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Projeciologia - Uma Neociência nascida no Brasil



Entrevista para a revista Ano Zero


Waldo Vieira é médico, pesquisador e veterano das chamadas Experiências Fora do Corpo. Dirige o mais importante centro mundial de estudos sobre projeção astral, o Instituto Internacional de Projeciologia do Rio de Janeiro. Membro da Society For Psychical Research de Londres, e da American Society For Psychical Research de Nova Iorque, entre outras, Waldo resumiu tudo que se sabe sobre o assunto num volume com mais de 900 paginas. O livro “Projeciologia” está hoje espalhado por todo o mundo. Dois desses exemplares encontram-se na estação brasileira de pesquisas científicas na Antártida. Alguns pesquisadores ali baseados buscam alívio para a solidão dos longos dias e noites do Pólo Sul visitando suas famílias através de viagens astrais.

Waldo, o que a Projeciologia estuda?

A projeção consciente e seus fenômenos correlatos. A projeção é uma experiência extracorpórea que também chamamos desdobramento lúcido, viagem astral, projeção astral, O.O.B.E (out-of-the-body experience). Mas a coisa não se restringe à experiência em si. A Projeciologia visa o autoconhecimento profundo. Ele evita que o misticismo religioso, o fanatismo, a ignorância ou que qualquer tipo de superstição nos tire a liberdade individual de manifestação. Nada de lavagens cerebrais ou quaisquer tipos de sacralização. O fanático é interferente, radical e quase sempre desrespeitoso. Livre desses condicionamentos a pessoa cresce como ser humano e percebe que deve respeitar os outros.

Quer dizer que a Projeciologia é contra a doutrinação?

Nós respeitamos todas as doutrinas, mas o conceito principal do nosso estudo é: “Não acredite em ninguém e em nada. Experimente”. Parece uma afirmação materialista, ma não é. Pelo contrário, é espiritualista, porque nós estamos exaltando a consciência. A pessoa deve viver a experiência direta e por conta própria. Através de sua vivência, única e personalizada, ela vai superar o obstáculo da inciência, ou seja, a ignorância a respeito de si mesma.

Aparentemente isso afasta a Projeciologia do que, em geral, se entende por pesquisa científica.

Nós apenas não estamos presos ao mecanismo do paradigma newtoniano-cartesiano, que é materialista e fisicalista. Isto não significa, necessariamente, a negação da Ciência. Pelo contrário, nós precisamos dela. Aliás, de todas as linhas do pensamento humano, ela é a menos pior. A Ciência só não é ainda ideal porque não tem respeitado a ética tanto quanto se poderia esperar. Veja os problemas que o mundo enfrenta no momento, principalmente na área da ecologia.

Mas isso é causado pela Ciência ou pelo uso inadequado dela?

A administração também é uma ciência. É por aí, geralmente, que nos afastamos da ética. É necessário que tenhamos autocrítica para conquistarmos a liberdade de determinar a trajetória da sociedade.

O que é projeção astral?

O homem se compõe de várias camadas superpostas de energia chamadas “corpos”. O corpo físico é a camada percebida pelos sentidos físicos, o que não impede a detecção das demais através de vários processos. A sede da individualidade, da inteligência, encontra-se no corpo físico quando todas as demais camadas estão em coincidência, isto é, quando a pessoa está acordada. Com o sono, é como se o corpo ligasse o “piloto automático” das funções autônomas, e a sede do eu, juntamente com as outras camadas, sai do corpo físico. As funções normais do indivíduo estão inibidas pelo sono e tudo se passa como se nada tivesse acontecido. O que pode ocorrer é que a pessoa, de repente, se ache “boiando” pelo quarto, como um balão, ou observando o seu próprio corpo adormecido. Quase sempre esse fenômeno ocorre espontaneamente e quem o experimenta, muitas vezes evita comentá-lo, com medo da reação dos outros. A projeção astral é muito comum na adolescência. Quando o jovem conta aos pais que fez uma projeção, geralmente eles tentam tranqüilizar o filho procurando convencê-lo de que tudo não passou de um sonho. Em certos casos, procuram imediatamente um médico. Atualmente, com a maior divulgação dos estudos sobre esse tipo de fenômeno, ficou mais fácil falar do assunto sem correr o risco de ser internado numa clínica.

Em linhas gerais, o que se deve fazer para experimentar uma Projeção astral?

Não se deve tentar sem conhecimento ou assistência competente. Mas não é tão difícil de ser conseguida quanto parece. Todos nós realizamos a projeção astral involuntariamente a noite durante o sono. As instruções elementares, ministradas em nosso curso, são simples. De início, é preciso aceitar o fato de que o seu limite não se restringe ao corpo físico. A força inibidora mais poderosa está justamente nesta falsa noção. É preciso também aprender a relaxar. Há vários métodos para isso. O mais comum consiste em deitar-se de barriga para cima usando roupas leves e sem cobertores. Em seguida inclinar levemente a cabeça para o lado, para evitar a boca aberta durante a projeção. Isto impede que a garganta fique ressequida. Deve-se concentrar a atenção em todas as partes do corpo, verificando se elas estão livres de tensão. Não é muito fácil, mas com exercício constante se pode obter rapidamente o relaxamento. Este processo deve principiar a partir dos pés, até o couro cabeludo. Os músculos devem ser relaxados individualmente. Em seguida, conte de 50 até 1. É necessário manter a respiração compassada, procurando esvaziar a mente e concentrar-se exclusivamente nos números. É fundamental também que não exista qualquer sentimento de culpa por não conhecer profundamente a si mesmo. Isto acontece apenas porque você foi programado desde que nasceu para viver encarcerado em seu próprio corpo.
Outra questão básica é saber quando estamos acordados ou dormindo. Pode parecer tola esta observação, mas, em certas circunstâncias, a coisa não é muito fácil. Conseguindo distinguir se estamos acordados ou dormindo, um grande passo já foi dado. Recomendamos então, que a pessoa repita, durante um mês, pelo menos umas 20 vezes ao dia, a seguinte pergunta: “Eu estou dormindo ou estou acordado?”. Depois, responda: “Eu estou acordado”. Esta pergunta deve ser feita cada vez que você mudar de ambiente. Através dela o raciocínio acostumara sua mente a se conscientizar permanentemente do estado de vigília. Em geral, na terceira semana deste exercício você terá a surpresa de se perguntar “estou acordado ou dormindo?”, e responder “meu corpo está dormindo mas eu continuo acordado”. Você estará fora do corpo e não teria percebido isso antes. Quando isto acontece, deve-se controlar os sentimentos de medo ou euforia. Não há, em hipótese alguma, perigo de prejuízo para o seu corpo durante uma saída. Nenhuma força de ordem espiritual pode tomar posse do seu corpo em sua ausência. O que pode acontecer é um fenômeno comum às primeiras experiências: o desinteresse temporário pela vida física e suas dificuldades cotidianas. Mas isso, quando ocorre, é passageiro. Logo a pessoa aprende a dar o devido valor ao milagre da vida e à prestigiosa oportunidade de ocupar essa maquina fantástica que é o corpo humano.

Afinal, como foi que tudo começou?

Aos 9 anos, eu tive uma projeção consciente, comprovada pela família e pessoas ligadas a ela. Meu irmão estava muito doente, já desenganado pelos médicos. Ficou provado que eu tinha saído do meu corpo, ido até o quarto ao lado e visto, não só o que estavam fazendo com meu irmão, como também o que iria acontecer com ele. Dai em diante, muitos outros fatos semelhantes foram acontecendo, cada vez mais freqüentes. Com o passar do tempo, comecei a dominar o processo. Nessa época, eu tinha uma visão essencialmente espírita do fenômeno. Editei, juntamente com Chico Xavier, vários livros psicografádos que ajudaram a divulgar o espiritismo por todo o País e o exterior.

Sua família era religiosa?

Era espírita. Minha formação começou com aulas de moral cristã kardecista. Logo fui mergulhando num conflito muito grande, porque a exaltação da mediunidade é parte integrante do movimento espírita. E eu falava pra todo mundo: “Olha, é bom que, ao invés de mediunidade, vocês entrem no desdobramento”. Sair do corpo e ir lá, ver a coisa diretamente. Se podemos eliminar o intermediário, por que ficar dependente de uma entidade que se manifesta por um médium? Eu já tinha retrocognicões desde menino, recordação de encarnações passadas, com muita lucidez. Foi aí que conclui: estou repetindo o que já fiz. O contexto era o mesmo, mas o cenário e a linguagem eram diferentes. Quando cheguei a esse nível, pensei: outras pessoas devem estar passando por isto. E comecei a procurá-las. Conversava com muita gente e desde os 17 anos passei a anotar num caderno, dados sobre projeção astral. Minha família tinha poucos recursos. Sai de casa aos 12 e nunca mais voltei porque pretendia pagar os meus estudos e os dos meus irmãos. Fui para Uberaba. Enquanto estudava, comecei a trabalhar com Mário Palmério, que hoje é um escritor de renome. Fiz curso de Odontologia e depois de Medicina. A partir dos conhecimentos adquiridos, tive condições de desenvolver um estudo mais consciente dos fenômenos chamados paranormais. A essas alturas, comecei a viajar por todo o Brasil, sempre pesquisando e trocando idéias. Passei a ver a projeção astral como um fenômeno fisiológico, assim como comer ou respirar. Decidi me dedicar ao seu estudo específico aos 34 anos, em 1966. Larguei tudo para dedicar-me em tempo integral à projeção. Publiquei trabalhos e passei a fazer parte das sociedades internacionais de parapsicologia da Europa, Estados Unidos e América Latina.

Qualquer pessoa pode ser capaz de realizar uma projeção astral?

Sem dúvida. É uma conquista inarredável. Qualquer pessoa é um “projetor”.

Há alguma pesquisa que comprove isso?

Segundo as estatísticas internacionais, 89% das pessoas têm projeções inconscientes, pois quase todo mundo sai do corpo enquanto dorme. Restam 11%. Destes, 9,8% têm as chamadas projeções semiconscientes, ou o “sonho lúcido”. É quando o sujeito sabe que está sonhando e chega mesmo a imprimir alguma intenção ao sonho para modificá-lo. Ele está fora do microuniverso consciencial localizado no corpo humano. Somente 1,2% da população mundial consegue efetuar projeções totalmente lúcidas, ou seja, são projetores conscientes. É o caso da maior parte das pessoas que trabalham aqui no Instituto.

Como são comprovadas as projeções?

Uma pessoa faz uma projeção e sua consciência vai, por exemplo, até uma outra cidade, onde alguém conhecido está realizando alguma tarefa. Telefonamos, então, para essa pessoa e confirmamos se na hora tal ela estava fazendo o que foi percebido pelo projetor, se estava usando uma roupa assim-assado, etc. Às vezes, durante as projeções, a visão é impressionantemente detalhada. Isso é sempre estarrecedor para quem tem pouca experiência. Trata-se de um fenômeno que convence por si mesmo.

Quais os principais objetivos da projeção?

Ela não é nenhuma panacéia, mas as suas possibilidades podem ser vislumbradas: o autoconhecimento em sua totalidade, a possibilidade de viajar no tempo e no espaço sem barreiras, o acesso às diversas dimensões da realidade, o contato com entidades de todos os níveis de esclarecimento, a capacidade crescente de doação de energia para os necessitados… Muita coisa que aponta para um universalismo abrangente e iluminado.

A projeção astral poderia ser utilizada por pessoas de interesses duvidosos?

O imediatismo do nosso mundo doentio poderia desviar o sentido da pesquisa. Por exemplo, penetrar em locais estratégicos em busca de segredos militares ou industriais, espionar a vida alheia, procurar meios que permitam o enriquecimento rápido, como descobrir informações confidenciais no mundo dos negócios, da bolsa de valores, etc. Felizmente, as saídas do corpo são monitoradas por espíritos iluminados. Eles nos ajudam a compreender a transitoriedade das coisas terrenas. Alguns desses seres que executam essa tarefa são os “serenões”.

O que é um serenão?

Ao longo das minhas “viagens”, estive nos lugares mais surpreendentes, como outros planetas e outras dimensões. Acabei tendo contato com toda sorte de entidades. Algumas, ainda mergulhadas na ignorância, parecem foragidas de filmes de ficção científica. São normalmente doentias e traumatizadas por experiências violentas vividas na vida física. Por outro lado, tive a oportunidade de entrar em contato com seres desenvolvidíssimos, tranqüilos e despojados de dogmas religiosos, identidades nacionalistas, doutrinações, etc. Escolhi o nome de serenão para designá-los por causa de sua aparência de beatitude dinâmica. Os serenões existem desde o aparecimento da humanidade na terra. Assim como os homens, eles vieram, em levas espirituais sucessivas, de vários recantos do universo. Estão completando o círculo reencarnatório e desenvolveram uma cosmo-ética aperfeiçoada, baseada principalmente no amor universal, na ajuda impessoal ao próximo. Honrarias e paixões já não têm sentido em seu plano vibratório. Os serenões são absolutamente anônimos e não buscam recompensa para os seus atos.

Podemos evoluir até esse nível?

Sim, eu poderia resumir a nossa evolução em 4 níveis. Primeiro o nível medíocre: consciência sonambulizada, presa à roda comum das encarnações compulsórias sucessivas. Segundo, o amparador: aquele que, conscientemente, num constante trabalho, assiste aos seres encarnados e as entidades desencarnadas. Terceiro, o pré-serenão: quem já vive as suas últimas encarnações mas ignora as demais. Quarto, o serenão: aquele que vive suas derradeiras encarnações plenamente consciente deste fato. Após essas fases, o espírito estará puro, isto é, livre da ciranda encarnatória.

A projeção é uma experiência recente?

Não. Havia gente saindo do corpo há muito mais de dois milênios, como está registrado na Bíblia. Também há registros de que a projeção tem acontecido freqüentemente durante as experiências de quase-morte.

O que é a quase-morte?

Fála-se muito, hoje em dia, das experiências de quase-morte, quando o moribundo acaba tendo uma saída do corpo com intensidade espantosa. Depois disto o doente geralmente se restabelece e, a partir dai, nunca mais será o mesmo. A maioria passa a desenvolver poderes psíquicos paranormais que até então nunca se haviam manifestado. Há uma publicação internacional especializada neste assunto e que circula há sete anos. Mas a quase-morte é apenas uma das 52 manifestações da projeção astral.

Essa experiência tem limites?

A consciência tem como conquista evolutiva mais preciosa o nível de sua lucidez. A Projeciologia visa a lucidez em qualquer estado consciencial em que estivermos nos manifestando, dormindo ou acordados. O ideal é estar consciente 24 horas por dia.

Por que nem todos os médiuns buscam desenvolvimento através da Projeciologia?

Provavelmente tratasse de um problema de egrégora. As pessoas, em geral, seguem uma tradição e não conseguem sair com facilidade dela. Isso coagula o pensamento, tornando-o neófobo.

Não seria aquela coisa de que o homem agride o que não conhece?

Exatamente. É neofobia, o medo do novo. Hoje, no entanto, a psicologia já admite tudo. Kune, o grande cientista da revolução do paradigma, diz que, para haver mudança de modelo em certas áreas do conhecimento, e necessário que pelo menos uma geração desapareça, porque as pessoas estão presas ao processo de idéia fixa. Em Projeciologia chamamos isso de monoideísmo.

Até que ponto a Projeciologia desafia a tradicional pesquisa cientifica?

O que fazemos aqui e utilizar a consciência como instrumento. Não estamos preocupados em que a ciência convencional saia do dilema no qual entrou. Comprovadamente, nós saímos do corpo humano e vemos que, em outra dimensão, podemos dispor de muitos outros veículos de manifestação. Só que nosso instrumento não é material, é consciencial. Não é possível “medir” o fenômeno da projeção em termos científicos.

De que argumentos se serve a Projeciologia para se proclamar uma neociência?

É como o ovo de Colombo. Não dispondo de instrumentos para analisar a consciência, utilizamos a própria consciência como instrumento. A ciência convencional não admite que você faça a a experiência em você mesmo, ou seja, a introversão. Aqui no Instituto, cada um escuta a própria consciência, raciocina, aprende com ela, e troca esse conhecimento com outros. Aí se chega a um consenso, como uma solução holística para o dilema mente versus matéria. A Projeciologia permite superar a divisão entre cérebro e consciência.

A ciência tradicional demonstra alguma dificuldade de aceitar a Projeciologia?

Isso não é exatamente uma preocupação nossa. Há muito tempo a ciência deixou de estudar o fenômeno da consciência. Ela deveria ter a obrigação de estudar qualquer tipo de fenômeno envolvido nesse processo, mas não tem instrumentalidade para tanto. Tínhamos de optar por seguir a ciência assim mesmo ou buscar outra forma de procedimento. Então resolvemos adotar o caminho cientifico. Nossa maior afinidade com a ciência é que, apesar de todos os seus senões, ela exige refutação. Vocês podem ver o lembrete que ostentamos aqui no Instituto: “Não acredite em nada do que lhe dizem, nem mesmo o que é dito aqui. Experimente.”



Entrevista realizada por Marcos Guttmann.










A autenticidade é sempre ética ou cosmoética?

 
O dia em que a sociedade intrafísicas (ou Socin), for de fato autêntica, os Serenões talvez não precisem mais do anonimato. A autenticidade é uma consequência das posturas seguras de personalidade.

Uma postura autêntica pode ser positiva ou não, tudo vai depender da intencionalidade. Jogar na face dos outros seus defeitos e dificuldades, sem visar à melhoria consciencial (soluções), de nada adianta. Abaixo, eis uma classificação de 10 tipos básicos de autenticidades, fora outras existentes, listadas em ordem alfabética.

1.   Anticosmoética. Busca na sinceridade uma forma de pisar nos calos dos outros, intencionalmente, com propósitos claramente assediadores. É a autenticidade que te por objetivo o declínio.

2.   Arrogante. Busca dizer a verdade de forma arrogante, com tons de altivez, onde o maior prazer está na teóricasensação de superioridadeentre os demais.

3.   Assistencial. Busca a autenticidade como meio de promover melhorias, nem sempre fáceis, geradoras de crises de crescimento, patrocinadas por amparadores e Evoluciólogos. É a autenticidade que objetiva a melhoria.

4.   Egocêntrica. Busca na autenticidade um jeito de obter vantagens e benefícios, em detrimento do bem-estar coletivo, para o próprio lucro (egocentrismo infantil).

5.   Extrafísica. Busca na recuperação de cons e no predomínio da paragenética, agir e se manifestar conforme o que se é como consciex, de fato, de acordo com a procedência extrafísica pessoal e a realidade multidimensional.

6.   Impactante. Busca na franqueza fazer uma assistência mais energética, menos simpática, da clareza máxima (refletida e anti-impulsiva) pelo esclarecimento e com o discernimento Cosmoético.

7.   Pensênica. Busca no domínio e na atuação pensênica (mentalsoma, psicossoma e energossoma) transparecer pelas energias tudo o que pensa e sente – ausência autocorrupções, incoerências e maquilagens.

8.   Projetiva. Busca a autenticidade multidimensional, sem bifrontismos, nas mais diversas situações e localidades. Com isso, deixando atuar com os assediadores na defesa do ego.

9.   Sexual. Busca seguir suas necessidades básicas conforme a preferência sexual, sem repressões ou remorsos. O homossexualismo assumido é mais saudável do que a repressão (ficar no armário), mesmo essa preferência sendo uma omissão deficitária quanto a proéxis.

10.       Social. Busca exteriorizar com sinceridade os posicionamentos, escolhas e prioridades evolutivas para a sociedade em geral, sem preocupações egóicas quanto as críticas e comentários degradantes.

A autenticidade sem Cosmoética pode ser observada, inclusive, como uma ação assediadora. Ser autêntico é, antes de mais nada, a utilização do discernimento. Um amparador sabe até onde deve ir com seus esclarecimentos pois entende a realidade e a necessidade do seu amparado. Uma das mediocridades pensênicas mais agravantes é a vontade deliberada da heterodestruição.



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Por Alexandre Pereira.


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“Site destinado aos textos do autor sobre a Pesquisa da Consciência ao longo de mais de 20 anos de estudo. Todo conteúdo é fruto de OPINIÕES PESSOAIS servidas à moda da casa. Não acredite em nada, nem mesmo no que está escrito aqui, e tenha suas experiências pessoais.




7 minutos na eternidade


Época. William (“Bill”) Dudley Pelley, escritor e jornalista norte-americano, no início de maio de 1928, estava desde vários dias recolhido, com enorme estoque de provisões, na quietude de um bangalô de sua propriedade em Altadena, Califórnia, com a finalidade exclusiva de escrever um livro.

Cenário. A propriedade era próxima à Pasadena, perdida no sopé das Montanhas de Sierra Madre. O quarto de dormir, localizado nos fundos da casa, era perfeitamente ventilado com duas imensas janelas voltadas para as montanhas.

Ocupação. O trabalho intelectual prosseguia normalmente e ele entrava na reta final para completá-lo. Sentia-se mentalmente disposto e fisicamente em forma, escrevendo de 6 a 8 horas por dia, gozando de recreação plena ao ar livre. Ali, estava sozinho, com exceção da sua cadela, Laska. Uma noite, de um dia igual aos outros, ele se recolheu ao leito lá pelas 10 horas, e começou a ler notável estudo sobre Etnologia, no caso dele, uma leitura característica de passatempo.

Momento. Próximo da meia-noite, Pelley se sentiu sonolento. Colocou o livro de lado, retirou os óculos e apagou as lâmpadas de cabeceira, seguindo a rotina de centenas de outras noites semelhantes já desfrutadas na tranqüilidade daquele lugar ermo. A cadela Laska, enrolada no piso, dormia aos pés da cama, o seu local favorito.

Hábitos. Pelley não se recordou de nenhum sonho específico da primeira metade daquela noite, nem de qualquer distúrbio físico ou insônia. Não tinha o hábito de tomar bebidas alcoólicas, sendo tão-somente, por cerca de duas décadas, um fumante médio de cachimbo, objeto que trazia constantemente junto à sua máquina de escrever.

Grito. No entanto, entre 3 e 4 horas da madrugada - horário este verificado posteriormente – um grito agudo, interno e medonho pareceu-lhe irromper abruptamente através da garganta comandada por sua consciência sonolenta. Com horror, desesperado, ele gemeu para si mesmo: - “Estou morrendo! Estou morrendo!”

Sensação. O que aconteceu de fato, naquele instante, ele nunca soube. Algum instinto misterioso liquidou impiedosamente o seu sono, despertando-o com aquela admoestação de desespero. Certamente algo muito sério lhe acontecera - algo que jamais lhe ocorrera em toda a sua vida - uma sensação física que ele, escritor por vocação, conseguiu descrever com todas as tintas, como sendo uma combinação de ataque cardíaco e apoplexia.

Começo. Era uma sensação física. Não era um sonho. Ele se sentia inteiramente desperto e lúcido. Sabia que alguma coisa acontecera com o seu coração ou com a sua cabeça - ou talvez com ambos - durante o sono. A sua personalidade consciente estava em luta contra forças sobre as quais não mantinha nenhum controle.

Lembranças. Recordava que se deitara no leito, na escuridão do quarto de dormir, no bangalô da Califórnia, quando o fenômeno começara e ele fora tragado pelas profundezas de um espaço azul e frio, com a sensação de mergulho sem fundo como se respirasse éter de anestesia. Sons estranhos estridulavam em seus ouvidos. Repentinamente, no cérebro curiosamente aos trambolhões, um pensamento predominava: - “Então é isso a morte?”

Laska. No intervalo entre o ataque agudo e o fim de seu mergulho, ele esteve tão suficiente mente dono dos seus sentidos físicos que chegara a pensar: - “Meu corpo morto vai ficar aí, nesta casa isolada, por muitos dias antes que alguém descubra, a menos que Laska acorde e busque socorro.”

Voz. Em um certo instante, uma voz calma, clara e amiga disse junto ao seu ouvido: - “Calma, meu velho. Não se preocupe. Você está bem. Estamos aqui para socorrê-lo.”

Consciexes. Alguém o socorria - na verdade duas consciexes - uma com a destra em sua nuca, suportando o seu peso, e outra com o braço passado debaixo dos seus joelhos. Ele continuava fisicamente fraco, incapaz de abrir até os olhos, mesmo porque uma luz opalina, fulgurante, se difundia de modo singular, por toda parte, no lugar para onde o levaram.

Diálogo. Quando Pelley finalmente, dando conta de si, verificou que havia renascido sobre lindo estrado, tipo laje de mármore, e repousava nu, perante 2 jovens de corpos vigorosos e aparência amigável, vestidos com uniformes que pareciam tecidos em linho branco. Ambos se divertiam discretamente com a sua confusão e seu óbvio vexame. “Como é, sente-se melhor?” - O mais alto dos 2 perguntou. Ele respondeu: - “Sim. Onde estou?”

Pergunta. Eles trocaram olhares e apenas responderam que não tentasse ver nada nos próximos 7 minutos. Pelley sentiu que a sua pergunta não podia ser mais tola. Ele sabia o que lhe acontecera. Atravessara todas as sensações da morte e surgira em um lugar fascinante onde jamais estivera.

Êxtase. Usufruía em seu novo estado, tanto mental quanto fisicamente, de um êxtase inexprimível. Sabia que não estava sonhando. Sentia-se vivo entre muitas outras personalidades intensamente vivas. Levava consigo alguma espécie de corpo pessoal para aquele novo ambiente, através do qual estava cônscio da beleza e do encanto ao derredor que superava de muito todas as descrições já impressas em papel pelo Homem. Percebera que conhecia intimamente aquelas duas criaturas. E suas experiências extrafísicas se desenvolveram.

Experiências. Ao lado havia uma piscina na qual lhe recomendaram que se divertisse. Ao nadar, naquilo que julgou ser água límpida, pareceu-lhe que a própria água lhe dava uma roupa ao corpo desnudo. Outras consciexes surgiram. Ele mantinha a impressão de que havia conhecido cada qual daqueles seres encantadores, em alguma oportunidade anterior, pessoalmente, de modo íntimo. Todo terror e estranheza de antes haviam desaparecido completamente.

Retorno. O término da sua experiência foi tão singular quanto o seu começo. Ele se sentiu dominado por inesperado rodamoinho de vapor azulado, surgido, não soube de onde, e alguma coisa estalou em seu corpo. Instantaneamente se sentiu em seu corpo humano outra vez, sentado na cama, plenamente desperto. Notava apenas certa exaustão física através do tórax e do abdome que perdurou por alguns minutos. Então, gritou algo: – “Isso não foi um sonho!”

Cadela. Sua voz despertou a cadela que ainda dormia.

Artigo. De início, o jornalista-escritor relutou muito em escrever e publicar a sua profunda experiência pessoal pela qual poderia ser tomado à conta de excêntrico ou maníaco. Ele jamais se ocupara de quaisquer pesquisas parapsíquicas. O fato poderia até mesmo afetar a sua consolidada reputação literária. Contudo, os editores da The American Magazine (A Revista Americana), de New York, venceram-lhe a resistência e o trabalho foi redigido, ainda que sob protesto, e veio a público, como primeiro artigo no corpo da revista, em março de 1929.

Reação. A tiragem da publicação atingia, àquela época, cerca de 2 milhões e 225 mil exemplares. Os anunciantes calculavam que cada exemplar sendo lido, no mínimo, por 4 pessoas, dava uma soma em torno de 10 milhões de leitores que tiveram acesso à narrativa, sendo que a maioria chegara mesmo a lê-la. Tal fato foi constatado, em seguida, pela devastadora reação postal. Milhares e milhares de missivistas, homens e mulheres, queriam mais esclarecimentos sobre a sua extraordinária experiência.

Cartas. Durante 6 meses o escritor qualificou, analisou, classificou e respondeu à pletora de cartas. Foi impressionante constatar que apenas 24 missivistas não acreditaram que Pelley estives se sadio ou normal. Centenas e centenas de leitores afirmavam que haviam tido experiências similares, experimentando a condição da consciência fora do corpo humano. No entanto, a maioria não tinha a coragem de expor as ocorrências nem mesmo aos seus parentes mais chegados, temendo serem tachados de insanos cerebrais.

Constatação. Pelley constatou que a maioria dos missivistas tivera experiências que foram substancialmente idênticas à sua nos detalhes básicos. A revista recebeu 144 sermões endereçados ao público por líderes religiosos sobre a experiência em questão. O artigo foi transcrito em um sem-número de periódicos religiosos e teológicos. Somente um pastor, entre todos, o acusou de estar com “a alma vendida ao diabo,” porque em seu artigo nada mencionara sobre Jesus Cristo.

Pioneiro. Tornando-se célebre, de súbito, com o artigo, Pelley tinha consciência de haver, de certo modo estranho, adquirido sentidos novos ou prodigiosas faculdades perceptivas. Ele que era um materialista declarado, agora se sentia qual um pioneiro na pesquisa da consciência humana. Ainda naquele ano de 1929, escreveu o pequeno volume: “Sete Minutos na Eternidade com as suas Conseqüências”.

Bozzano. O professor Ernesto Bozzano, o incansável pesquisador italiano dos fenômenos anímicos e parapsíquicos, aos quais se dedicou cerca de 50 anos, fez da história de Pelley o Caso IV de uma das suas dezenas de monografias: “Xenoglossia - Mediunidade Poliglota”. A Editora da Federação Espírita Brasileira lançou o seu livro, em português, algum tempo após a ocorrência, ou seja, em 1933, no Rio de Janeiro, com esmerada tradução de Guillon Ribeiro.

Crookall. O prolífico cientista, paleobotânico e autor inglês Dr. Robert Crookall, fez do relato de Pelley, o Caso Nº 92, de sua mais significativa obra, The Study and Practice of Astral Projection (“O Estudo e a Prática da Projeção Astral”), editada em Londres, em 1960, e em New York, em 1966. O caso se inclui na seção do livro dedicada à análise das experiências fora do corpo humano de caráter natural, ou seja, não-forçadas.

Hoje. Os fatos sob análise aqui já completaram 7 décadas e agora, já na reta final do Século XX, os fenômenos da Projeciologia - especialmente impulsionados pelas experiências da quase -morte, da Tanatologia ou Dessomática, da Psicologia Transpessoal e das pesquisas dos sonhos lúcidos – em diversos países e através de alentadas pesquisas, desfrutam de profundo interesse por parte de eminentes cientistas em campos diversos, até mesmo interdisciplinares.

Argumentos. As pesquisas das experiências da consciência fora do corpo humano estão, hoje, entre os principais argumentos que mais contribuem para evidenciar de modo indiscutível, cientificamente, as múltiplas dimensões da vida e os múltiplos veículos da consciência.

Liberdade. Acima de tudo, uma ocorrência é, hoje, incontestável: pode-se falar sobre o tema das projeções conscienciais humanas abertamente, até através dos maiores veículos de comunicação de massa da atualidade sem se temer a pecha de louco ou de se cair no ridículo perante públicos de várias categorias.

Fatos. Os fatos continuam falando por si. As 254 fontes bibliográficas sobre projeções conscientes catalogadas pelo Professor Ernesto Bozzano em 5 décadas, passaram para 838 casos minuciosamente analisados pelo Dr. Robert Crookall durante 3 décadas, e chegam agora, segundo os arquivos deste autor, a 5.116 fontes bibliográficas diversas, procedentes de 37 países, em 20 idiomas diferentes, listadas no livro 700 Experimentos da Conscienciologia. Como se observa, a Projeciologia e a Dessomática se desenvolvem agora, a passos firmes. Só ainda não constatou este fato quem vive distante ou desatualizado quanto às frentes de pesquisas científicas internacionais.


* Este texto é de autoria de Waldo Vieira e foi extraído do capítulo 496 do Tratado de Projeciologia (5ª edição; páginas de 964 a 950). *

Este texto traz apenas informações básicas.
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Por Alexandre Pereira.


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Sedução sexual vs Sedução intelectual



No universo das trocas energéticas cotidianas, a sedução sexual (ou sexochacral) acontece quase da mesma forma que a intelectual (ou mentalsomática). Em relação a primeira, utiliza o charme e a sensualidade para atrair olhares e energias de determinado padrão. No segundo, cria-se uma imagem e um magnetismo pela capacidade mental, por algum tipo de inteligência ou por outros atributos do corpo do discernimento.

Em ambas situações, explora-se até certo ponto uma condição de modo exagerado, exibicionista. A sedutora pode não ser a típica amante que insinua ser e o mentalsomático pode não ser tão sábio ou intelectual ao nível da sua expressividade. Quando aparente, a exuberância é a premissa básica de ambas as seduções.

Eis um paralelo entre esses dois tipos de seduções, onde certos itens podem ou não estar ocorrendo, tanto de modo errôneo ou intensificada.

SEDUÇÃO SEXOCHACRAL
SEDUÇÃO MENTAL
1.  Acoplamentos áuricos descompensadores.
Acoplamentos áuricos esclarecedores.
2.  Afetividade patológica.
Afetividade racional.
3.  Assimilações simpáticas orgásticas.
Assimilações simpáticas dominantes.
4.  Capacidade de gerar entropias.
Capacidade de gerar lavagens cerebrais.
5.  Carência energética.
Carência de atenção.
6.  Chamariz da olhares.
Chamariz da admiração.
7.  Condição avassaladora.
Condição de líder.
8.  Congressus subtilis (sexo extrafísico).
Projeção de mentalsoma.
9.  Convidativo ao sexo.
Convidativo a erudição.
10.    Dependência do soma.
Dependência do mentalsoma.
11.    Egocentrismo primário.
Egocentrismo atenuante.
12.    Escravidão do sexo.
Escravidão do cérebro.
13.    Estado de vaidade constante.
Estado de vaidade inconstante.
14.    Exprime sexualidade.
Exprime intelectualidade.
15.    Força presencial anticosmoética.
Força presencial ambígua.
16.    Infidelidade energética?
Infidelidade mental?
17.    Inspira sexopensenes.
Inspira antipensene.
18.    Ligado a instintividade.
Ligado a racionalidade.
19.    Normalmente tem gerontofobia.
Normalmente tem tanatofobia.
20.    Paixões exacerbadas.
Platonismo infantil.
21.    Personalidade convidativa.
Personalidade motivadora ou desmotivadora.
22.    Psicossoma dominante.
Mentalsoma dominante.
23.    Rato(a) de academia.
Rato(a) de biblioteca.
24.    Sedução primária.
Sedução mais avançada.
25.    Sedutor(a) profissional.
Sedutor(a) profissional.
26.    Propensão a Síndrome da passarela.
Propensão a Síndrome de Swedemborg.
27.    Subcérebro abdominal.
Cérebro encefálico.
28.    Típico da juventude.
Típico da maturidade.
29.    Utiliza o sex appeal.
Utiliza o awareness.
30.    Vampirização sexochacral.
Vampirização holochacral.


Tanto a sedução sexochacral como a sedução intelectual pode ser positiva e cosmoética. A vivência permanente e obcecada por uma delas requer maior autopesquisa e indica patologia. Todo exibicionismo é uma ação explicitamente do ego e, portanto, analisada com cautela. Cabe lembrar que os Serenões, que são os mais avançados na vida humana, são anônimos, mas devem ser cativantes (quando se faz necessário) na presença de outros.



Este texto traz apenas informações básicas.

Estude! Se aprofunde mais no assunto!
E não acredite em nada. Experimente!

Por Alexandre Pereira.


** Não entendeu alguma palavra? - GLOSSÁRIO.