Sociedade Evolutiva: Superando Pontos Fracos

Em fevereiro de 2024 terá o primeiro ano da mentoria Sociedade Evolutiva. Serão 10 meses de aprofundamento em muitos processos emocionais.

Segue abaixo a proposta completa e o convite para sua participação.

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O neurocirurgião que pensou fora do cérebro

Existe vida após a morte? Um dos maiores neurocirurgiões do mundo passou por uma experiência incrível que o fez afirmar que existe sim.


Definitivamente, esse livro é diferente de quase todos vendidos por aí. O principal é que se trata de uma experiência real e pessoal que não contém ficção. O que esse médico experimentou é digno das grandes histórias de cinema.

Primeiramente, o autor se chama Eben Alexander III, e é americano. Seu currículo é invejável sendo um neurocirurgião de renome internacional e professor em Harvard por mais de uma década. Isso sem contar sua primeira faculdade de Química. Já escreveu mais de 150 artigos científicos e participou de mais de 200 congressos ao redor do mundo. Essa apresentação do autor é necessária para entender que Eben não é uma pessoa qualquer. É um dos maiores especialistas em cérebro do mundo.

O livro intitulado “Uma prova do Céu: a jornada de um neurocirurgião à vida após a morte”, de 2012, escrito por ele, narra os acontecimentos dramáticos quando passou mal e, o que parecia ser apenas uma gripe comum, na verdade se tratava de uma grave infecção. O médico, agora na condição de paciente, estava tendo seu cérebro atacado por uma bactéria extremamente agressiva. Por isso, ele ficou 7 dias em estado de coma. Nesse tempo, seu cérebro ficou totalmente “desligado” e sua vida estava temporariamente suspensa.

Ou melhor dizendo, sua vida deveria ter estado suspensa. Mas não esteve. O médico, então cético e sem grande interesse pela vida após a morte, se viu fora do próprio corpo numa vivência chamada de Experiência de Quase Morte (EQM). Enquanto seu corpo estava inerte na UTI do hospital, ele começava uma impressionante viagem extracorporal por diversos estados e dimensões. Só que não se tratava de alucinação ou mera ilusão criada por seu cérebro. A conclusão desse especialista, já adiantando, é que todas as suas experiências foram reais. Não apenas pensava fora do corpo, ou do próprio cérebro, como fez coisas incríveis.

Vou manter o suspense e não revelar o que sua consciência fez nesse período de 7 dias. Apenas adianto que isso o transformou profundamente e o fez compreender um pouco da existência e da realidade na qual vivemos. Quando um neurocirurgião do seu calibre afirma que Experiências de Quase Morte são reais, e não meramente produtos imaginativos de um cérebro que está morrendo, é preciso ter a mente aberta e uma boa dose de fôlego para reformular o modo como enxergar o mundo. No livro há várias explicações científicas que demonstram porque tudo isso não poderia ser meramente cerebral.

O livro é importante por não trazer nenhum viés religioso ou político, mas sobretudo por ser um caso marcante e único em alguns aspectos da medicina. Mas o doutor Eben não foi a única pessoa a passar por Experiências de Quase Morte. Foram milhões de casos nas últimas décadas e alguns cientistas já começaram a se debruçar em pesquisas para entender o que está acontecendo em seus hospitais ao redor do mundo. Afinal a EQM é uma ocorrência basicamente universal que acontece independente da cultura, dos credos, da classe social, do gênero e assim por diante.

Nesses casos de EQM é quase sempre o mesmo enredo: experiência fora do corpo, túneis de luz, encontro com seres de luz ou parentes falecidos, retrospectiva da vida, entre outros. Isso torna o fenômeno um desafio já que a medicina não pode simplesmente afirmar que é uma alucinação e as pesquisas cientificas para desvendar esses casos está apenas engatinhando. Muitos já vislumbram que seria preciso uma especialidade ou mesmo uma nova ciência para estudar esse tipo de fenômeno. Só que essa ciência já existe.

A Projeciologia é a ciência que estuda as experiências fora do corpo e suas derivações. Dessa forma, já há estudos, técnicas e metodologias para o entendimento da vida após a morte e o modo pelo qual a consciência (ou nossa essência) se comporta em diversos estados e diferentes dimensões. O doutor Eben, por exemplo, ficou chocado ao descobrir que a consciência é a base de tudo o que existe no universo. Essa e muitas outras conclusões do autor são as mesmas da Projeciologia que possui um tratado sobre o assunto com mais de 1000 páginas.


A EQM unida com o estudo da experiência fora do corpo ou projeção consciente (Projeciologia) pode se consolidar futuramente como um divisor de águas quanto ao entendimento do papel humano no planeta e da forma como a medicina deve ser transformada. Afinal, ao se comprovar com rigor a existência da consciência além do cérebro, tudo em matéria de pesquisa e paradigma científico deverá ser revisto. Uma medicina que ignora as emoções, as energias e a consciência em si não será mais adequada a uma ciência que já vislumbra realidades além da material.

Toda a experiência do doutor Eben escrita no livro é um lampejo, profundo e significativo, de que esses fenômenos devem ser levados a sério e de que a consciência pensa e sobrevive além do próprio cérebro físico. Ao invés de esperar pela morte para descobrir o que existe, não seria útil ter experiências agora e também se transformar positivamente?

Esse texto traz apenas informações básicas.
Estude! Se aprofunde mais no assunto!
E não acredite em nada. Experimente!
 
Por Alexandre Pereira.

Jesus e o Grande Inquisidor


Existe uma passagem genial no livro Os irmãos Karamazov, escrito pelo russo Fiódor Dostoiewsky, intitulada “O grande inquisidor” que narra o retorno de Jesus em plena época medieval. Nessa divagação sobre o que teria ocorrido caso o mesmo voltasse a Terra em meio a terrível fase da inquisição europeia, seu pensamento escapa do convencional e adentra possibilidades e fronterias até então desconhecidas.

O que aconteceria se Jesus descesse dos céus? Qualquer pessoa provavelmente acharia fácil a resolução dessa questão, especialmente na era medieval onde o conhecimento e a informação era privilégio de poucos. Mas Dostoiewsky simplesmente explodiu o senso comum de que as pessoas se curvariam e adorariam Jesus como salvador.

Nessa passagem ocorre justamente o oposto. Ao invés de assumir seu posto frente a igreja e a população, Jesus é preso e morto pela inquisição. A primeira vista pode parecer algo forçado, mas o encadeamento e a argumentação feita pelo autor mostra que tal atitude poderia ser plausivel e provavelmente correta. Eis um trecho que mostra o diálogo de com um dos líderes religiosos falando com Jesus.
 
Trecho curto:
- “Ele ressuscitará tua filha”, gritam na multidão para a mãe lacrimosa. O padre, que sai a receber o ataúde, olha com ar perplexo e franze o cenho. De súbito, repercute um grito, a mãe se lança aos seus pés: “Se és Tu, ressuscita minha filha!”, e estende os braços para ele. O cortejo para, deposita-se o caixão sobre as lajes. Ele a contempla, cheio de compaixão e sua boca profere docemente mais uma vez: “Talitha kumi” (jovem, levanta-te), e a menina se levantou. A morta se levanta, senta-se e olha em redor de si, sorridente e com ar admirado. Tem na mão o buquê de rosas brancas que haviam depositado no caixão. No meio da turbamulta há agitação, grita-se, chora-se. Naquele momento passa pela praça o cardeal, grande inquisidor. É um ancião quase nonagenário, de elevada estatura, de rosto dessecado, olhos cavados, mas onde luz ainda uma centelha. Não traz mais a pomposa veste com a qual se pavoneava ontem diante do povo, enquanto eram queimados os inimigos da Igreja romana. Retomara sua velha batina grosseira.

Aponta-o com o dedo e ordena aos guardas que o prendam. Tão grande é o seu poder e o povo está de tal maneira habituado a submeter-se, a obedecer-lhe tremendo, que a multidão se afasta imediatamente diante dos esbirros; em meio dum silêncio de morte, estes o pegam e levam-no. Como um só homem aquele povo se inclina até o chão diante do velho inquisidor, que o abençoa sem dizer palavra e segue o seu caminho. O prisioneiro é conduzido ao sombrio e velho edifício do Santo Ofício, onde o encerram numa estreita cela abobadada.

Nas trevas, a porta de ferro da masmorra abre-se de repente e o grande inquisidor aparece, com um facho na mão. Está só, a porta torna a fechar-se atrás dele. Para no limiar e observa longamente a Santa Face. Por fim, aproxima-se, pousa facho sobre a mesa e diz-lhe:

- És Tu, és Tu? - Não recebendo resposta, acrescenta rapidamente: - Não digas nada, cala-te. Aliás, que poderias dizer? Sei demais. Não tens o direito de acrescentar uma palavra mais ao que já disseste outrora. Por que vieste estorvar-nos? Porque tu nos estorvas, bem o sabes. Mas sabes o que acontecerá amanhã? Ignoro quem tu és e não quero sabê-lo: tu ou apenas sua aparência; mas amanhã eu te condenarei e serás queimado como o pior dos heréticos, e esse mesmo povo que hoje te beijava os pés precipitar-se-á amanhã, a um sinal meu, para alimentar tua fogueira. Sabes disso? Talvez - acrescenta o velho, pensativo, com os olhos sempre fixos em seu Prisioneiro. (...)

Entretanto, a grande questão que fica é o que ocorreria caso um líder espiritual, independentemente de qual religião, realmente descesse dos céus nos dias atuais. Como as pessoas se comportariam? Quais os impactos sociais? Como seria o tratamento dado pela mídia? Apesar dessas e de outras centenas de questões pertinentes, nota-se que as sociedades ocidentais e orientais, apesar de todo avanço conquistado, ainda não possui bases sólidas de sustentação.

Não refiro apenas as questões econômicas, já que um surgimento como esse provavelmente traria inúmeros colapsos tanto na bolsa de valores quanto nas outras atividades profissionais. No entanto, o ponto central aqui é que provavelmente as pessoas não acreditariam que tal evento seria real, sem falar na reclamação pelos problemas pelo mundo. Se na passagem de “O grande inquisidor” a inquisição foi seu novo algoz, será que atualmente o pentágono ou grupo similar deixaria esse líder livre?

Mesmo a humanidade em sua maioria tendo uma religião e acreditando em profecias e revelações, as populações parecem não estar dispostas em aceitar eventos que não sejam magníficos e assim compatíveis com sua imaginação de eventos divinos. Há um fosso que separa a expectativa ilusória do religioso com a realidade prática cotidiana.

O objetivo aqui nem é entrar nos méritos das razões de Jesus ainda não ter descido dos céus, como foi anunciado e falado por tantos séculos, e fez legiões de fiéis aguardarem ansiosamente pelo ano 2000. Como as previsões não se concretizaram agora o discurso religioso se limita a afirmar que voltará no fim dos tempos, seja lá quando for isso.

Do mesmo modo que líderes religiosos não querem perder o seu prestígio ou pessoas exigem que suas vontades sejam atendidas, a vida pública de quem é aclamado como o próprio Deus, notadamente depois do Concílio de Nicéia, não seria nada fácil e uma crucificação moderna não estaria descartada.

Talvez a maior vitória de Dostoiewsky tenha sido o vislumbre da natureza humana, que horas é lúcida e comedida e noutros momentos incoerente e agressiva. Ainda que Maomé, Odin, Zoroastro, Buda ou outra figura mítica surgisse e desafiasse nosso senso de credulidade seriam fortemente atacados. O ser humano sabe acolher as coisas como são ou apenas afagar o que corresponde aos seus anseios?

Num mundo cada vez mais polarizado é terrível pensar que a inquisição está no interior da maioria das pessoas. Esse juiz interno que rapidamente julga e condena sem espaço para opiniões divergentes. Que a humanidade seja cada vez mais avançada nas questões emocionais a fim de que num futuro próximo não nos resumamos a seres infantis com tecnologia avançada. Atualmente você é um grande inquisidor?

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Por Alexandre Pereira.

O Corpo e a Consciência Segundo Altered Carbon


O livro Carbono Alterado (Altered Carbon) escrito por Richard K. Morgan visualiza um futuro distópico onde a raça humana está imensamente desenvolvida tecnologicamente, mas com novos dramas em função desses avanços. O enredo é uma trama bem construída que envolve muita ação, mistérios e conceitos fascinantes numa jornada que fará o protagonista Takeshi Kovacs passar por situações mais desafiantes do que poderia imaginar.

A Netflix usou o livro como base e fez da série de mesmo nome uma descrição fiel do universo apresentado. Nessa futura realidade a tecnologia está evoluída a ponto de existirem cartões ou cartuchos corticais que podem registrar a sua identidade ou personalidade desde o nascimento. Dessa forma, quando o corpo morre, esse cartucho com “você” pode ser passado para outra “capa” (adjetivo muito interessante usado para o corpo humano) e assim vivendo indefinidamente. Essa é a premissa do livro e da série.

A questão de viver continuamente em corpos diferentes foi sempre de cunho relevante e esse tema é abordado por diversas linhas filosóficas, religiosas e até científicas, como a Conscienciologia. Sempre podemos nos questionar: eu sou o meu corpo físico? Ou a minha essência vai além de um corpo material feito carne, ossos e sistemas? Aliás, essas questões nunca foram mais atuais em função da aceleração do nosso desenvolvimento nas mais diversas áreas.

É interessante tanto no livro como na série o modo como é abordada a relação entre aparência e personalidade ao mostrar, por exemplo, uma senhora que “morreu” como avó e teve seu cartucho reativado num corpo masculino jovem cheio de piercings e tatuagens. Ver o tratamento dos parentes de modo natural frente uma avó naquele corpo totalmente diferente não deixa de ser inusitado. Afinal, como uma “senhora” deveria se portar naquela “capa” alternativa?

Com o avançar do enredo é possível vislumbrar outras realidades muito prováveis caso a humanidade chegue nesse nível tecnológico e também alguns contextos já bem conhecidos como, por exemplo, um grupo minoritário de pessoas extremamente ricas e poderosas que tem controle sob quase tudo. A ação dessa classe, também chamada de Matusa, expõe um absolutismo que não é incomum no mundo atual.

Nesse contexto de dinheiro e poder é mostrado que se um Matusa mata uma prostituta durante o sexo ele a recompensa com uma capa melhorada, ou seja, mais linda e atraente. Situação bem oposta das capas oferecidas pelo governo que são de aparência desagradável, desleixada e bem inferiores. A crítica parece assertiva quando evidencia que o serviço público se mostra sempre menor em relação ao que há de melhor.

Apesar de Altered Carbon mostrar um tom mais escuro e sombrio de uma sociedade futura é provável que caminhemos para muitos desses aspectos onde sexo, dinheiro e poder permanecem como os grandes motores das sociedades em geral. Afinal, é possível que um dia sejamos seres que vivam de modo mais igualitário e harmônico sem que a ambição e o prazer dominem nossas condutas?

Outra questão marcante é a postura das pessoas religiosas e crentes que escolhem morrer de fato ao invés de ficar mudando de corpo. Até que ponto seria melhor optar em “ir para o céu” ao invés de viver na matéria sem prazo de validade? Na história, um pequeno problema abordado é que ao utilizar uma nova capa você acaba adquirindo os vícios que o mesmo possui, ou seja, em caso de alcoolismo sente-se a necessidade de voltar a beber.

Nesse processo surge um dos eixos de todo o pensamento humano desde a antiguidade: onde está a sede de nossa consciência? Somos espíritos em um corpo carnal ou um cérebro incrível, mas somente biológico? A fundamentação de transferir o que somos para um cartucho tecnológico não deixa de representar um modo similar (e ao mesmo tempo avesso) do que a criogenia sempre tentou: a evitação da morte.

A imortalidade foi sempre buscada pelo homem como meio de acabar com a insegurança sobre a morte e sua inevitabilidade. O apego pelo próprio corpo vem gerando tentativas frustradas e desesperadas para sobreviver ao peso esmagador do tempo. A mudança de corpos em vidas sucessivas é um conceito similar adotado por diversas linhas como o budismo, hinduísmo, espiritismo, entre outras. Segundo a Conscienciologia, o corpo humano é chamado de “veículo” para que a consciência utilize na dimensão física sendo, portanto, inevitável para todas as pessoas o ciclo de morte e renascimento com a troca de veículo ou capa a cada nova passagem terrestre.

Sempre se fala de renascimento (reencarnação, ressoma ou metempsicose) com a perda de memória entre uma vida e outra como forma de esquecer os erros cometidos e assim ter uma nova oportunidade de acerto começando do “zero”. Dessa forma, aquela individualidade poderia recomeçar sem as amarras, desilusões e culpas do que já passou. Entretanto, manteríamos a sanidade vivendo por tanto tempo, mudando por muitos corpos, sem perder a memória? Essa é uma questão pouco abordada pela série, pois a maioria das pessoas, mesmo as muito “velhas” parecem manter a integridade emocional.

Mas enquanto vivermos em corpos temporários como o que possuímos, a imortalidade será sempre um sonho ou uma verdade oculta. Será que nossa alma, ego ou consciência já não será imortal vivendo apenas uma condição evanescente? Até que ponto corremos atrás de uma imortalidade já existente enquanto nos julgamos seres perecíveis e descartáveis perante a natureza? Enquanto você não obtém sua resposta resta apenas viver e respirar nesse corpo de carbono.

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Por Alexandre Pereira.

A Incrível História da Humanidade

A humanidade exposta de um jeito revelador.




O livro Sapiens: uma breve história da humanidade, de autoria de Yuval Noah Harari, não é um livro qualquer e está longe de ser comum. O leitor em geral termina o livro com a sensação de que agora entende o mundo e como boa parte das coisas funcionam. E essa não é uma sensação equivocada, muito pelo contrário. A obra é bem mais do que a coleção de histórias legais e explicações generalistas. Ela causa impacto pela clareza exposta e pela cientificidade envolvida.

Com passagens de tirar o fôlego, a evolução da humanidade é feita de modo interessante e conexo mesmo para “quem não é da área de humanas”. Em geral, as informações precisas servem como um triturador de ideias preconcebidas e de erros históricos que tratamos ainda com naturalidade. Importante ver o quanto a Ciência já avançou de modo significativo nas descobertas sobre nosso passado remoto até o momento atual. O livro é um compilado que vislumbra um caminho que antes parecia confuso ou óbvio demais.

Para uma pessoa moderna pode parecer natural que tenhamos dominado o planeta. No entanto, essa jornada é mais complexa e desafiadora do que um leigo possa imaginar. Entre as várias espécies de humanos do passado que viviam juntas (isso mesmo que você leu), a soberania do Homo sapiens foi realizada com boa parte do padrão que seguimos até hoje: com inteligência, violência e destruição. Quando se percebe que o humano nunca viveu em harmonia com a natureza, isso também vale para os indígenas, fica evidente nossa essência em construção. Mas calma, não tire conclusões precipitadas.

Harari fala com brilhantismo de temas profundos e fundamentais como, por exemplo, a revolução cognitiva, que mudou a forma de pensamento e comunicação, bem como a revolução alimentar que permitiu a multiplicação da vida e o desenvolvimento social. A cada revelação, feita de modo sistemático, tudo vai se encaixando com um imenso quebra-cabeças. Mas o livro não fala apenas do passado, pois trata do nosso envolvimento com dinheiro, impérios, poder, sexo, religião e cientificidade.

Talvez uma das colocações mais eletrizantes e inquietantes de Sapiens seja sobre os mitos compartilhados. Ou seja, as ilusões e imaginações coletivas que todos tratam como se fossem verdades e, na realidade, são apenas conceitos humanos aceitos pela maioria. Só que não vou dar exemplos desses mitos, apesar de convivermos com eles atualmente, para manter o suspense e deixar as surpresas para aqueles que se aventurarem em suas páginas.

Para encerrar, a parte final dessa obra-prima trata do caminho para qual estamos seguindo. As previsões do futuro, baseadas na Ciência atual, são tanto empolgantes quanto estarrecedoras. As reflexões e ponderações evidenciam que há mais surpresas, tanto positivas quanto negativas, sobre o que estamos construindo para o amanhã. Você está pronto para as transformações sociais? Já entendeu o básico do ontem para se antecipar sobre o que virá?

Esse é um dos poucos livros que posso dizer a todos de forma imperativa: “LEIAM!”.

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Por Alexandre Pereira.

O Mestre dos Gênios e sua Lapidação Intelectual

No filme “O Mestre dos Gênios” (lançado em 2016) o personagem central é o editor Max Perkins (interpretado pelo ator Colin Firth) que orienta a escrita de diversos talentos e potenciais ao longo de sua carreira. A obra foi baseada na historia real desse que foi um dos maiores editores do mundo e que esteve por trás de figuras como Ernest Hemingway, F. Scott Fitzgerald e Thomas Wolfe.

O filme mostra sua relação com o então desconhecido Thomas Wolfe (interpretado por Jude Law) que lhe entrega um manuscrito de sua obra original. Wolfe já cansado de ser rejeitado vê na figura de Perkins sua última esperança. Com seu olhar clínico ele aceita publicar seu livro desde que passe por algumas revisões.

Esse é o lado observável do filme, mas nas entrelinhas estava um aspecto muito interessante: o de lapidador intelectual. Esse papel fica muito evidente quando Wolfe leva seu segundo livro, intitulado “Do tempo e do Rio“, em caixas e mais caixas em função da amplitude da obra. Depois de olhar todo o montante, quando Wolfe já saia do recinto, o editor Perkins lhe diz: “bom trabalho”.

Esse pequeno elogio é típico de quem está disposto e disponível ao longo e demorado processo de qualificação autoral. Quem não lapida, aceita qualquer texto, qualquer palavra e todas as formas de expressão. Um lapidador como mostrado no Mestre dos Gênios é diferente por estar disposto a ir até as últimas consequências em seu trabalho.

Essa sutilidade mostra que os gênios são produtos do esforço e forjados ao “transpirar” para alcançar resultados satisfatórios. Eles se empenham dentro de suas possibilidades e ninguém finge que escreve ou engana que corrige. Ambos estão comprometidos com o resultado ainda que leve tempo e seja um tanto desgastante o processo.

A genialidade é proveniente do espírito incansável e construtivo. No caso do filme, por maior que tenha sido seu talento e potencial foi apenas com o Perkins que passou de autor rejeitado para um escritor cobiçado por todos. Seu talento teve de ser moldado, trabalhado e orientado com maestria para que saísse do ordinário para o fora do comum.

Assim podemos analisar que o trabalho de mentoria pode ser tão significativo quanto o da criatividade em si. Ou seja, ambos se complementam. Esse tipo de conduta profissional deveria ser valorizada cada vez mais já que as pessoas estão se acostumando com a tecnologia que deixa tudo cada vez mais rápido e fácil.

Em certas questões não existe outro caminho que não seja o trabalho duro. Assim sendo, é importante fazer brilhar o lapidador intelectual que existe dentro de você em favor de si mesmo ou de outras pessoas. Tenha a certeza de que no futuro toda espécie de legado que resista será algo que precisou ter esforço contínuo ao longo do tempo, afinal todo mundo consegue fazer o que é fácil.

Seja você um aspirante a escritor, um executivo ou um vendedor as lições do filme servem para todas as áreas. Por exemplo, a ciência que estuda a consciência, chamada de Conscienciologia, valoriza muito a exaustividade (Exaustivologia) que é a atenção redobrada aos detalhes e fazendo o necessário em matéria de escrita ainda que seja de modo exaustivo. Alias esse modelo é ótimo para desenvolver a paciência e a concentração.

Que o exemplo do que deu certo seja sempre maior do que a propaganda daquilo que ainda “pode ser“. Os fatos são muito mais relevantes que as inúteis tentativas de achar atalhos para tudo. O sucesso é, em primeiro lugar, um comprometimento íntimo. Se não houver abertismo mental para o aprimoramento das próprias aspirações seremos sempre como um autor rejeitado por si mesmo.

Esse texto traz apenas informações básicas.
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Por Alexandre Pereira.