Você já acordou totalmente paralisado? Entenda suas causas
Muitas
pessoas acordam assustadas ao perceber que simplesmente não conseguem
movimentar nenhuma parte do seu corpo enquanto estão deitadas na cama, nem
mesmo um dedo ou sequer gritar. Mesmo quem está deitado ao seu lado não é capaz
de perceber o que está acontecendo. A inesperada paralisia leva ao medo e ao pânico
de ter ficado terrivelmente doente ou por imaginar estar morrendo. Não importa
o quanto lute internamente, você não pode se mexer. Repentinamente, em um átimo
de segundo, o controle do seu corpo está de volta. Quem já passou pela
experiência da paralisia do sono sabe do que estou falando.
Essa
ocorrência é, na verdade, um fenômeno transicional chamado catalepsia e que já é conhecido por muitos séculos. Esse estado
cataléptico se caracteriza pelo enrijecimento dos membros, certo “peso no peito”,
insensibilidade e incapacidade passageira de movimentar o corpo humano. Essa
condição de estar acordado ou desperto e não se movimentar não deve ser
associado à mera situação aflitiva. Como será abordado, existem possibilidades
inexploradas nessa condição.
A
catalepsia pode acontecer de olhos abertos ou fechados. Em geral, torna-se bem
mais real e persuasiva com olhos abertos justamente por conseguir a movimentação
apenas o globo ocular enquanto o restante não responde aos seus comandos
mentais. Essa sensação estranha de estar no próprio corpo sem ser capaz de controlá-lo
se torna, infelizmente, um pequeno trauma em pessoas mais frágeis - mesmo se
tratando de uma ocorrência benigna e sem maiores conseqüências.
Mas por que isso ocorre?
Como
se deve imaginar, ao longo do tempo muita fantasia e folclore foram inseridos
sobre suas possíveis causas e origens. Alguns atribuem a ataques de seres
extrafísicos (espíritos), outros relacionam a pesadelos enquanto também é
tratado como um processo meramente orgânico. Inclusive, a origem da expressão
pesadelo, por exemplo, vem de “pesado” com ligação a sonhos aflitivos ou com
sensação de peso no peito. Eis uma pequena listagem, com 15 exemplos, contendo abordagens
culturais, folclóricas e mitológicas sobre a origem da catalepsia em diversos
países:
01. Japão. No Japão existe o Kanashibari
que significa “amarrar com uma corda de ferro” ou “atado ao metal”.
02. Escandinávia. Mito sobre uma égua que,
na verdade, é uma mulher amaldiçoada que sentava sobre o peito de quem dormia. Chamavam
esse evento de “Mara”. Na Alemanha chamava-se “Mare” e para os Gregos tratavam
por “Mora” onde as expressões derivam do sentido de pesadelo.
03. Estados Unidos. Dependendo da região
ela é vista como uma conseqüência do contato com alienígenas ou de processos de
bruxaria (“sopro de bruxa”).
04. México. A causa seria a consciência de
uma pessoa morta que sentava em cima de quem dormia. Essa condição ganhou o
nome de “subirse el mouerto”.
05. Ártico. Fala-se de Yupik ou Inupik que
faz referência a uma entidade que busca entrar no corpo de quem está dormindo.
06. Tailândia. A paralisia ocorreria por
um fantasma do folclore tailandês chamado Phi Am que poderia até causar
hematomas corporais.
07. Vietnã. A catalepsia é conhecida como
“ma de” que significa “segurado por um fantasma” e acredita-se que a paralisia
ocorre quando essas fantasmas entram dentro de um corpo em repouso.
08. China. A catalepsia é conhecida como 鬼压身 que se traduz como “corpo pressionado por um fantasma”.
09.
Brasil. Aqui no Brasil se fala da Pisadeira (“ela que pisa”), onde uma
mulher lendária pisaria sobre o peito de quem dorme sem que o indivíduo consiga
se movimentar.
10. Turquia. A abordagem é de um espírito
que não deixa você se levantar e ainda tenta te estrangular.
11. Portugal. Atribuída a um personagem
folclórico chamado Fradinho das Mãos Furadas. Alem de se sentar em cima das
pessoas também mexeria nos objetos da casa e mudando as coisas de lugar.
12. África. Na África se fala recentemente
de Popobawa que seria um espírito maligno que ataca durante a noite e faz
“gritar sem voz”.
13. Cultura Hmong. Descrevem um fenômeno
chamado “dab tsog” que significa “demônio apertador”. Existem relatos das
vítimas afirmando que uma criatura pequena, semelhante a uma criança, senta na
sua cabeça ou peito.
14. Europa Medieval. Havia uma ligação
direta com um espírito masculino de cunho sexual chamado íncubu (que significa
“estar sobre”) que agia durante o sono.
15. Nepal. Trata-se do fantasma de Khyaak
que mora embaixo da escada.
Tirando
essa ideia de ataque multidimensional existe também a opinião da área da saúde e,
segundo a Medicina atual, a paralisia do sono acontece como uma parte natural
do sono REM (com movimentos oculares rápidos), a qual é conhecida como atonia
REM. A paralisia ocorreria em função de o cérebro acordar em um estado REM ocasionado
por uma “espécie de falha no relógio molecular”. Isso quer dizer, em outras
palavras, que a Medicina ainda não tem certeza do que realmente acontece e
trata as percepções desse momento como meras alucinações.
Entretanto,
de acordo com as pesquisas da Conscienciologia, ciência que estuda esse tipo de
fenômeno há quase trinta anos no Brasil e no exterior, trata-se de um
determinado momento onde a consciência está saindo do corpo ou então reentrando
nele. Ou seja, a paralisia ocorre por a pessoa acordar ou ganhar lucidez em um
momento de transição de seus corpos.
Antes
de entender mais sobre esses corpos é preciso falar que a catalepsia ocorre no
chamado trendelemburg projetivo. Mas o que é isso? É uma analogia com a
“posição de trendelemburg” tirada da área da saúde onde a pessoa fica com as
pernas mais altas que a posição da cabeça conforme ilustra a figura abaixo:
O
trendelemburg projetivo é justamente uma analogia, pois o corpo físico
permanece deitado na cama enquanto o psicossoma (também chamado de corpo
astral, perispírito, alma, corpo sutil, entre outros) está na posição de trendelemburg
e ligado ao corpo físico apenas pela cabeça ou pelo cérebro.
Ou
seja, por existir apenas uma ligação na cabeça, o restante do corpo acaba
perdendo sua capacidade de ação. Portanto, o corpo só volta a se movimentar
novamente com o encaixe desse psicossoma mais sutil. Dessa forma, trata-se de
uma ocorrência natural e fisiológica e essa transição acontece durante todas as
noites e com todo mundo. Naturalmente são raros os momentos de lucidez no
momento adequado capaz de gerar a percepção da catalepsia. Estima-se que cerca
de 50 a 60% da população mundial passa por isso pelo menos uma vez durante a
vida. Apesar de existir até medicação para acabar com esse “distúrbio” não
existe nada de doença ou patologia nisso tudo.
A
Conscienciologia estuda diversos fenômenos que ocorrem nesse estado de
desencaixe dos corpos ou da chamada descoincidência.
Não é mera coincidência, por exemplo, que durante a catalepsia muitos relatam a
ocorrência da expansão das suas capacidades de percepção e o acesso a diversas
informações que não conseguiram se estivessem plenamente ativos no corpo
físico.
Dessa
forma, a paralisia pode ocorrer em dois momentos distintos: antes de
consciência sair do corpo (pré-projetivo) ou logo após o retorno ou reencaixe
após a experiência (pós-projetivo). Ao analisar essas experiências sabe-se que
ocorrem inúmeros encaixes e desencaixes ao longo da noite, ou seja, todo mundo
sai do corpo inúmeras vezes no período noturno e teoricamente poderíamos passar
por várias catalepsias numa mesma noite.
A catalepsia tem alguma utilidade?
Aqui
começa a novidade. Enquanto a grande maioria fica ansiosa para sair desse
estado o mais rápido possível, saiba que ela pode servir de porta ou de
trampolim para outras experiências. Se ao invés de tentar se mexer você se
acalmar é possível passar para uma experiência fora do corpo de modo totalmente
lúcido. Como a ligação do corpo é apenas pela cabeça basta relaxar e com
vontade decidida se desprender totalmente para milhares possibilidades de
vivências extrafísicas.
Com
essa postura de não brigar com a paralisia pode também acontecer a sensação de
flutuação, a audição de sons e de vozes no ambiente que antes não eram
percebidas, a visualização de diversas imagens de pessoas, ambientes e
situações relacionadas a você, também é possível sentir a presença de seres
extrafísicos que podem fazer algum contato, sensação de peso no próprio quarto,
entre inúmeras outras possibilidades. Nada que precise ter medo, desconfiança
ou relacionar a seres malignos conforme inúmeras culturas retrataram.
Infelizmente
a catalepsia pode assustar e amedrontar pessoas mais sugestionáveis e inseguras
de modo a criar certa barreira psicológica aos fenômenos parapsíquicos,
atingindo até mesmo a experiência fora do corpo no chamado recesso projetivo
durante certo período de tempo. A informação e as práticas são capazes de
reverter essa condição caso a pessoa entenda a relevância, a abrangência e as
utilidades da saída do corpo e assim se autocurar desse receio ou da
projeciofobia.
Se
mesmo sabendo das possibilidades você ainda quiser interromper a paralisia existem
algumas técnicas ou procedimentos básicos que auxiliam na volta mais rápida
para a movimentação do corpo. Pode-se destacar: a concentração da sua atenção
na ponta da língua, na ponta dos dedos ou mesmo em voltar sua atenção para a
respiração física (que mesmo mais fraca pode ser detectada). Com essa
concentração localizada, normalmente o estado cataléptico se torna mais breve.
Outro ponto é que se alguém tocar o seu corpo físico a catalepsia é
imediatamente interrompida. Ou seja, você também pode torcer para alguém que
está na cama te encostar.
Seja
qual forem as suas crenças, utilize esse momento de modo mais sereno e aproveite
a situação sem o medo proveniente do desconhecimento. Interessante pensar na
ideia de que uma paralisia temporária pode trazer experiências capazes de gerar
uma aceleração
permanente ao longo da vida, evolutivamente falando. Existe alguma
técnica universal capaz de induzir voluntariamente a catalepsia projetiva?
Este texto traz apenas informações
básicas.
Estude! Se aprofunde mais no assunto!
E não
acredite em nada. Experimente!
Por Alexandre Pereira.
Acontecia quando eu era criança, e tinha um barulho forte na cabeça toda. Daí eu sempre acordava chamando minha mãeee rsrs.
ResponderExcluirAcontece frequentemente comigo. Eu pensava que fosse um despertar do cérebro com exceção do corpo, porque geralmente acontece quando "obrigo-me" a dormir, mesmo não estando cansado.
ResponderExcluirEm relação ao peso, eu nunca senti. Sempre senti como se estivessem sugando energias pelas minhas costas.
Isso também me acontecia várias vezes em criança, para ser mais detalhado, era na minha adolescência. Mas esse fenómeno acontecia nos dias em que eu dormia demais (durante as férias, por exemplo). Em adulto, é mais raro acontecer. Só me acontece...durante as férias (estranha coincidência...).
ResponderExcluir