Você persegue quem te fez mal?

19:15:00 Administrador 1 Comments



Você persegue quem te fez mal? Essa pergunta responde um dos maiores problemas humanos chamado assédio interpessoal. Quem já teve algum fenômeno parapsíquico pode ter comprovado que legiões de pessoas depois da morte, ao se perceberem sem um corpo e “livres” para agir, resolvem perseguir e fazer mal para aqueles que julgam ter atrapalhado-os de alguma forma.

Para muitas consciências extrafísicas a tentação de poder ver tudo e não ser visto fala mais alto, especialmente quando percebem que conseguem realizar algum tipo de interferência em seus desafetos. Preferem “dar o troco” ou realizar sua vingança egoística ao invés de seguir seu caminho e deixar para trás o que supostamente fez mal.

Esse “sentimento de justiça”, que a princípio parece algo legítimo, na verdade esconde uma revanche indefensável por querer “pagar na mesma moeda”. Esse tipo de pensamento é à base dos assediadores ou obsessores. No entanto, essa postura não ocorre apenas nas dimensões extrafísicas inferiores, pois a vida humana está repleta desse tipo de atitude.

Observe que nem sempre quem está sendo assediado tem necessariamente culpa no cartório. Existe um exemplo simples que destaca esse ponto: a pessoa é um mau funcionário, enganando e aprontando no tempo de serviço, e o chefe, vendo suas posturas, decide demiti-lo. Mesmo sem ter razão, quando esse funcionário perde o corpo físico pode escolher atrapalhar seu ex-chefe simplesmente pelo mesmo o ter “atrapalhado” em vida.

E assim o assediador segue. Na vida multidimensional é uma linha tênue que por vezes distingue o sadio do doentio e o razoável do incoerente. Há milhões de pessoas que são verdadeiros assediadores materializados com estragos por vezes muito maiores. Saber distinguir o sadio do patológico é tarefa fundamental em nossa jornada evolutiva.

Para analisar se a postura de alguém é igual ou pior dos assediadores extrafísicos veja se as perguntas abaixo podem esclarecer esses pontos:

- Você persegue alguém?
- Tenta puxar o tapete?
- Fala mal?
- Sabota de alguma forma?
- Torce para que tudo dê errado?
- Se puder, atrapalha essa pessoa?
- Gostaria de dar o troco ou se vingar?

Essa “justiça” é complicada mesmo quando julga estar certo, pois é uma “faca de dois gumes”. Há uma série de armadilhas de ordem mental é ética quando tentamos ajustar algo pelo que avaliamos ser o correto, pois o universo não age segundo nosso intento. Aliás, a própria natureza não é “justa” e muito do que ocorre foge ao ideal que gostaríamos.

Ninguém é feliz sendo o inquisidor de alguém. Essa justificativa de que só terá paz interior quando fizer justiça com as próprias mãos é totalmente equivocada e não engana ninguém. A realidade é justamente oposta, pois é feliz e tem paz quem abre mão da raiva, da mágoa e das emoções ruins. Quem se prende ao passado revive-o constantemente e nunca está realmente livre. Nem feliz. Seguir em frente só é possível perdoando e, dependendo da situação, tendo gratidão.

O problema desse tipo de assédio começa por algo chamado comparação. Quem compara sempre se coloca em uma condição de inferioridade ou de superioridade e inúmeros problemas nos últimos milênios foram decorrentes de comparações inapropriadas e anticosmoéticas. Eis alguns pensamentos comparativos que estão entre os mais problemáticos.

- “Se eles podem, eu também posso...”.
- “Se me atrapalhou agora é a minha vez...”.
- “Não é justo que ele seja mais do que eu...”.
- “Me fez mal e agora quer ser feliz? Olhe para mim...”.
- “Eu mereço fazer justiça”.
- “Essa pessoa precisa ser parada. Tenho que fazer algo”.
- “Merece sofrer mais do que eu”.
- “Toda vez que penso no que me fizeram me sinto mal”.
- “Sinto raiva quando vejo essa pessoa feliz...”.

Esse tipo de pensamento é uma forma de raciocínio autodestrutivo por semear ódio e desajustes que serão colhidos no futuro além de ser um beco sem saída neurótico. Ao contrário do que muitos pensam, os assediadores não são apenas feras cegas pelo ódio, pois são capazes de racionalizar para si mesmas a fim de mentir, enganar e cometer os atos mais cruéis sob falsos pretextos. Poucos assumem o que fazem afirmando que são maus enquanto os outros se tapeiam se dizendo justiceiros.

Poucas coisas são tão ruins quanto justificar um comportamento vingativo. A atitude manipulativa, notadamente quando auto-hipnótica, tem a capacidade nociva de ver a maldade enquanto ato de heroísmo e a intencionalidade negativa como gasolina motivacional límpida. As imaturidades fazem com que se veja apenas o desejado ao invés da realidade em si, perfazendo assim cegos não por fatalidade mais por opção.

A observação dos seres mais evoluídos e a prática da inteligência evolutiva mostra que o caminho menos tortuoso é o da assistencialidade, principalmente para aqueles que de alguma forma o feriram. Perseguir quem te feriu é uma forma eficiente de auto-envenenamento. Portanto, não seria melhor atuar verdadeiramente como um amparador, ou seja um emissário do bem? Nossa jornada evolutiva é realizada e possível através das patologias que você abriu mão.

No Universo existe a lei de causa e efeito mais isso não significa que você fará o papel de juiz e de punidor. Confundir justiça com autovitimização é erro clássico dentro da área do assédio entre consciências. Até porque quem tenta ser o executor se esquece que a lei de causa e efeito se aplica a ele também. Quem é vingativo acaba recebendo o quê?

A atitude mais digna e evoluída é o oposto de tudo isso. E por isso não significa que é algo fácil. A maturidade dos seres mais avançados mostra atitudes de perdão e ajuda (dentro dos limites da cosmoética) há quem um dia o fez mal. É exemplar a postura deles de seguir seu caminho sem olhar para trás a fim de remoer ou desejar o pior a seus opositores. Abrir não de cobrar parece difícil mais, na verdade, trás enorme alívio e bem estar.

Pobre de espírito é quem se contenta com o que há de pior. A holomaturidade é justamente a opção pelo melhor sem maiores sofrimentos ou titubeações. O amparador é consciência “iluminada” por saber escolher (discernimento) em meio às diversas opções piores e descartáveis. Abandonar toda forma de obsessão é lição para quem cansou de apanhar e sofrer por ser vítima, a rigor, de seus próprios pensamentos negativos. Há círculos viciosos entre o papel de vítima de algoz?

Para finalizar, veja que quem “cobra uma dívida” desse modo não sabe a medida certa e o momento de parar. Nunca dizem que foi suficiente ou que pagaram na mesma medida e proporção. O pensamento assediador é visceral e nunca está bom e, caso tenha a chance, ficará por décadas ou mais prejudicando e perturbando. Alguém que não conhece medidas e limites pode ser justo?

O que você realmente ganha na vingança?

O que você perde por perseguir o outro?

O que espera sendo igual aos seus algozes?



Este texto traz apenas informações básicas.
Estude! Se aprofunde mais no assunto!
E não acredite em nada. Experimente!

Por Alexandre Pereira.
www.dimensaomental.com.br


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