O hábito de remendar o que está quebrado

Há duas condições terríveis que um ser humano afetivo pode passar: amar alguém que só faz mal e se enganar dizendo que ama um relacionamento que “não pode ser desfeito”. Nas condições do afeto é difícil dar palpites ou conselhos quando tudo é uma questão interna. Conduto, parece uma batalha perdida em insistir continuamente em remendar o que já se sabe intimamente não ter consertado.

Há remendos que são necessários e remendos negativos. Sábio é quem sabe o momento de parar e o momento de investir sem que seja uma decisão de cunho meramente emocional. Afinal, suas decisões são racionais ou emocionais? Apesar de sermos humanos (homo sapiens) a maioria das escolhas é fruto da emoção e de como se lida com determinada situação. Até mesmo os assuntos polêmicos e complicados normalmente são defesas emocionais e não decisões técnicas.

As pessoas têm paixões enormes, mesmo essas paixões sendo tóxicas. Para essa condição se denomina ectopia afetiva. Ou seja, é o amor pelo doente, pelo errado ou o que é patológico. Há milhares de amores errados quanto a pessoas, objetos e situações. Pense no caso de quem não consegue largar a droga que acaba por matá-lo lentamente. Há amores errados irremendáveis, pois já estão desestruturados por natureza. É amor permanecer com quem apenas o machuca?

Na vida é preciso fazer alguns ajustes, consertos fazem parte. Entretanto, o remendo enquanto hábito evidencia que algo está errado. Viver uma relação abusiva que traz só tormenta não é a resposta para nada. Passar os anos como um “remendador” destrói a autoestima e o valor próprio ao se comportar como um escravo sentimental. Será a pessoa capaz de remendar a si mesma depois de tanto tempo tentando remendar uma relação quebrada?

Quem vive juntando os próprios cacos emocionais está mais perto das trevas do que a luz do amor libertador. Uma relação amorosa de excelência infelizmente ainda são exceções. Boa parte das pessoas finge não apenas para o grande público, mas sobretudo para si mesmo. E desse modo vão seguindo os dias como se não tivessem outras alternativas ou esperança de uma mudança maior. Preferem a certeza dos remendos ao invés do desconhecido longe da zona de conforto.

Para quem está dentro de um buraco pouco importa a sua profundidade. O caminho do desconhecido tende a ser diferente e, ainda seja ruim, sempre haverá uma nova chance de recomeço. Que tal um fosso menos fundo ou quem sabe sair de toda forma de pobreza emocional? Quem está dentro de um buraco precisa, no primeiro momento, parar de cavar. A saída dos problemas está sempre acima de nossas cabeças, no horizonte ao qual a mente consegue alcançar.

Remende suas feridas, remende seu comportamento, remende até o que não for seu. No entanto, não reclame se o universo não o remendar de alguma forma. Afinal, de que adiante pedir uma solução ao cosmos se nem ao menos o seu coração você dá ouvidos? E muitas vezes é melhor recomeçar uma centena de vezes ao invés de ficar aprisionado na primeira armadilha. Um conserto que nunca tem fim é uma forma de autocastigo?

Esse texto traz apenas informações básicas.
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Por Alexandre Pereira.



Reflexões de um País que Trapaceia

O Brasil pode sair vitorioso de sua crise moral desde que a população faça mudanças viscerais em seu comportamento. Até quando o país sonhará com a colheita do que nunca plantou?

Calma! Antes de criticar esse texto pelo seu título leia atentamente onde quero chegar, pois, desde criança ouço que “o Brasil será o país do futuro”. Entretanto, depois de todos esses anos e observando um ponto crucial de nossa sociedade é possível afirmar que continuando do jeito que estamos nunca chegaremos a lugar algum.

O ponto crucial dessa afirmação é devido ao famoso “jeitinho brasileiro” que a primeira vista parece ser algo pequeno e até superficial. No entanto, a realidade é que a maioria do povo brasileiro não tem apenas um “jeitinho”, pois, na verdade o que existe é falta de integridade!

Como podemos ser o país do futuro enquanto a maioria quer tirar vantagem em tudo, sempre na malandragem do mais fácil. Sem contar aqueles que vivem lesando os demais nas pequenas ações do dia a dia e não é por menos que estrangeiros ficam abismados com a depredação e o comportamento geral do “tupiniquim”.

Essa falta de integridade resulta em um inegável baixo nível civilizatório. Ou seja, parece que boa parte da população não teve sequer a educação básica para não prejudicar o que é seu. Uma reflexão indigesta nessa questão é analisar qual o papel da educação como um todo para permitir que o “jeitinho” deixasse de ser exceção para ser um de nossas referências internacionais.

Um exemplo do que acabo de me referir vem dessa foto abaixo tirada no Canadá.


O que aconteceu é que uma das estações do metrô canadense estava com as catracas quebradas e sem funcionários no local e o que se vê na foto é o que isso resultou. Mesmo não funcionando as pessoas pagaram deixando as moedas e dinheiro em cima da catraca quebrada. E se fosse no Brasil? Entendeu agora quando nos referimos a uma população com caráter?

Que fique bem claro: enquanto não houver integridade real e genuína o Brasil não será referência em nenhuma parte do mundo. Algum desavisado pode até dizer que somos uma das maiores economias do mundo... Ora, isso não tem nada a ver com dinheiro ou questões econômicas.

O Brasil, por exemplo, vem atuando no combate a corrupção por alguns segmentos do judiciário, mas, ao mesmo tempo, observam as incoerências e politicagens do Supremo Tribunal Federal que deixam a população ainda mais desacreditada. Afinal, se mesmo a criminalidade mais ostensiva acaba no acostamento da impunidade, o que pensar sobre os exemplos deixados para a população?

Já pensou o mundo sendo governado ou inspirado de acordo com nossos meios ou nosso modus operandi? A intenção aqui não é ficar falando mal da maioria dos brasileiros que agem dessa forma, pois meu real intento é que as pessoas se conscientizem e se tratem dessas posturas atuais. Vamos entender de uma vez que sem integridade não vamos a lugar algum.


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Por Alexandre Pereira.

Existe algum psicopata na sua vida?

Uma ideia equivocada é que o psicopata pode estar apenas na vida do vizinho ou ser coisa de filme de terror. Em tempos de Dexter, Hannibal Lecter e House of Cards a identificação de psicopata não é muito clara. Todo psicopata mata? Todos são capazes de atitudes extremas? Afinal, o que é um psicopata?

Primeiramente, é importante colocar que aquela pessoa que parece maluca definitivamente não tem psicopatia. Entretanto, os psicopatas são muito mais comuns do que se pensa e por serem mais sutis do que os exemplos mostrados pela mídia quase sempre passam despercebidos. Apesar de existir diferenças de níveis e de tipos de psicopatias, todos possuem características similares como não ter qualquer tipo de empatia, problemas emocionais e de, por exemplo, alcançarem suas metas com muito charme, manipulação e habilidade.

Esse tema vem ganhando cada vez mais espaço nas últimas décadas e foi retratado no livro “Como identificar um psicopata” de autoria de Kerry Daynes e Jessica Fellowers. A obra tem um olhar mais popular sobre a doença e não possui termos complexos e complicados para o entendimento geral. A sua utilidade se baseia no fato de que se houver um psicopata ao seu redor será preciso escapar o quanto antes. A fuga é o caminho correto já que se trata de uma problemática cerebral que não há cura ou tratamento.

Como assassinatos nesse meio são mais raros, o mais provável é que um psicopata traga uma série de aborrecimentos e prejuízos de diversas ordens. Apesar da definição do termo ser de “mente doente” eles são muito conscientes de seus atos e ações e podem ser muito perversos. A avaliação de um psicopata, segundo os autores do livro que embasam esse texto, é complexa e deve ser feita por especialistas mais a gradação existente mostra que boa parte das pessoas tem algum nível de psicopatia ainda que básico e não preocupante.

Uma questão importante é sermos capazes de descobrir ou desconfiar quando existe um “lobo em pele de cordeiro”. Tarefa difícil já que sua natureza predatória se esconde por meio de muito charme. O psicopata não é necessariamente assustador e sua companhia pode até ser agradável devido a sua inconsequência e impulsividade para a diversão (mais caso as coisas não sejam do seu jeito com certeza não irá querer ficar perto).

Mas o que é não ter empatia? 

Significa que não são capazes de se colocar no lugar do outros e vivem uma vida emocional empobrecida. Como não tem a capacidade de compreender os sentimentos alheios são indiferentes aos seus direitos e acabam sendo visto como objetos que podem ser manipulados de acordo com sua conveniência. 

“Os psicopatas acham que têm o direito de ter tudo o que querem, não importa a que preço, e costumam ter explosões violentas e descontroladas quando são criticados ou frustrados. Assim como o escorpião da fábula, faz parte da natureza deles usar e prejudicar os outros, embora muitas vezes acabem inadvertidamente dando um tiro no próprio pé. Apesar de jamais admitirem, os psicopatas culpam a tudo e a todos – mas nunca a si mesmos – por seus problemas.” (Livro: Como identificar um psicopata?)

Ficou preocupado? Calma!

Antes de prosseguir, saiba quais os principais pontos que indicam alguém ser psicopata, sendo os primeiros itens os mais significativos, mas não precisando possuir todos os itens de modo global:

- Falta de empatia (ou indiferença).
- Ausência de remorso ou sentimento de culpa.
- Enganador e manipulador.
- Impulsividade.
- Irresponsabilidade.
- Mentira patológica.
- Afetividade superficial.
- Descontrole comportamental.
- Autoestima inflada.
- Charme superficial ou loquacidade.
- Incapacidade de assumir a responsabilidade pelos próprios atos. 

Essa junção de não ter empatia, não sentir culpa e ser manipulador (e tudo isso sendo encantador) é algo que se deve prestar atenção. Difícil pensar como é viver sem sentir nenhuma culpa depois de prejudicar alguém e não ter nenhuma “gota” de arrependimento. Com seu ego inflado julga as demais pessoas como inferiores e por isso acha podem ser explorados. Muitos autores comparam a psicopatia com o Transtorno da Personalidade Narcisista como se fossem primos de primeiro grau.

Um sinônimo de psicopata é o termo sociopata dependendo de onde se fala sobre o assunto. Outro ponto considerável de diferenciação é que os psicóticos agem sob a influência de delírios e alucinações enquanto os psicopatas não têm percepções distorcidas da realidade e raramente tem conflitos interiores em relação à forma como tratam os outros, muito menos crise de consciência.

A escala de psicopatia vai até 40 e é bem possível que você, ou algum conhecido, esteja facilmente nela. Para ficar mais didático a tabela abaixo apresenta a hipótese de uma vizinha e suas ações ilustrativas quanto ao nível de psicopatia:

Zero: A vizinha está sempre aparecendo com uma bandeja de biscoitos caseiros.
Dois: Ela está sempre de olho na sua lata de biscoitos.
Cinco: Ela sempre estaciona o carro na frente da sua garagem.
Sete: Você rega as plantas dela mesmo quando ela não está de férias.
Dez: Ela está tendo um caso com o seu marido.
Doze: O leite e o jornal de domingo raramente estão na porta da sua casa.
Quinze: Entra em sua casa para assistir sua TV, pegar comida na sua geladeira, dormir na sua cama... quer você esteja ou não em casa.
Dezessete: Seus amigos não vão mais à sua casa: da última vez em que foram visitá-lo, os pneus dos carros deles foram furados.
Vinte: Aquela empresa em que ela o convenceu a investir suas economias foi a falência.
Vinte e cinco: Seu cachorro foi encontrado morto na calçada.
Trinta: ... Duas semanas depois, o mesmo aconteceu com seu gato.
Trinta e cinco: Seu marido foi encontrado esfaqueado na calçada.
Quarenta: Há outros corpos enterrados no quintal.
 
Mais é importante ressaltar que a principal questão sobre ser psicopata é a falta de empatia ou por não conseguir se colocar emocionalmente no lugar do outro. Portanto, essa obra acaba sendo de utilidade pública ao expor de modo claro as principais indicações de alguém que é melhor ficar distante, ainda que seja familiar ou já tenha certa intimidade.

Outro ponto relevante da obra é a análise de alguns perfis e as principais características de como os psicopatas se comportam nelas. Ou seja, é feita uma lista que indique quais as posturas de um namorado psicopata. Além do namorado (ou namorada) também são feitas análises do amigo psicopata, colega de trabalho psicopata, chefe psicopata, melhor amigo psicopata, marido psicopata e filho psicopata.

Além do livro já citado aqui, esse tema pode ser expandido por outras fontes como filmes e outros livros que auxiliam nessa detecção. Segue uma listagem com 51 itens recomendados para essa temática.

- FILMES:
1.    Seven: Os Sete Crimes Capitais (1995)
2.    Psicopata Americano (2000)
3.    O Silêncio dos Inocentes (1991)
4.    Onde os fracos não tem vez (2007)
5.    Hannibal (2001)
6.    7 Psicopatas e um Shih Tzu (2012)
7.    Atração Fatal (1987)
8.    Perfume: A História de um Assassino (2006)
9.    Jogos Mortais (2004 - franquia)
10. Hush: A Morte Ouve (2016)
11. 3096 Dias (2013)
12. Louca Obsessão (1990)
13. A Mão que Balança o Berço (1992)
14. Laranja Mecânica (1971)
15. Elefante (2003)
16. Violência Gratuita (1997)
17. Cabo do Medo (1991)
18. Precisamos Falar sobre o Kevin (2011)
19. Eu vi o Diabo (2010)
20. A Orfã (2009)
21. Karla - Paixão Assassina (2006)
22. Segredos de Sangue (2013)
23. O Iluminado (1980)
24. Psicose (1960)

- LIVROS:
25. Como Identificar um Psicopata? - Kerry Daynes e Jessica Fellowers
26. Mentes Perigosas – Ana Beatriz Barbosa Silva
27. Eu sei o que você está pensando – John Verdon
28. Social Killers: Amigos Virtuais – R. J. Parker e J. J. Slate
29. Sem Consciência – Robert D. Hare
30. Serial Killers: Anatomia do Mal – Harold Schechter
31. Louco ou Cruel? – Ilana Casoy
32. A Enciclopédia de Serial Killers – Michael Newton
33. Psicopata: A Verdade entre Deus e Satã – Fernando Fonseca
34. Zodíaco – Robert Graysmith
35. Meia-noite no Jardim do Bem e do Mal – John Berendt
36. Manson: Retrato de um Crime Repugnante – Vincent Bugliosi e Curt Gentry
37. O Demônio na Cidade Branca – Erik Larson
38. O Sapateiro: A Anatomia de um Psicótico – Flora Rheta Schreiber
39. O Quinto Mandamento – Ilana Casoy
40. O Monstro de Florença – Douglas Preston e Mario Spezi
41. O Homem de Gelo: Confissões de um Matador da Máfia – Philip Carlo
42. Mentes Criminosas & Crimes Assustadores – John Douglas & Mark Olshaker
43. O Professor e o Louco: Uma História de Assassinato e Loucura Durante a Elaboração do Dicionário Oxford - Simon Winchester
44. Aliança do Crime – Dick Lehr e Gerard O’Neill
45. Devoradores de Sombras – Richard Lloyd Parry
46. Nó do Diabo – Mara Leveritt
47. Manson: Uma Biografia Fascinante e Definitiva – Jeff Guinn
48. Caçada ao Maníaco do Parque – Luísa Alcade e Luís Carlos dos Santos
49. Arquivos Serial Killers: Made in Brazil – Ilana Casoy
50. Mr. Mercedes – Stephen King
51. A Sangue Frio – Truman Capote

Conhecimento e informação nunca são demais, especialmente quando se trata de nossas relações sociais. Quanto mais pessoas souberem dessas informações mais os psicopatas perdem espaço para agirem.




Esse texto traz apenas informações básicas.
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E não acredite em nada. Experimente!
 
Por Alexandre Pereira.




O futuro da galáxia, segundo Asimov

Como um dos maiores escritores de ficção científica de todos os tempos visualizou o destino final da humanidade depois de colonizar toda a galáxia?

Um pouco sobre a Fundação e a maior história de ficção científica de todos os tempos.

Como escritor e cientista Isaac Asimov estava à frente de seu tempo. Se você não está familiarizado com seu nome, saiba que esse escritor americano, nascido na Rússia, está entre os maiores nomes literatura com uma obra colossal. Se pensa não conhecer nenhuma história de Asimov saiba que foi baseado em suas obras os filmes “Eu, Robô”, “O Homem Bicentenário” e “Viagem Fantástica”.

Estima-se que Isaac Asimov escreveu mais de 8 milhões de palavras em cinqüenta anos de carreira literária. Com quase cinco centenas de títulos publicados, especialmente de não-ficção, é um dos autores mais prolíficos da história. Na obra Opus 100 (onde comemora a marca dos cem livros) aparece cercado por suas obras. (veja as imagens a abaixo*). No Opus 200 aparece sentado em todas as suas obras. No 300, não houve espaço na capa para todas as obras e acabou aparecendo apenas o seu retrato.

Dizia trabalhar 7 dias por semana, durante dez horas por dia, e sentia-se desconfortável quando tinha alguma interrupção de seu trabalho. Em seus livros escreveu sobre tudo: robótica, matemática, viagens espaciais, literatura, história, física, astrofísica, cosmologia, tecnologias ainda inexistentes, entre outros temas. Também não escondia sua intenção de ser o maior divulgador de ciência do Século XX, julgando no final da vida que havia conseguido seu objetivo.

Asimov teve certa ascensão e em função da publicação de suas histórias nos pulp magazines (revistas feitas de polpa grosseira que não era tratado e em gerava boa impressão) sobre ficção científica. Estima-se que um dos maiores legados é sua rigidez enquanto autor que faz suas obras serem encaradas como ficção ou mesmo um exercício de lógica. Segundo muitos especialistas, esse rigor de escrita é mais relevante que sua vasta produção em favor da divulgação científica. Entretanto, sua vida acadêmica, como se sabe, tinha pouca pesquisa, mas sua capacidade de divulgação era formidável.

Em seu futuro fantástico, onde já habitamos outros planetas, a Terra, por exemplo, acaba não tendo um destino muito nobre, pois termina radioativa e controlada por ditadores e fanáticos religiosos que matam pessoas que não podem trabalhar, entre outras coisas terríveis.
 
Dentro da ficção científica, Asimov descreve um período de 25 mil anos que vai desde os dias atuais até a ocupação total de nossa galáxia. Com o avanço da colonização espacial os anos começam a ser calculados como Era da Fundação e por meio de um Império Galáctico que comanda tudo através do planeta central chamado Trantor.

Segundo o autor, ao criar histórias com viagens espaciais, robôs e temas futuristas sua intenção era chegar a lugar algum. Tanto que suas obras são cheias de contradições por não se atentar tanto a datas, certos fatos e pequenos detalhes em suas obras. Com o apelo dos fãs, ele sentiu-se obrigado a unir suas histórias, antes publicadas individualmente, e fazer uma ligação entre elas. Daí o fato de tantas brechas existentes.

A FUNDAÇÃO

O conjunto de textos mais famosos fala sobre a Fundação e foram agrupados em 3 livros intitulados “Fundação”; “Fundação e o Império” e a “Segunda Fundação”. Essas obras lhe renderam enorme sucesso de crítica e público e, desde a década de 60, é considerada a melhor série de ficção de todos os tempos que teve edições traduzidas para todo o mundo.

Devido ao enorme sucesso da trilogia, os editores convenceram Asimov a escrever mais histórias e com isso foi lançado a “Fundação II”; “Os robôs do amanhecer”; “Os robôs e o Império” e a “Fundação e a Terra”. Por fim, também publicou “Prelúdio da Fundação” que relata como um simples e promissor matemático iria passar por diversas complicações e turbulências até se tornar o grande Hari Seldon.

Caso você nunca tenha ouvido falar da Fundação, uma trama cheia de crises, incertezas e reviravoltas, segue um hiper-resumo da trilogia original:

Num futuro de mais de onze mil anos à frente, onde a humanidade já se espalhou pela galáxia e por milhares de planetas, o matemático Hari Seldon cria através fusão entre a matemática e a sociologia uma forma de prever o futuro chamada de psico-história. Entretanto, esse futuro não podia ser utilizado para poucas pessoas, mas somente para grandes grupos de civilizações. Ao perceber que o Império Galáctico estava entrando em declínio, consegue ver que o governo iria cair e os conflitos durariam mais de trinta mil anos até o surgimento de um novo império.
 
Para diminuir esse tempo de barbárie para apenas mil anos, Hari Seldon traça um plano criando uma Fundação em um extremo da galáxia, num planeta chamado Terminus, para acumular toda tecnologia e conhecimentos através da Enciclopédia Galáctica. Nessa jornada nada é muito certo e entre várias crises aparece um ser chamado de “O Mulo” que possui incríveis poderes mentais e telepáticos e assim dominando seus oponentes. Com isso, O Mulo vai conquistando tudo e bagunça todo o plano traçado pela psico-história. Como se não bastasse, descobrem que Seldon criou secretamente uma segunda fundação no outro extremo da galáxia dedicada ao desenvolvimento das ciências mentais. E assim segue a saga no intuito de fazer o plano de Seldon prevalecer em nome do Império Galáctico.

Entretanto, o que muitos não sabem é que a psico-história de Hari Seldon e seu plano original foram importantes e significativos mais tiveram de ser alterados com o passar do tempo. Aqui não será revelado o que resultou de toda essa trama genial, mas em seu final algumas decisões são tomadas e isso irá impactar a galáxia de um modo que nem mesmo Seldon pode imaginar. Ou seja, a trilogia tão aclamada pelos fãs acaba se tornando na verdade apenas alguns elos que vão muito além ao se visualizar a jornada completa.

O destino da Humanidade e de toda a nossa galáxia acaba sendo surpreendente em todos os sentidos e os meios para se chegar lá ainda mais insólitos. Diante da vastidão de conflitos e tormentos enfrentados, a humanidade de Asimov acaba tendo um final que ainda hoje assombra pela grandeza e originalidade. A brilhante mente de Asimov nos reserva mais do que surpresas, mas um alento para quem só pensa no fim deste mundo. Sua genialidade estava muito distante de seu tempo e desejo que tenhamos um destino tão brilhante quanto ao que escreveu. Que suas palavras sejam profecias para milhares de gerações no futuro.
 
Como homenagem ao autor, segue o discurso de adeus de Asimov: “A todos os meus gentis leitores, que me trataram com tanto carinho por mais de trinta anos, devo dizer adeus... Sempre quis morrer no posto, diante de meu teclado, com meu nariz preso entre duas teclas, mas não foi assim que aconteceu. Tive uma vida longa e feliz e assim não posso me queixar no final. Então adeus minha querida esposa, minha filha Robyn e todos os editores que me trataram de um modo muito melhor que mereci. Adeus então aos meus gentis leitores que foram tão uniformemente generosos comigo. Foram eles que me mantiveram vivo em meio às maravilhas da ciência e tornaram possível que eu escrevesse meus ensaios.”

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Um olhar sobre a obra “Meu irmão, meu herói”.

 


O contexto da obra “Meu irmão, meu herói”, escrito pelo autor Edson Kazienko, se passa na época da Segunda Guerra Mundial na Polônia. Como se não bastasse uma época de confrontos, a história narra a vivência de duas crianças, dois irmãos, em busca de segurança longe desse ambiente doentio. Assim ficamos conhecendo alguns momentos da vida dos personagens Estefano e Alexandre.

A princípio, parece uma narrativa de sobrevivência de duas pessoas tão jovens que ainda estão descobrindo na marra os horrores e a barbárie realizada pelos nazistas. Entretanto, o leitor mais atento vai perceber que na verdade o livro fala sobre o amor. Sim, o amor que temos por nossos familiares e pelas pessoas que protegemos. As crianças, ao seu modo e de forma simples, são a tradução desse amor.

Durante sua jornada ocorrem episódios engraçados e bem costurados com situações mais tensas. Existe um momento, por exemplo, que conta à caça de um rato que quase termina em tragédia e noutras situações eventos que parecem encaminhar para uma solução e acabam gerando mais problemas. Um destaque da obra é a exemplificação de extremos opostos do temperamento humano indo da mais alta perversidade até seres que parecem anjos encarnados.

Nesse contexto de aflição o pouco acaba tornando-se tudo em questões infantis, como bem representado por um objeto que era uma lembrança viva de seus pais. Mesmo na mais alta dificuldade eles fizeram de tudo para não se desvencilhar desse objeto e suas lembranças. Ou seja, facilmente se cria uma rápida e forte empatia com os protagonistas e naturalmente uma torcida para que triunfem em meio ao caos.

O livro contém uma riqueza de detalhes que pode ser visto quase como um registro histórico ou como uma memória de vida passada. Há personagens e elementos tão fortes e ricos que parecem se materializar durante a leitura e trazem sensações tanto agradáveis quanto fétidas ao mostrar os anos que estão entre os mais obscuros da humanidade.

A leitura é recomendada mesmo para quem não tem muita afeição pelas grandes guerras ou para questões bélicas. Aliás, esse tema sempre foi de grande interesse do autor que se diz atraído por essa fase histórica e, em entrevista recente, destacou as inúmeras coincidências ocorridas durante o processo de escrita.
 
Um ponto relevante é que Edson Kazienko, que atualmente reside em Foz do Iguaçu, é professor de Educação Física e trabalha com crianças! Isso é mais uma mostra de suas afinidades expostas no livro. Não é a toa que a mistura da inocência com a necessidade de sobrevivência traz inúmeros aprendizados e cicatrizes profundas. Ao longo da trama os irmãos percebem que tudo é possível e válido em nome do amor e que a coragem pode guiar e transcender quando a única alternativa é correr atrás de seus sonhos. Essa lição boa parte do mundo ainda não aprendeu.

“Quem tem coragem não espera, corre atrás, seja o que for, seja como for.”

Link para comprar o livro:
https://editoramultifoco.com.br/loja/product/meu-irmao-meu-heroi/

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A glamorização do fracasso


Quem é campeão na vida? Nem sempre o mais forte ou o mais rápido vive uma existência plena. Qual o recado dos esportes para quem se vê fracassado por não chegar ao topo?

Em tempos de competições esportivas ocorre um “fenômeno” pouco observado em nosso cotidiano: a glamorização do fracasso. Mas essa condição não é algo patológico ou pejorativo. Nada disso. A valorização de quem perde ou não termina como um dos melhores em uma competição é um excelente exemplo de como podemos ver a vida sob a perspectiva da autossuperação.

Nos jogos olímpicos, por exemplo, é comum a visão de atletas que choram e se emocionam, por exemplo, ao ganhar uma medalha de bronze. O expectador mais desatento pode se perguntar qual a razão de tamanha felicidade sendo que nem foi o campeão. Nesse caso, qualquer medalha importa pela sua enorme importância histórica. Todos almejam a premiação de ouro, mas as outras medalhas também são muito valorizadas.

Nesse contexto podemos nos perguntar: quem perde uma competição é fracassado? A resposta depende do ângulo de quem observa e de seus valores pessoais, pois um competidor que se esforçou sozinho, com quase nenhum apoio ou patrocínio, que fez inúmeras renúncias, que superou diversas adversidades, entre outros pontos, é um vencedor só de participar da Olimpíada ou de campeonato mundial. O mérito, infelizmente, nem sempre vem acompanhado de premiação.

Essa essência olímpica de aplaudir os últimos colocados e todos que não tiveram a oportunidade de serem vitoriosos é uma lição a ser levada para nossa vida cotidiana e para todas as pequenas superações que realizamos. Quem segue uma vida digna com enorme determinação, com esforço, com atitudes nobres e corretas tem muita importância perante a sociedade ainda que de forma anônima. Nós, os dignos e “perdedores” sem medalhas, somos os heróis disfarçados de pessoas comuns.

É importante não confundir sucesso com reconhecimento, pois nem sempre quem está fazendo o correto possui a aprovação ou prestígio dos demais. Nem todo vencedor é de fato alguém que merece aplauso social, assim como ressaltou Shakespeare há quase quinhentos anos quando disse: Uns venceram por seus crimes, outros fracassaram por suas virtudes. Aliás, em boa parte das áreas humanas é preciso se corromper e corromper os demais para chegar ao “topo”, seja lá o que isso signifique.

Lembre-se que ser desconhecido não significa ser inferior aos famosos. A glamorização do esforço é o maior prêmio de uma vida pautada pela integridade. O verdadeiro campeão da vida não é quem levou seu corpo ao limite do esporte, mas é, na verdade, do ser que elevou seus atos ao ponto de ter mérito. No âmbito esportivo esperemos que os torcedores aprendam a valorizar os participantes independente do resultado obtido. Que na vida e no esporte e sejamos aos poucos inundados pelo sentimento de que não existem fracassados, mas apenas não vitoriosos.


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