Fofoqueiro é assediador infiltrado?
Você participa do Colégio Invisível da Sabotagem? Se a pergunta soa estranha é em decorrência do termo “colégio invisível” ser tratado no meio científico como uma conexão de pesquisadores ligados por um tema em comum. No entanto, o termo sabotagem faz referência as pessoas que se utilizam das fofocas e acabam criando uma rede de intriga capaz de gerar uma energia assediadora de alta intensidade.
O
ambiente formado por muitas pessoas de “língua afiada” está suscetível a todo
tipo de problemas, conflitos e, em casos mais graves, de cisões parciais ou
completas. Nada se sustenta em locais onde é preciso medir as mínimas palavras ditas
ou que ocorrem “competições veladas” de quem denigre os demais. A fofoca é uma
postura altamente patológica capaz de afastar amparadores e até mesmo
evoluciólogos por tempo indeterminado.
Pessoas
geralmente mais espiritualizadas ou que trabalham seu lado evolutivo tendem a
não ter mais esse tipo de postura por ser totalmente antagônica a esse
desenvolvimento. Durante os séculos a fofoca corroeu e desestabilizou reinados,
governos, grupos religiosos, famílias, locais de trabalho, e assim por diante.
Onde existem pessoas com esse traço é preciso ver qual a abrangência dos
conflitos existentes. Quem é o pilar das intrigas?
Querer
ouvir uma fofoca eventualmente é algo que provavelmente nenhum ser humano está
imune ao longo da vida. Entretanto, isso não justifica a postura daquele que
tem prazer ao ver o “circo pegar fogo” e que se utiliza desses meios como
conduta-padrão. Quando o limiar da cosmoética é ultrapassado que a patologia da
fofoca se instala por tempo indeterminado. Seres evoluídos são aqueles que
espalham informações duvidosas ou aqueles que sabem se calar?
Observando
mais atentamente na história humana é possível notar que existiram povos,
grupos e locais positivos muito bem amparados e que foram ruindo com o tempo por
causa das difamações implementadas por poucos indivíduos. Assim grandes
realizações se perderam por que as relações interpessoais foram abaladas
desnecessariamente. Desse modo, pode-se fazer uma pergunta altamente indigesta:
fofoqueiro veterano é assediador infiltrado?
Diversas
abordagens multidimensionais da fofoca
Todo
esse processo se deve a uma questão do ego, inveja e da vaidade. Na inveja, por
exemplo, ela torna necessário o reconhecimento que o outro é mais do que si
mesmo, quase um sinal de “impotência”. A inveja é notadamente uma patologia por
não querer que o outro evolua, por sentir-se mal com sua felicidade e aflição
pelo bem estar alheio. Provavelmente é a conduta mais antifraterna possível.
Essa inveja é uma das causadoras da fofoca.
Raramente
alguém com um mínimo de informação irá defender a fofoca como algo saudável.
Entretanto, mesmo assim muitas pessoas não conseguem se controlar e na vida
cotidiana compartilham dessa prática. O fofoqueiro crônico demonstra pelas suas
atitudes que realmente ainda não entendeu 3 pontos cruciais perante a evolução:
1.
Holocarma: ainda cria interprisões desnecessárias com os demais.
2.
Consciexes: é cercado por assediadores doentes e debochados.
3.
Assistencialidade: a falta óbvia de intencionalidade sadia.
A
fofoca quando se une a traços imaturos da consciência torna-se ainda mais
nociva e até letal em alguns casos. A personalidade que é cheia de ideias
pré-concebidas, chamada de apriorista, quando aliada da fofoca, provoca
condenações injustas por “julgar” muito rapidamente sem ir atrás de fatos.
Desse modo, podem ocorrer certas comorbidades quando traços imaturos se unem e
a torna fonte de inúmeros prejuízos. A própria fofoca só existe a partir da
soma de:
Fofoca = curiosidade
patológica + satisfação malévola.
A
satisfação malévola é a felicidade por ver o mal acontecendo ou o “circo
pegando fogo” com sensação de prazer por tudo que há de errado e perturbado.
Quem ama arruaça e o que há de pior está apto a ferir verbalmente todo e
qualquer indivíduo. Portanto, não haveria fofoca sem a união dessa satisfação
malévola com a curiosidade apenas de assuntos irrelevantes e fúteis. A
amargura é reveladora.
Eis
8 argumentos que classificam a fofoca como uma das piores modalidades de
assédio interconsciencial:
1.
Não permite defesa. A pessoa denegrida não tem como se defender quando
não há uma acusação formal. Segundo o direito, todos têm direito à defesa. Quem
é alvo de fofoca não tem a oportunidade de esclarecer a cerca dos fatos já que,
como popularmente de diz, “quem conta um conto, aumenta um ponto”.
2.
A informação nunca é isenta. Não se pode confiar em informações ditas de
modo secreto justamente pelas distorções, mal entendidos e pelos “venenos” de
quem está passando. A fofoca em pessoas aprioristas em geral tende a ser pior.
3.
Cria-se uma imagem distorcida. Tanto a pessoa difamada quanto o
difamador ficam com tempo com sua imagem arranhada se feito de modo contínuo. Dessa
forma, todos perdem. Em vez do melhor para todos acontece justamente o oposto.
4.
Manipulação assediadora. A fofoca é uma das formas de manipulação mais
vis, já que conta com a possibilidade de outros se insuflarem contra a pessoa
denegrida. As piores manipulações são aquelas feitas com sutileza e com uma
aparência de inocência. Fofoca é câncer comunicativo.
5.
Manobra de sabotagem. É uma atitude que obviamente visa atingir alguma
pessoa, ainda que não conheça o caso direito e mesmo assim acabe propagando
informações que “alguém disse” ser verdadeira.
6.
Rotulação patológica. Toda forma de rótulo é improdutiva e imatura por
engessar no tempo uma imagem, especialmente quando se trata de grupos que estão
em contínua evolução e progressão da consciência. Todo rótulo limita.
7.
Evocação negativa. Ao ter conversas veladas para falar mal de alguém é
feita uma evocação dos piores padrões de energia e da afinidade com a
baratrosfera em si. A baratrosfera se refere as comunidades além da vida com os
piores assediadores e consciências mais doentes.
8.
Mecanismos de defesa do ego. Para que já leu sobre esses mecanismos de
defesa (também chamados de MDE) já viu que quando se fala do traço de alguém,
parece que você não tem aquilo. Ou seja, é um tipo de mascaramento quanto à
própria autoimagem. Também há outros MDEs envolvidos nesse processo.
Quem “queima” a
imagem de alguém intrafisicamente acaba, automaticamente, se “queimando”
extrafisicamente com as consciências amparadoras.
Também
existe um elemento oculto quando se faz fofoca, pois isso lembra que o outro
tem defeitos, uma espécie de autodefesa irracional. Na era moderna no qual
vivemos, há casos lastimáveis e terríveis de linchamentos virtuais por internautas
fascinados pela detração. Aliás, é muito confortável e seguro falar mal
virtualmente ou quando não se está perto.
Em
um de seus textos Leandro Karnal afirma que “a fofoca é a vingança dos
fracassados”. Ou seja, através dessa constatação será possível questionar se quanto
mais um grupo de pessoas é fofoqueiro mais fracassado será de modo geral?
Apesar
de ter um componente cultural nesse tema não podem ser usados argumentos
defensivos que as justifiquem. Mesmo servindo como meio de demarcar rivais, a
cosmoética permite a separação entre a ação coletiva e o eu, a diferença entre
o pensamento de manada e a própria responsabilidade evolutiva. Infeliz o
local onde se discute mais pessoas do que ideias.
Uma
dura constatação é que o fofoqueiro é microfone de assediador, um reprodutor do
padrão das dimensões doentias. O fofoqueiro é tarefeiro do desesclarecimento
que trabalha ombro a ombro com o assédio da personalidade atacada e tem papel
ativo e fundamental nos resultados desastrosos ocorridos por meio dessa
corrente de degradação.
Naturalmente,
o fofoqueiro vai se tornando afinizado aos assediadores a ponto de ser
companheiro nessas ações. É uma união em função de fazer o mal alheio onde o
inimigo os une. Se tornar íntimo desse tipo de consciência extrafísica é
nocivo, especialmente quando se desiste de continuar perturbando alguém. Todas as alianças têm um preço,
especialmente as mais imaturas.
Há
um inegável traço de conspiração ao “fazer a caveira” de alguém. Felizmente,
pela era em estamos, essa intriga não irá mais levar alguém para a forca ou
para a fogueira. Mesmo sem essa conseqüência deletéria, a conduta de
envenenamento velado é exatamente a mesma. O conspirador é uma consciência
inquieta por achar que, a qualquer momento, alguém pode lhe fazer o mesmo.
Um grupo maduro é
aquele onde a fofoca desonesta é substituída pela assistência franca e
meritocrática.
Não
se deve banalizar a fofoca: “é só uma bobagem à toa”. Palavras podem ser
ferramentas megafraternais ou armas poderosas para machucar e ferir
independentemente do credo, raça, status social, entre outros. Também não deve
ser tratado como um tema genuinamente feminino, nada disso. Homens também
comentem muito esses deslizes, mas com temáticas diferentes. Fofoca é veneno.
Uma
das razões da fofoca não ser um elemento neutro é que lida com falta de
credibilidade tanto das informações não confiáveis como da falta de autoridade
dos que a fazem. Fofocar sobre alguém conhecido está longe de ser uma prova de
amizade, muito pelo contrário. Quem é amigo busca ajudar e “estender a mão” ao
invés da maledicência doentia.
Como
se conhece há muito tempo, só se fala mal de algo que está no próprio comunicante
mesmo esse não sabendo ou admitindo. O que não está em nós não nos agride.
Falar mal de algo é expor a sua dor, seus desconfortos e suas necessidades mais
íntimas numa tentativa inútil de catarse. Por exemplo, você imagina uma
consciência evoluída que se depara com alguém tendo uma atitude negativa e
dizendo a outros: - Que ser totalmente idiota!
Você
pensa que os amparadores fazem fofoca?
Quais
níveis evolutivos fazem fofoca?
Frases
e pensamentos sobre a fofoca
Inúmeros
escritores, professores e personalidades comuns falaram sobre essa patologia
comunicativa. Entre os muitos pensamentos e ideias que expressam essas
questões, segue abaixo, como exemplo, 23 frases dispostas em ordem aleatória.
“O menor desvio
inicial da verdade multiplica-se ao infinito à medida que avança”. -
Aristóteles.
“O que Pedro pensa
de Paulo, diz mais sobre Pedro do que Paulo”. - Lise Bourbeau.
“Fofoca é a
vingança dos derrotados”. - Leandro Karnal.
“A fofoca sempre
está a serviço da inveja. Quanto mais invejosa for a pessoa, mais fofoqueira
ela é...”. - Básbara Coré
“Pior do que os
que fazem fofoca, só os que param para ouvi-las”. - Day Anne
“O lema dos
fofoqueiros é ‘se não consigo chegar ao topo, vou fazer de tudo para puxar para
baixo‘”. - Mário Franco
“Fofoca só florece
em pé de orelha adubada com más intenções”. - Andre Saut
“Quem quer que fofoque para você irá
fofocar sobre você”. - Provérbio Espanhol
“O que você não vê
com seus olhos, não testemunhe com a sua boca”. - Provérbio Judeu
“Os maldizentes,
como os mentirosos, acabam por não merecer crédito ainda que digam verdades”.
- Marquês de Maricá
“Uma mentira dá
uma volta inteira ao mundo antes mesmo de a verdade ter oportunidade de se
vestir”. - Winston Churchill
“O Mestre disse:
‘Os fofoqueiros são párias da virtude”. - Confúcio.
“A gente nunca
pode julgar o que acontece dentro dos outros”. - Caio Fernando Abreu
“Quando todo mundo
quer saber é porque ninguém tem nada com isso”. - Millôr Fernandes
“Um brinde aos
falsos, aos fofoqueiros, aos mentirosos e aos que perdem tempo deixando de
serem felizes se importando com a minha felicidade”. - Hugo Carvalho
“Ouvir dizer nunca
foi verdade, então não julga o teu próximo por uma simples fofoca”. - Puro
Mauro Scout
“Ninguém fofoca
sobre as virturdes secretas das outras pessoas”. - Bertrand Russell
“As pessoas que se
alimentam de boatos e fofocas, vivem de enganos, sempre distantes da verdade”.
- Carla Gonzaga Rabetti
“Urge evitar as
fofocas. As rodas de boatos das más-líguas alcançam parâmetros realmente
multidimensionais e geram repercussões não raro indesejáveis”. - Waldo
Vieira
“O homem que pensa
com exatidão jamais julgará uma pessoa pelo que dela dizem seus inimigos”. –
Napoleon Hill
“É muito fácil
preocupar com a vida das pessoas, quando na verdade não se cuida da própria”.
- Desconhecido
“Na boca de quem
não presta, quem é bom não tem valia”. – Chico Anysio
“A fofoca é o mais
desprezível dos vícios, pois, por não poder influenciar o espírito e o caráter
dos sábios, rasteja como uma serpente venenosa e refugia-se na alma dos fracos,
tolos e ociosos”. – Gutemberg B. de Macedo.
O
desafio aqui proposto não é falar mal ou fazer fofoca do fofoqueiro, mas
promover o questionamento dos efeitos e conseqüências negativas causadas nesse
processo. Ninguém pode alegar inocência e desconhecimento quanto a essa
patologia. Mais importante que se preocupar com a “língua” dos outros é tomar
conta da própria.
Fofoca grupal é
assédio coletivo.
Este texto traz
apenas informações básicas.
Estude! Se aprofunde
mais no assunto!
E não acredite em
nada. Experimente!
Por Alexandre
Pereira.
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