Evolução e Responsabilidade - 18 reflexões sobre a banalização existencial
Na área dos esportes, por exemplo, mesmo com atletas amadores, acontece aquele momento onde se está de frente para o gol (ou sozinho diante da cesta de basquete) e por julgar aquilo fácil demais acaba errando o chute ou o arremesso. A displicência é esse pensamento interno que diz algo como “isso é fácil... não preciso me esforçar” e assim podendo terminar em erro ou fracasso.
Naturalmente
não estamos aqui falando de esporte, mas dessa existência como um todo, pois
quem é displicente geralmente desperdiça inúmeras oportunidades de modo quase
sistemático. Ou seja, anda de mãos dadas com a banalização tendo pouca ou
nenhuma responsabilidade frente à profissão, os relacionamentos, a
assistencialidade e assim por diante. Você já banalizou ou tratou com
descaso algo que era de suma importância?
Eis
18 exemplos de posturas ou atitudes displicentes que podem custar muito caro em
determinado momento evolutivo. Essa listagem é pequena e pode-se encontrar
centenas ou milhares de outros exemplos práticos. Lembrando que você não deve
acreditar em nada desse texto e deve manter sempre seu questionamento e criticidade
apurados.
01.
“Eu confio em tudo que o outro diz. ”
Confiar
em demasia é uma atitude mais ingênua que displicente e ao invés de transparecer
maturidade, na verdade, releva um aspecto de infantilismo. Desconfiar de tudo e
todos, indo para o outro extremo da questão, também não é a resposta. Certa
dose de malícia (não de maldade) é preciso já que infelizmente vivemos um mundo
que é muito mais patológico que sadio. Pelo fato de muitos serem perturbados e
perturbadores é importante observar os detalhes de tudo que fazem e falam até
como forma de autoproteção e assim evitar cair em golpes, traições e problemas
diversos. Quem confia rápido demais não entende sobre confiança.
Questão-autorreflexiva:
Você
se abre totalmente para qualquer pessoa? Você confia em si mesmo?
02.
“Sexo não tem relevância. ”
Sexo
tem importância. Reprimir, ignorar ou renegar essa condição humana é inútil e
sem sentido. O fato de ser fundamental não significa pensar o dia todo ou viver
sem princípios. Aliviar suas tensões e desejos com alguém que se ama, numa
atmosfera de carinho e compreensão, é inerente a todas as pessoas. Tesão demais
ou de menos evidencia alguma desregulagem pessoal. Outro ponto relevante é que
quem banaliza o sexo se esquece que sexo nunca é banal, ou seja, a escolha dos
parceiros e de sua conduta interfere muito sobre você.
Questão-autorreflexiva:
Você
consegue tratar o sexo de modo construtivo, sem faltas ou excessos?
03.
“Já domino tudo sobre bioenergia. ”
Frase
típica de quem se acha o super-homem ou a mulher maravilha em matéria de
energia. Será que essa pessoa não tem mesmo nada a aprender? Seria um quase
Serenão caminhando sob a Terra? Provavelmente esse tipo de afirmação esconde
uma personalidade insegura e que não quer enfrentar contestações e questionamentos
quanto a si mesmo. Ao se afirmar que já se “domina tudo” ocorre um mascaramento
quanto as próprias fissuras e expõe uma série de fragilidades íntimas. Não é de
se surpreender que pessoas assim tenham diversos bloqueios nos chacras e em
seus meridianos.
Questão-autorreflexiva:
Você
possui um nível razoável de domínio energético?
04.
“Não preciso mais dar muita atenção a ‘tal pessoa’”
Infelizmente
é comum a postura de não dar a atenção devida para quem merece e depois da
própria morte (dessoma) se arrepender amargamente pelo que deixou de fazer. Há
pessoas que banalizam outras pessoas. Nem sempre é possível reverter ou
recuperar o tempo perdido em matéria de outras consciências. Certas
necessidades e prioridades devem ser imediatas ou a curto prazo e a ausência
pode ser dolorida para quem precisa. Quem precisa dos seus cuidados é aquele
pertence ao seu grupo evolutivo.
Questão-autorreflexiva:
Você
sabe se está em falta com alguém? Quem é?
05.
“Depois eu faço o prioritário.”
Eis
uma banalização que pode ser a fonte do incompletismo existencial. Sempre
deixar o que é prioritário de lado, e depois se assustar ao perceber o tempo
que passou, pode sair muito caro. O que é essencial para você, seja o que for,
deve ter um tratamento a altura em suas atividades e escolhas em geral.
Problemático é depois da morte (ou dessoma) se lamentar por algo que sabia ter
de realizar e mesmo assim “empurrou com a barriga”. O prioritário não é
apenas o que faz você ser o que é como também é o caminho de onde chegará.
Questão-autorreflexiva:
Você
deixa para amanhã o que deveria ter sido feito ontem?
06.
“Não vejo necessidade de reciclar essa imaturidade grosseira.”
Quem
consegue ter autocrítica suficiente para identificar seus traços imaturos já
possui capacidade suficiente para superá-los. Essa é a premissa, certo? Mais
isso sempre acontece? Infelizmente não. Muita gente sabe muito bem seus
gargalos e ainda debocha de si mesmo e da mudança que não virá (pelo menos não
nessa vida). Esse tipo de banalização é um dos piores justamente por
identificar o que atrapalha, que literalmente puxa seu “tapete evolutivo”, e
mesmo assim não querer nenhuma mudança. Nesse caso não é saber o
que fazer, mas o não querer mesmo. Ou a gente se recicla ou se
deteriora.
Questão-autorreflexiva:
Você
ainda se sente capaz de fazer mudanças viscerais em seu comportamento?
07.
“Dinheiro não faz diferença.”
Na
vida moderna o dinheiro é importante. Sem dinheiro você nem estaria lendo esse
texto ou tomando banhos diários. Esse debate entre evolução e condição
financeira é algo milenar e pelo passar dos séculos o dinheiro sempre foi visto
de modo malévolo. Entretanto, dinheiro não deve ser banalizado ou
ridicularizado, pois é difícil trabalhar a evolução pessoal com muitas dívidas
a serem pagas. A questão maior é saber como usar a energia do dinheiro de modo
sábio e construtivo ao invés de ser contrário a ele. Dinheiro pode ser alavanca
ou freio evolutivo.
Questão-autorreflexiva:
Você
usa o dinheiro que possui de modo inteligente?
08.
“Vida social é algo dispensável.”
Quando
se possui muitas metas e objetivos evolutivos é comum a fase de “cortar o
dispensável”. No entanto, ter uma vida social regrada é importante e as
relações sociais qualificam nossa automanifestação. Trocar ideias, energias e
dar boas risadas aliviam as tensões cotidianas e melhoram diversos aspectos
psicológicos. Quem se isola voluntariamente do contato social acaba se fechando
as oportunidades e benefícios que as inter-relações favorecem. As amizades,
quando positivas, são amplamente benéficas e ajudam na desintoxicação pessoal.
Questão-autorreflexiva:
Você
frequenta ambientes negativos ou consome substâncias ilícitas?
09.
“Eu já me conheço totalmente.”
Boa
parte de quem “enche a boca” para afirmar que já se conhece está sendo
negligente. Mesmo com dedicação por décadas em autopesquisa é improvável saber
tudo sobre si mesmo, pois existem as vidas passadas (multiexistenciais), as
companhias e contatos extrafísicos (multidimensionais), os aspectos dos outros
corpos da consciência (multiveicularidade) e assim por diante. Caso você queira
saber mais desses conceitos sugiro que faça cursos de Conscienciologia. Achar
que já se conhece o suficiente, quando a autopesquisa realizada na verdade foi
primária e superficial é um meio grosseiro de autoengano.
Questão-autorreflexiva:
Você
realmente acha que já se conhece o bastante?
10.
“Não preciso dar muita atenção ao corpo físico.”
Uma
banalização comum é pensar que o corpo físico, por ser o mais rústico, não
precisa de muita atenção. Muitos priorizam o lado intelectual ou emocional e
esquecem que a parte biológica também precisa ser atendida. De que adianta
“esquecer” do corpo e depois ter de arcar com doenças e complicações que
poderiam ser evitáveis com uma conduta preventiva? Sem contar que um corpo mais
saudável predispõe para uma irrigação melhor do cérebro, dificulta a sensação
de fadiga, melhora a condição energética, aumenta a autoestima, fora muitas
outras questões. O corpo cobra.
Questão-autorreflexiva:
Você
já pagou algum “pedágio“ por não cuidar do corpo?
11.
“Esse assediador não é de nada.”
Típico
pensamento de quem se acha sempre superior as outras consciências e que não
deve dar atenção aos seres “inferiores”. Menosprezar um assediador, sua linha
ou grupo pertencente pode destruir toda e qualquer autodefesa e ainda manter
fissuras que podem ser exploradas nos mais diversos modelos de intrusão. Esse
papo de que “o que vem de baixo não me atinge” deve ser evitado quando se
almeja um estado de plena harmonia ou homeostase holossomática.
Questão-autorreflexiva:
Você
costuma menosprezar pessoas de classes sociais diferentes da sua? E de
pensamentos diferentes?
12.
“A tarefa da consolação é infantil.”
Essa
é uma banalização comum em quem evita ter uma expressividade psicossomática englobando
até certas emoções básicas. Em certos casos existe tanta repressão que o
indivíduo sequer consegue abraçar os outros. Imagine então fazer uma tarefa
assistencial de “importância menor” para ajudar a juntar os cacos emocionais do
outro. A repulsa de atuar em qualquer tipo de tarefa da consolação (ou tacon)
deve ser analisada com muito critério e discernimento para entender sua causa e
possíveis distorções que permeiam outros aspectos da vida íntima. Não fazer
nenhuma consolação é espécie de mutilação assistencial.
Questão-autorreflexiva:
Qual o
problema em atender uma necessidade imediata e efêmera?
13.
“A fofoca não é algo tão grave assim.”
A
fofoca é vista por muitos como natural e até necessária, mas,
multidimensionalmente falando, a realidade é bem diferente. O prazer em falar
mal e contar o supostamente “sujo” do outro evidencia postura assediadora e
baixo nível evolutivo. Essas conversas em voz baixa ou “ao pé do ouvido” podem
gerar assédios que impactam a vida de uma pessoa ou de um grupo inteiro podendo
chegar a resultados fatídicos como eventualmente se registra socialmente. Não
é atoa que se diz que a fofoca morre no ouvido de pessoas inteligentes.
Questão-autorreflexiva:
Suas conversas
manifestam alguma força assediadora?
14.
“A preguiça não é tão grave assim.”
Uma
das maiores displicências universais é sobre a preguiça e o quanto se perde por
se render a ela. Naturalmente ninguém é uma máquina imparável ou que não merece
descanso e repouso. Todos precisamos de momentos calmos e de relaxamento. No
entanto, no seu íntimo você sabe quando passa da conta e se torna a preguiça
pela preguiça. Esse hábito parece sem relevância, mas faz total diferença ao
longo do tempo e a justificativa de que “não tem tempo” para isso ou para
aquilo é uma baita autocorrupção. Se algo for importante para você dá-se um
jeito. A preguiça pode sabotar até as maiores proéxis.
Questão-autorreflexiva:
Você
faz ideia da quantidade de tempo já desperdiçado nessa vida?
15.
“Esse tema eu já domino.”
Quem
banaliza um tema geralmente está fechado as mudanças e novas ideias. Por mais
que você seja um doutor no assunto, uma sumidade pública, ainda assim não se
pode conhecer tudo. Essa frase mostra arrogância do saber ao se colocar em um
pedestal nem sempre tão verdadeiro. Ser bom não implica necessariamente em usar
sua autoridade como argumento ou como forma de intimidação aos demais. Há
diversas terapias que tratam isso. O ego inflado é causa de inúmeras
banalizações evolutivas.
Questão-autorreflexiva:
O que
você realmente domina?
16.
“A parte racional é fundamental enquanto as emoções são secundárias.”
Esse
tipo de abordagem revela um certo descaso as emoções e seus demais processos.
Quando um aspecto monopoliza outro ocorrem as disfunções e descompensações
enquanto a harmonia é fruto da atuação concomitante dos veículos da
consciência. Quem banaliza seu lado emocional está se colocando em uma condição
delicada de conflito interno que irá eclodir em algum momento. Situação tão
ruim quanto quem inverte esse processo valorizando só as emoções e ignorando o
racional. Quanto mais se banaliza as emoções mais elas ganham força em nosso
universo interior.
Questão-autorreflexiva:
Qual o
problema em dar atenção as emoções e sentimentos?
17.
“Esse livro não tem nenhuma informação relevante.”
Esse
tipo de “conclusão” é típico de quem trata certas informações com descaso.
Qualquer obra tem algo a agregar e essas atitudes mostram uma soberba de quem
provavelmente possui o temperamento de se achar o dono da razão e da verdade.
Outro ponto é usar essa afirmação, paradoxalmente, depois de ler algo que tocou
profundamente e gerou enorme desconforto. Assim fica fácil negar e dizer que
nada daquilo tem importância quando, na verdade, se quer esconder de si mesmo
uma ideia que foi no ponto certo.
Questão-autorreflexiva:
Você
ignora aquilo que vai nos seus pontos fracos?
18.
“Isso é muito fácil, tiro de letra.”
Frase
típica de quem carrega uma boa dose do germe da arrogância e que pensa ser
capaz de fazer tudo sempre em alto nível. Basta lembrar que mesmo um ótimo
motorista, quando distraído, pode predispor um acidente de proporções
catastróficas. Não basta ser bom em algo, pois é preciso ter foco e seriedade
em todos os momentos para não ser uma vítima do próprio ego. É sempre melhor
ser detalhista do que ser avoado.
Questão-autorreflexiva:
Você é
do tipo que desanima rápido depois de conquistar algo?
TRÍADE REFLEXIVA:
Sua vida é marcada pelo
trinômio imprudência, imperícia e negligência?
No seu caso, em quais
temas, áreas ou circunstâncias ocorre mais a displicência?
A banalização é uma
conduta padrão ou exceção nessa existência humana?
Este texto traz apenas
informações básicas.
Estude! Se aprofunde
mais no assunto!
E não acredite em nada.
Experimente!
Por
Alexandre Pereira.
** Não entendeu alguma palavra? - GLOSSÁRIO.
“Site destinado aos textos do autor sobre a Pesquisa da Consciência ao longo de mais de 20 anos de estudo. Todo conteúdo é fruto de OPINIÕES PESSOAIS servidas à moda da casa. Não acredite em nada, nem mesmo no que está escrito aqui, e tenha suas experiências pessoais.”
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