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E quando ser sensitivo faz mal?



*Texto publicado na revista Obvious.


Você já deve ter ouvido a expressão de que todo mundo é um pouco sensitivo. Afinal, quem de nós não tem algum tipo de intuição? Agora o que fazer quando essa capacidade mais atrapalha do de auxilia?



É recorrente em nosso tempo a expressão de que as mães tem um sexto sentido quando se trata de seus filhos. Essa capacidade de perceber o filho mesmo a distância, ainda que sem indícios, é próprio dos sensitivos. A sensação "materna" de que algo está errado permeia a vida como um todo e normalmente as impressões estão corretas. Nesse exemplo, a mãe pode intervir e sua sensibilidade atua de modo positivo.



No entanto, em indivíduos onde essa capacidade de percepção está além da média, as chamadas pessoas sensitivas ou parapsíquicas, essa condição pode criar inúmeros inconvenientes se não tiver atenção adequada ou esses assuntos forem banalizados pelos envolvidos. Isso se deve porque essa sensibilidade é um atributo neutro, ou seja, pode ser tanto positivo quanto negativo dependendo da utilização.



Eis abaixo 6 tipos de problemas em função da sensitividade (ou parapsiquismo) e logo após 6 auxílios para transformar essa ferramenta em algo construtivo.



1. Ser esponja dos problemas



É muito comum ouvir a expressão de ser esponja dos problemas e das circunstâncias dos outros. Basta vir um amigo falar dos seus problemas para sentir tudo aquilo e provavelmente ficar mal depois, seja com uma dor de barriga ou ficando de cama no dia seguinte. Ser uma esponja energética que só sente e acumula os problemas alheios não é nada positivo.


2. Acabar se isolando.

Vivemos num mundo que é muito mais doente que sadio. O sensitivo que sente as energias, as angústias e as más intenções alheias pode cometer o erro de se isolar na expectativa de se proteger dessas "contaminações" ruins. É comum com o tempo alguns criarem até fobias de multidão e certos pânicos indefinidos. O isolamento pode parecer uma atitude razoável quando, na verdade, o problema não foi resolvido.

3. Minidoenças frequentes.

É comum o sensitivo apresentar sinais de esgotamento que pode desencadear pequenas doenças e mal-estares diversos. Desse modo, a imunidade e os sistemas de defesa do organismo podem ser prejudicados em função do contato com seres desestabilizados e energias tóxicas. Não é muito funcional usar a sensitividade em favor de alguém e depois ficar na cama se recuperando por tempo indeterminado.

4. Não saber desassimilar


Uma pessoa que sofre com sua sensitividade é aquela que não sabe o que é a desassimilação das energias ou como se limpar dos "fluídos". Sim, nossas energias podem ser limpas assim como fazemos com o corpo físico. Há diversas técnicas práticas e objetivas, como da Conscienciologia, até outras de cunho místicas e ritualísticas. A questão mais séria é entender que você não precisa ficar muito tempo com energias negativas e indesejadas.


5. Alterações repentinas de humor.

Quem tem sensibilidade energética e tem pouca resistência ou defensividade acaba tendo alterações emocionais bruscas. Um exemplo típico são as alterações de humor que podem variar num espectro amplo. Há pessoas que se julgam bipolares quando, a rigor, são mais suscetíveis as energias e emoções externas. Todo sensitivo deve se empenhar para alcançar a estabilidade


6. Ser vampirizado vitalmente


Um parapsíquico iniciante é geralmente é mais ingênuo quanto a intenção e o nível dos demais. Nesse processo muitas vezes nem percebe quando está sendo sugado e vampirizado energeticamente até que fique mal e "sem bateria". Desse modo, vem uma fraqueza e um sono irresistível a ponto de esgotar as forças podendo durar horas ou até dias. Estar totalmente aberto aos outros permite esse tipo de ocorrência. 

Como melhorar?

Entretanto, é possível conviver bem com essas habilidades de modo saudável. Infelizmente muitos caem na besteira de tentar bloquear e reprimir suas capacidades no intuito de ser alguém "normal" e sem algumas problemáticas como os exemplos citados acima. Ninguém precisa ser penalizado em função de processos extrassensoriais. Entre as inúmeras dicas para não se prejudicar seguem 6 auxílios diversos ao parapsíquico:


1. Aprender a focar em sua respiração.


Em momentos de estresse e de momentos desconfortáveis é possível utilizar uma estratégia simples e eficiente que consiste em prestar atenção na própria respiração. Se souber fazer a respiração abdominal os efeitos são ainda melhores e mais rápidos. Calma e respire.

2. Pensamentos positivos.

Ter pensamentos positivos não é atitude de pessoas ingênuas e tolas. Aprender a olhar o lado bom das coisas é fundamental para a manutenção da saúde mental e de uma harmonia íntima. Nossa sociedade é doentia e cheia de incoerências, mas não signifique que devemos nos exaltar a cada percepção do disfuncional. Analisar a vida sem ser reacionário é ponto primordial ao sensitivo.

3. Praticar técnicas energéticas.

Todo mundo pode sentir e controlar as próprias energias a favor da manutenção do equilíbrio pessoal. No oriente, por exemplo, a movimentação de energia é popular a séculos e muitos já se beneficiaram. Ao controlar as próprias energias você pode recuperá-las, se proteger quando necessário, realizar desbloqueios diversos, evitar certas doenças e assim por diante. 

4. Atividades de desassimilação.

O ideal, ao mudar de tarefa, é se desligar totalmente do que acabou de fazer. Quem mexe com energia pode fazer isso mais facilmente. Caso ainda não saiba, invista em atividades que mudem o seu foco mental e tenha determinação em se desligar por completo. Não conseguir parar de pensar em algo é inconveniente e, dependendo do caso, uma ação negativa.

5. Ampliar o autoconhecimento.

Investir em se conhecer é algo precioso em todos os sentidos. Dessa forma, você consegue identificar seus pontos falhos e assim corrigi-los ou mesmo entender seus mecanismos pessoais e desse modo seguir com o máximo de equilíbrio possível. Quem não se conhece acaba sendo vítima de si mesmo e sofrendo de modo desnecessário quanto ao parapsiquismo.

6. Saber dizer não.

Quem é "esponja" só absorvendo os problemas e energias alheias em geral não sabe se posicionar e dizer não. Assim, segue como sendo o bonzinho que todos pisam e maltratam. Querer ajudar não significa estar aberto a ser um tolo que pode ser facilmente manipulado. Toda forma de permissividade, ainda que bem intencionado, pode trazer problemas. 

Para quem já conhece a Conscienciologia: 

Domine mais suas energias.

Quanto mais você dominar suas energias melhores serão suas capacidades para reverter qualquer situação que envolva consciências. Voltar a um padrão pessoal sem qualquer tipo de interferência nociva é algo raro e primoroso. Suas energias são o pilar da vida equilibrada.

Faça o arco voltaico pessoal.

Quando estiver sentindo que existe alguma interferência extrafísica negativa em você, como por exemplo um assédio, faça um arco voltaico nos chacras encefálicos. Busque utilizar apenas o controle interno sem a utilização das mãos. O arco voltaico é uma técnica excelente na quebra de ligações interdimensionais.

Aprenda a fazer o encapsulamento.

O encapsulamento com as energias é um método defensivo eficiente, e por vezes rápido, que ajuda na prevenção de pessoas e lugares que podem deixar você defasado. Apesar de ser possível encapsular ambientes ou outras pessoas, o ideal é fazer em si mesmo como manobra prioritária. Há momentos onde é preciso se isolar.

Não querer ser o “salvador da pátria”. 

Muitas pessoas sofrem com sua sensitividade por se colocar numa postura de salvador da pátria que quer desassediar o mundo. Ou seja, joga energia de modo imprudente, tenta energizar todo mundo que "acha que precisa", ignora toda forma de assédio extrafísico, pensa que pode fazer o que quiser pois os amparadores irão protegê-la. Boa parte desses "salvadores" mal salva a si mesmo.


Ter uma percepção mais aflorada é um diferencial que pode ser utilizado de modo construtivo e saudável. Negar toda forma de sensitividade ou parapsiquismo não resolve o problema, mas o agrava. Tirar proveito das próprias potencialidades só traz ganhos tanto para si mesmo quanto para os envolvidos. Que tal aproveitar suas habilidades ao invés de sofrer desnecessariamente?



Este texto traz apenas informações básicas.
Estude! Se aprofunde mais no assunto!
E não acredite em nada. Experimente!

Por Alexandre Pereira.


** Não entendeu alguma palavra? - GLOSSÁRIO.

A esquecida obra-prima de Balzac


Sem dúvida alguma, Honoré de Balzac foi um dos escritores mais produtivos e conceituados de sua época e lembrado até hoje por diversas razões. Quem nunca ouviu a expressão mulher balzaquiana? Seu maior triunfo em vida foi “A Comédia Humana” que possui 95 romances, contos e novelas sobre os mais diversos aspectos da sociedade francesa. Um autor muito detalhista em suas observações e também é considerado o fundador do Realismo na literatura moderna.

Mesmo produzindo uma obra vasta, há um livro diferente do seu padrão habitual e que destoa da Comédia Humana trazendo uma abordagem e um tema nada comum para a época: a possibilidade da vida após a morte. Mesmo para alguém conceituado era um assunto espinhoso no século XIX e, mesmo assim, escreveu uma obra-prima, hoje esquecida, chamada Luís Lambert.

Toda a narrativa psicológica de Balzac foi transportada para um ambiente onde o personagem central, o próprio Luís, fala do poder da vontade e da força do pensamento, assim como assuntos transcendentes quanto à “alma” e suas faculdades. O assunto principal da obra é o fato de Luís Lambert deixar seu corpo, ainda em vida, para se aventurar em uma jornada pessoal pelo chamado mundo espiritual. O personagem passa dias numa espécie de transe enquanto sua consciência viaja em outras dimensões com a proteção da mulher que o compreende e resguarda seu corpo.

É considerado um livro essencial pelas reflexões que Balzac se arrisca sobre temas obscuros, até mesmo nos dias atuais, de modo direto e pontual. Em algumas passagens afirma que a personalidade capaz de sair do corpo deveria ser chamada de Homo duplex e até propõe que futuramente haveria uma ciência para estudar tais ocorrências. Também cita personalidades históricas como Buda, Jesus e muitos outros como, por exemplo, Emanuel Swedenborg que foi um erudito e espiritualista sueco que narrou diversos fenômenos “sobrenaturais” e até escreveu sobre viagens extracorpóreas.

Para um autor que basicamente descreve a França e seus hábitos sociais, soa divergente sua fala que afirma que existe o mundo Natural, Espiritual e Divino e a natureza do homem sendo a do progresso e da evolução. Mas podemos entender de onde o autor tirou inspiração para mergulhar nessa temática? Apesar de a resposta ser controversa existe autores que supõe ser o próprio Balzac materializado na figura de Luís Lambert e faria o livro ter certo tom autobiográfico. Apesar das especulações uma coisa é certa: está à frente do seu tempo.

Fenômenos que relatam a vida após a morte ficaram mais populares na sociedade atual pelos relatos e estudos, por exemplo, da EQM ou Experiência de quase morte onde pessoas que estiveram no limiar da vida relatam passagens por túneis de luz, encontro com pessoas mortas e jornadas além do mundo físico com uma riqueza de detalhes impressionantes que desafiam a medicina moderna. Muitos casos se assemelham como a do próprio Lambert.

Um episódio notório, ocorrido recentemente, foi do doutor Eben Alexander III, um neurocirurgião de Harvard de renome internacional, que passou por uma experiência de EQM em que narra uma saída extracorporal impressionante e que deu origem a obra intitulada “Uma prova do céu”. O livro tornou-se um best-seller, não apenas pelas incríveis experiências que teve, mas por alguém de peso da neurociência ser capaz de afirmar que não se trata de alucinação, mas um evento real.

Teria Balzac antecipado esse tipo de estudo científico dos dias atuais? Provavelmente, sim. Outra linha de pesquisa recente é a própria Projeciologia que se dedica ao estudo específico dessas experiências fora do corpo, não apenas da EQM em si, e que possui até um tratado científico com autoria de Waldo Vieira. A Projeciologia foi originada no Brasil e atualmente possui pesquisadores em inúmeros países pelo mundo. O que Luís Lambert viveu parecia mero acaso ficcional que, no entanto, vem sendo investigado seriamente.

Mesmo com tantas frentes de estudo o tema ainda causa surpresa e estranheza para a população em geral. Mesmo hoje, qualquer relato de retorno a vida, de visualização de pessoas falecidas, saídas do corpo e similares parecem desafiar o bom senso. Afinal, buscar a compreensão ou prova de que a vida não é apenas material e transcende a biologia básica não é tarefa fácil. Então, idealize as caretas recebidas por Balzac no século XIX.

Entretanto, todo esforço do autor não foi ser o dono da verdade ou propor uma nova religião, nada disso. Com naturalidade, navega de modo racional e questionador sobre a essência da vida e seus diversos aspectos ainda desconhecidos. Em uma passagem afirma, por exemplo: “No mundo, tudo é produto de uma substância etérea, base comum de vários fenômenos conhecidos pelos nomes de eletricidade, calor, luz, fluído galvânico, magnético, etc. A universalidade das transmutações dessa substância constitui o que chamamos vulgarmente de matéria.”

Estaria Balzac já antecipando várias pesquisas da Física Quântica que vem revolucionando o pensamento humano com seu mundo peculiar de átomos, “cordas vibracionais” e a afirmação de que o universo possui várias dimensões? A própria Física de Einstein afirma que tudo no universo é energia que está modulada em diferentes contextos. A física moderna está indo para caminhos cada vez mais exóticos e totalmente ignorados tempos atrás.

Naturalmente, a sociedade parisiense da época de Balzac não tinha como supor que tal obra abordaria temas que futuramente fossem cada vez mais populares por desafiar nossa compreensão sobre a vida, a morte, os fenômenos parapsíquicos e a natureza humana em si. Mesmo com sua representatividade atual são poucos que já ouviram falar de Luís Lambert e dessa obra prima desconhecida. Será que a sociedade continuará ignorando certos assuntos dentro da nossa “comédia humana”?



Esse texto traz apenas informações básicas.
Estude! Se aprofunde mais no assunto!
E não acredite em nada. Experimente!

Por Alexandre Pereira.



Publicado originalmente na Obvious - http://obviousmag.org/inteligencia_evolutiva/2016/a-esquecida-obra-prima-de-balzac.html