha pensado nisso ainda?"
ResponderExcluirAcho que eh uma neoverpon q veio pra ficar.
Parabéns pelo artigo, Alex! Muito bem escrito.