A Incrível História da Humanidade

A humanidade exposta de um jeito revelador.




O livro Sapiens: uma breve história da humanidade, de autoria de Yuval Noah Harari, não é um livro qualquer e está longe de ser comum. O leitor em geral termina o livro com a sensação de que agora entende o mundo e como boa parte das coisas funcionam. E essa não é uma sensação equivocada, muito pelo contrário. A obra é bem mais do que a coleção de histórias legais e explicações generalistas. Ela causa impacto pela clareza exposta e pela cientificidade envolvida.

Com passagens de tirar o fôlego, a evolução da humanidade é feita de modo interessante e conexo mesmo para “quem não é da área de humanas”. Em geral, as informações precisas servem como um triturador de ideias preconcebidas e de erros históricos que tratamos ainda com naturalidade. Importante ver o quanto a Ciência já avançou de modo significativo nas descobertas sobre nosso passado remoto até o momento atual. O livro é um compilado que vislumbra um caminho que antes parecia confuso ou óbvio demais.

Para uma pessoa moderna pode parecer natural que tenhamos dominado o planeta. No entanto, essa jornada é mais complexa e desafiadora do que um leigo possa imaginar. Entre as várias espécies de humanos do passado que viviam juntas (isso mesmo que você leu), a soberania do Homo sapiens foi realizada com boa parte do padrão que seguimos até hoje: com inteligência, violência e destruição. Quando se percebe que o humano nunca viveu em harmonia com a natureza, isso também vale para os indígenas, fica evidente nossa essência em construção. Mas calma, não tire conclusões precipitadas.

Harari fala com brilhantismo de temas profundos e fundamentais como, por exemplo, a revolução cognitiva, que mudou a forma de pensamento e comunicação, bem como a revolução alimentar que permitiu a multiplicação da vida e o desenvolvimento social. A cada revelação, feita de modo sistemático, tudo vai se encaixando com um imenso quebra-cabeças. Mas o livro não fala apenas do passado, pois trata do nosso envolvimento com dinheiro, impérios, poder, sexo, religião e cientificidade.

Talvez uma das colocações mais eletrizantes e inquietantes de Sapiens seja sobre os mitos compartilhados. Ou seja, as ilusões e imaginações coletivas que todos tratam como se fossem verdades e, na realidade, são apenas conceitos humanos aceitos pela maioria. Só que não vou dar exemplos desses mitos, apesar de convivermos com eles atualmente, para manter o suspense e deixar as surpresas para aqueles que se aventurarem em suas páginas.

Para encerrar, a parte final dessa obra-prima trata do caminho para qual estamos seguindo. As previsões do futuro, baseadas na Ciência atual, são tanto empolgantes quanto estarrecedoras. As reflexões e ponderações evidenciam que há mais surpresas, tanto positivas quanto negativas, sobre o que estamos construindo para o amanhã. Você está pronto para as transformações sociais? Já entendeu o básico do ontem para se antecipar sobre o que virá?

Esse é um dos poucos livros que posso dizer a todos de forma imperativa: “LEIAM!”.

Esse texto traz apenas informações básicas.
Estude! Se aprofunde mais no assunto!
E não acredite em nada. Experimente!
 
Por Alexandre Pereira.

O Mestre dos Gênios e sua Lapidação Intelectual

No filme “O Mestre dos Gênios” (lançado em 2016) o personagem central é o editor Max Perkins (interpretado pelo ator Colin Firth) que orienta a escrita de diversos talentos e potenciais ao longo de sua carreira. A obra foi baseada na historia real desse que foi um dos maiores editores do mundo e que esteve por trás de figuras como Ernest Hemingway, F. Scott Fitzgerald e Thomas Wolfe.

O filme mostra sua relação com o então desconhecido Thomas Wolfe (interpretado por Jude Law) que lhe entrega um manuscrito de sua obra original. Wolfe já cansado de ser rejeitado vê na figura de Perkins sua última esperança. Com seu olhar clínico ele aceita publicar seu livro desde que passe por algumas revisões.

Esse é o lado observável do filme, mas nas entrelinhas estava um aspecto muito interessante: o de lapidador intelectual. Esse papel fica muito evidente quando Wolfe leva seu segundo livro, intitulado “Do tempo e do Rio“, em caixas e mais caixas em função da amplitude da obra. Depois de olhar todo o montante, quando Wolfe já saia do recinto, o editor Perkins lhe diz: “bom trabalho”.

Esse pequeno elogio é típico de quem está disposto e disponível ao longo e demorado processo de qualificação autoral. Quem não lapida, aceita qualquer texto, qualquer palavra e todas as formas de expressão. Um lapidador como mostrado no Mestre dos Gênios é diferente por estar disposto a ir até as últimas consequências em seu trabalho.

Essa sutilidade mostra que os gênios são produtos do esforço e forjados ao “transpirar” para alcançar resultados satisfatórios. Eles se empenham dentro de suas possibilidades e ninguém finge que escreve ou engana que corrige. Ambos estão comprometidos com o resultado ainda que leve tempo e seja um tanto desgastante o processo.

A genialidade é proveniente do espírito incansável e construtivo. No caso do filme, por maior que tenha sido seu talento e potencial foi apenas com o Perkins que passou de autor rejeitado para um escritor cobiçado por todos. Seu talento teve de ser moldado, trabalhado e orientado com maestria para que saísse do ordinário para o fora do comum.

Assim podemos analisar que o trabalho de mentoria pode ser tão significativo quanto o da criatividade em si. Ou seja, ambos se complementam. Esse tipo de conduta profissional deveria ser valorizada cada vez mais já que as pessoas estão se acostumando com a tecnologia que deixa tudo cada vez mais rápido e fácil.

Em certas questões não existe outro caminho que não seja o trabalho duro. Assim sendo, é importante fazer brilhar o lapidador intelectual que existe dentro de você em favor de si mesmo ou de outras pessoas. Tenha a certeza de que no futuro toda espécie de legado que resista será algo que precisou ter esforço contínuo ao longo do tempo, afinal todo mundo consegue fazer o que é fácil.

Seja você um aspirante a escritor, um executivo ou um vendedor as lições do filme servem para todas as áreas. Por exemplo, a ciência que estuda a consciência, chamada de Conscienciologia, valoriza muito a exaustividade (Exaustivologia) que é a atenção redobrada aos detalhes e fazendo o necessário em matéria de escrita ainda que seja de modo exaustivo. Alias esse modelo é ótimo para desenvolver a paciência e a concentração.

Que o exemplo do que deu certo seja sempre maior do que a propaganda daquilo que ainda “pode ser“. Os fatos são muito mais relevantes que as inúteis tentativas de achar atalhos para tudo. O sucesso é, em primeiro lugar, um comprometimento íntimo. Se não houver abertismo mental para o aprimoramento das próprias aspirações seremos sempre como um autor rejeitado por si mesmo.

Esse texto traz apenas informações básicas.
Estude! Se aprofunde mais no assunto!
E não acredite em nada. Experimente!
 
Por Alexandre Pereira.





O hábito de remendar o que está quebrado

Há duas condições terríveis que um ser humano afetivo pode passar: amar alguém que só faz mal e se enganar dizendo que ama um relacionamento que “não pode ser desfeito”. Nas condições do afeto é difícil dar palpites ou conselhos quando tudo é uma questão interna. Conduto, parece uma batalha perdida em insistir continuamente em remendar o que já se sabe intimamente não ter consertado.

Há remendos que são necessários e remendos negativos. Sábio é quem sabe o momento de parar e o momento de investir sem que seja uma decisão de cunho meramente emocional. Afinal, suas decisões são racionais ou emocionais? Apesar de sermos humanos (homo sapiens) a maioria das escolhas é fruto da emoção e de como se lida com determinada situação. Até mesmo os assuntos polêmicos e complicados normalmente são defesas emocionais e não decisões técnicas.

As pessoas têm paixões enormes, mesmo essas paixões sendo tóxicas. Para essa condição se denomina ectopia afetiva. Ou seja, é o amor pelo doente, pelo errado ou o que é patológico. Há milhares de amores errados quanto a pessoas, objetos e situações. Pense no caso de quem não consegue largar a droga que acaba por matá-lo lentamente. Há amores errados irremendáveis, pois já estão desestruturados por natureza. É amor permanecer com quem apenas o machuca?

Na vida é preciso fazer alguns ajustes, consertos fazem parte. Entretanto, o remendo enquanto hábito evidencia que algo está errado. Viver uma relação abusiva que traz só tormenta não é a resposta para nada. Passar os anos como um “remendador” destrói a autoestima e o valor próprio ao se comportar como um escravo sentimental. Será a pessoa capaz de remendar a si mesma depois de tanto tempo tentando remendar uma relação quebrada?

Quem vive juntando os próprios cacos emocionais está mais perto das trevas do que a luz do amor libertador. Uma relação amorosa de excelência infelizmente ainda são exceções. Boa parte das pessoas finge não apenas para o grande público, mas sobretudo para si mesmo. E desse modo vão seguindo os dias como se não tivessem outras alternativas ou esperança de uma mudança maior. Preferem a certeza dos remendos ao invés do desconhecido longe da zona de conforto.

Para quem está dentro de um buraco pouco importa a sua profundidade. O caminho do desconhecido tende a ser diferente e, ainda seja ruim, sempre haverá uma nova chance de recomeço. Que tal um fosso menos fundo ou quem sabe sair de toda forma de pobreza emocional? Quem está dentro de um buraco precisa, no primeiro momento, parar de cavar. A saída dos problemas está sempre acima de nossas cabeças, no horizonte ao qual a mente consegue alcançar.

Remende suas feridas, remende seu comportamento, remende até o que não for seu. No entanto, não reclame se o universo não o remendar de alguma forma. Afinal, de que adiante pedir uma solução ao cosmos se nem ao menos o seu coração você dá ouvidos? E muitas vezes é melhor recomeçar uma centena de vezes ao invés de ficar aprisionado na primeira armadilha. Um conserto que nunca tem fim é uma forma de autocastigo?

Esse texto traz apenas informações básicas.
Estude! Se aprofunde mais no assunto!
E não acredite em nada. Experimente!
 
Por Alexandre Pereira.



Reflexões de um País que Trapaceia

O Brasil pode sair vitorioso de sua crise moral desde que a população faça mudanças viscerais em seu comportamento. Até quando o país sonhará com a colheita do que nunca plantou?

Calma! Antes de criticar esse texto pelo seu título leia atentamente onde quero chegar, pois, desde criança ouço que “o Brasil será o país do futuro”. Entretanto, depois de todos esses anos e observando um ponto crucial de nossa sociedade é possível afirmar que continuando do jeito que estamos nunca chegaremos a lugar algum.

O ponto crucial dessa afirmação é devido ao famoso “jeitinho brasileiro” que a primeira vista parece ser algo pequeno e até superficial. No entanto, a realidade é que a maioria do povo brasileiro não tem apenas um “jeitinho”, pois, na verdade o que existe é falta de integridade!

Como podemos ser o país do futuro enquanto a maioria quer tirar vantagem em tudo, sempre na malandragem do mais fácil. Sem contar aqueles que vivem lesando os demais nas pequenas ações do dia a dia e não é por menos que estrangeiros ficam abismados com a depredação e o comportamento geral do “tupiniquim”.

Essa falta de integridade resulta em um inegável baixo nível civilizatório. Ou seja, parece que boa parte da população não teve sequer a educação básica para não prejudicar o que é seu. Uma reflexão indigesta nessa questão é analisar qual o papel da educação como um todo para permitir que o “jeitinho” deixasse de ser exceção para ser um de nossas referências internacionais.

Um exemplo do que acabo de me referir vem dessa foto abaixo tirada no Canadá.


O que aconteceu é que uma das estações do metrô canadense estava com as catracas quebradas e sem funcionários no local e o que se vê na foto é o que isso resultou. Mesmo não funcionando as pessoas pagaram deixando as moedas e dinheiro em cima da catraca quebrada. E se fosse no Brasil? Entendeu agora quando nos referimos a uma população com caráter?

Que fique bem claro: enquanto não houver integridade real e genuína o Brasil não será referência em nenhuma parte do mundo. Algum desavisado pode até dizer que somos uma das maiores economias do mundo... Ora, isso não tem nada a ver com dinheiro ou questões econômicas.

O Brasil, por exemplo, vem atuando no combate a corrupção por alguns segmentos do judiciário, mas, ao mesmo tempo, observam as incoerências e politicagens do Supremo Tribunal Federal que deixam a população ainda mais desacreditada. Afinal, se mesmo a criminalidade mais ostensiva acaba no acostamento da impunidade, o que pensar sobre os exemplos deixados para a população?

Já pensou o mundo sendo governado ou inspirado de acordo com nossos meios ou nosso modus operandi? A intenção aqui não é ficar falando mal da maioria dos brasileiros que agem dessa forma, pois meu real intento é que as pessoas se conscientizem e se tratem dessas posturas atuais. Vamos entender de uma vez que sem integridade não vamos a lugar algum.


Este texto traz apenas informações básicas.
Estude! Se aprofunde mais no assunto!
E não acredite em nada. Experimente!
 
Por Alexandre Pereira.

Existe algum psicopata na sua vida?

Uma ideia equivocada é que o psicopata pode estar apenas na vida do vizinho ou ser coisa de filme de terror. Em tempos de Dexter, Hannibal Lecter e House of Cards a identificação de psicopata não é muito clara. Todo psicopata mata? Todos são capazes de atitudes extremas? Afinal, o que é um psicopata?

Primeiramente, é importante colocar que aquela pessoa que parece maluca definitivamente não tem psicopatia. Entretanto, os psicopatas são muito mais comuns do que se pensa e por serem mais sutis do que os exemplos mostrados pela mídia quase sempre passam despercebidos. Apesar de existir diferenças de níveis e de tipos de psicopatias, todos possuem características similares como não ter qualquer tipo de empatia, problemas emocionais e de, por exemplo, alcançarem suas metas com muito charme, manipulação e habilidade.

Esse tema vem ganhando cada vez mais espaço nas últimas décadas e foi retratado no livro “Como identificar um psicopata” de autoria de Kerry Daynes e Jessica Fellowers. A obra tem um olhar mais popular sobre a doença e não possui termos complexos e complicados para o entendimento geral. A sua utilidade se baseia no fato de que se houver um psicopata ao seu redor será preciso escapar o quanto antes. A fuga é o caminho correto já que se trata de uma problemática cerebral que não há cura ou tratamento.

Como assassinatos nesse meio são mais raros, o mais provável é que um psicopata traga uma série de aborrecimentos e prejuízos de diversas ordens. Apesar da definição do termo ser de “mente doente” eles são muito conscientes de seus atos e ações e podem ser muito perversos. A avaliação de um psicopata, segundo os autores do livro que embasam esse texto, é complexa e deve ser feita por especialistas mais a gradação existente mostra que boa parte das pessoas tem algum nível de psicopatia ainda que básico e não preocupante.

Uma questão importante é sermos capazes de descobrir ou desconfiar quando existe um “lobo em pele de cordeiro”. Tarefa difícil já que sua natureza predatória se esconde por meio de muito charme. O psicopata não é necessariamente assustador e sua companhia pode até ser agradável devido a sua inconsequência e impulsividade para a diversão (mais caso as coisas não sejam do seu jeito com certeza não irá querer ficar perto).

Mas o que é não ter empatia? 

Significa que não são capazes de se colocar no lugar do outros e vivem uma vida emocional empobrecida. Como não tem a capacidade de compreender os sentimentos alheios são indiferentes aos seus direitos e acabam sendo visto como objetos que podem ser manipulados de acordo com sua conveniência. 

“Os psicopatas acham que têm o direito de ter tudo o que querem, não importa a que preço, e costumam ter explosões violentas e descontroladas quando são criticados ou frustrados. Assim como o escorpião da fábula, faz parte da natureza deles usar e prejudicar os outros, embora muitas vezes acabem inadvertidamente dando um tiro no próprio pé. Apesar de jamais admitirem, os psicopatas culpam a tudo e a todos – mas nunca a si mesmos – por seus problemas.” (Livro: Como identificar um psicopata?)

Ficou preocupado? Calma!

Antes de prosseguir, saiba quais os principais pontos que indicam alguém ser psicopata, sendo os primeiros itens os mais significativos, mas não precisando possuir todos os itens de modo global:

- Falta de empatia (ou indiferença).
- Ausência de remorso ou sentimento de culpa.
- Enganador e manipulador.
- Impulsividade.
- Irresponsabilidade.
- Mentira patológica.
- Afetividade superficial.
- Descontrole comportamental.
- Autoestima inflada.
- Charme superficial ou loquacidade.
- Incapacidade de assumir a responsabilidade pelos próprios atos. 

Essa junção de não ter empatia, não sentir culpa e ser manipulador (e tudo isso sendo encantador) é algo que se deve prestar atenção. Difícil pensar como é viver sem sentir nenhuma culpa depois de prejudicar alguém e não ter nenhuma “gota” de arrependimento. Com seu ego inflado julga as demais pessoas como inferiores e por isso acha podem ser explorados. Muitos autores comparam a psicopatia com o Transtorno da Personalidade Narcisista como se fossem primos de primeiro grau.

Um sinônimo de psicopata é o termo sociopata dependendo de onde se fala sobre o assunto. Outro ponto considerável de diferenciação é que os psicóticos agem sob a influência de delírios e alucinações enquanto os psicopatas não têm percepções distorcidas da realidade e raramente tem conflitos interiores em relação à forma como tratam os outros, muito menos crise de consciência.

A escala de psicopatia vai até 40 e é bem possível que você, ou algum conhecido, esteja facilmente nela. Para ficar mais didático a tabela abaixo apresenta a hipótese de uma vizinha e suas ações ilustrativas quanto ao nível de psicopatia:

Zero: A vizinha está sempre aparecendo com uma bandeja de biscoitos caseiros.
Dois: Ela está sempre de olho na sua lata de biscoitos.
Cinco: Ela sempre estaciona o carro na frente da sua garagem.
Sete: Você rega as plantas dela mesmo quando ela não está de férias.
Dez: Ela está tendo um caso com o seu marido.
Doze: O leite e o jornal de domingo raramente estão na porta da sua casa.
Quinze: Entra em sua casa para assistir sua TV, pegar comida na sua geladeira, dormir na sua cama... quer você esteja ou não em casa.
Dezessete: Seus amigos não vão mais à sua casa: da última vez em que foram visitá-lo, os pneus dos carros deles foram furados.
Vinte: Aquela empresa em que ela o convenceu a investir suas economias foi a falência.
Vinte e cinco: Seu cachorro foi encontrado morto na calçada.
Trinta: ... Duas semanas depois, o mesmo aconteceu com seu gato.
Trinta e cinco: Seu marido foi encontrado esfaqueado na calçada.
Quarenta: Há outros corpos enterrados no quintal.
 
Mais é importante ressaltar que a principal questão sobre ser psicopata é a falta de empatia ou por não conseguir se colocar emocionalmente no lugar do outro. Portanto, essa obra acaba sendo de utilidade pública ao expor de modo claro as principais indicações de alguém que é melhor ficar distante, ainda que seja familiar ou já tenha certa intimidade.

Outro ponto relevante da obra é a análise de alguns perfis e as principais características de como os psicopatas se comportam nelas. Ou seja, é feita uma lista que indique quais as posturas de um namorado psicopata. Além do namorado (ou namorada) também são feitas análises do amigo psicopata, colega de trabalho psicopata, chefe psicopata, melhor amigo psicopata, marido psicopata e filho psicopata.

Além do livro já citado aqui, esse tema pode ser expandido por outras fontes como filmes e outros livros que auxiliam nessa detecção. Segue uma listagem com 51 itens recomendados para essa temática.

- FILMES:
1.    Seven: Os Sete Crimes Capitais (1995)
2.    Psicopata Americano (2000)
3.    O Silêncio dos Inocentes (1991)
4.    Onde os fracos não tem vez (2007)
5.    Hannibal (2001)
6.    7 Psicopatas e um Shih Tzu (2012)
7.    Atração Fatal (1987)
8.    Perfume: A História de um Assassino (2006)
9.    Jogos Mortais (2004 - franquia)
10. Hush: A Morte Ouve (2016)
11. 3096 Dias (2013)
12. Louca Obsessão (1990)
13. A Mão que Balança o Berço (1992)
14. Laranja Mecânica (1971)
15. Elefante (2003)
16. Violência Gratuita (1997)
17. Cabo do Medo (1991)
18. Precisamos Falar sobre o Kevin (2011)
19. Eu vi o Diabo (2010)
20. A Orfã (2009)
21. Karla - Paixão Assassina (2006)
22. Segredos de Sangue (2013)
23. O Iluminado (1980)
24. Psicose (1960)

- LIVROS:
25. Como Identificar um Psicopata? - Kerry Daynes e Jessica Fellowers
26. Mentes Perigosas – Ana Beatriz Barbosa Silva
27. Eu sei o que você está pensando – John Verdon
28. Social Killers: Amigos Virtuais – R. J. Parker e J. J. Slate
29. Sem Consciência – Robert D. Hare
30. Serial Killers: Anatomia do Mal – Harold Schechter
31. Louco ou Cruel? – Ilana Casoy
32. A Enciclopédia de Serial Killers – Michael Newton
33. Psicopata: A Verdade entre Deus e Satã – Fernando Fonseca
34. Zodíaco – Robert Graysmith
35. Meia-noite no Jardim do Bem e do Mal – John Berendt
36. Manson: Retrato de um Crime Repugnante – Vincent Bugliosi e Curt Gentry
37. O Demônio na Cidade Branca – Erik Larson
38. O Sapateiro: A Anatomia de um Psicótico – Flora Rheta Schreiber
39. O Quinto Mandamento – Ilana Casoy
40. O Monstro de Florença – Douglas Preston e Mario Spezi
41. O Homem de Gelo: Confissões de um Matador da Máfia – Philip Carlo
42. Mentes Criminosas & Crimes Assustadores – John Douglas & Mark Olshaker
43. O Professor e o Louco: Uma História de Assassinato e Loucura Durante a Elaboração do Dicionário Oxford - Simon Winchester
44. Aliança do Crime – Dick Lehr e Gerard O’Neill
45. Devoradores de Sombras – Richard Lloyd Parry
46. Nó do Diabo – Mara Leveritt
47. Manson: Uma Biografia Fascinante e Definitiva – Jeff Guinn
48. Caçada ao Maníaco do Parque – Luísa Alcade e Luís Carlos dos Santos
49. Arquivos Serial Killers: Made in Brazil – Ilana Casoy
50. Mr. Mercedes – Stephen King
51. A Sangue Frio – Truman Capote

Conhecimento e informação nunca são demais, especialmente quando se trata de nossas relações sociais. Quanto mais pessoas souberem dessas informações mais os psicopatas perdem espaço para agirem.




Esse texto traz apenas informações básicas.
Estude! Se aprofunde mais no assunto!
E não acredite em nada. Experimente!
 
Por Alexandre Pereira.




O futuro da galáxia, segundo Asimov

Como um dos maiores escritores de ficção científica de todos os tempos visualizou o destino final da humanidade depois de colonizar toda a galáxia?

Um pouco sobre a Fundação e a maior história de ficção científica de todos os tempos.

Como escritor e cientista Isaac Asimov estava à frente de seu tempo. Se você não está familiarizado com seu nome, saiba que esse escritor americano, nascido na Rússia, está entre os maiores nomes literatura com uma obra colossal. Se pensa não conhecer nenhuma história de Asimov saiba que foi baseado em suas obras os filmes “Eu, Robô”, “O Homem Bicentenário” e “Viagem Fantástica”.

Estima-se que Isaac Asimov escreveu mais de 8 milhões de palavras em cinqüenta anos de carreira literária. Com quase cinco centenas de títulos publicados, especialmente de não-ficção, é um dos autores mais prolíficos da história. Na obra Opus 100 (onde comemora a marca dos cem livros) aparece cercado por suas obras. (veja as imagens a abaixo*). No Opus 200 aparece sentado em todas as suas obras. No 300, não houve espaço na capa para todas as obras e acabou aparecendo apenas o seu retrato.

Dizia trabalhar 7 dias por semana, durante dez horas por dia, e sentia-se desconfortável quando tinha alguma interrupção de seu trabalho. Em seus livros escreveu sobre tudo: robótica, matemática, viagens espaciais, literatura, história, física, astrofísica, cosmologia, tecnologias ainda inexistentes, entre outros temas. Também não escondia sua intenção de ser o maior divulgador de ciência do Século XX, julgando no final da vida que havia conseguido seu objetivo.

Asimov teve certa ascensão e em função da publicação de suas histórias nos pulp magazines (revistas feitas de polpa grosseira que não era tratado e em gerava boa impressão) sobre ficção científica. Estima-se que um dos maiores legados é sua rigidez enquanto autor que faz suas obras serem encaradas como ficção ou mesmo um exercício de lógica. Segundo muitos especialistas, esse rigor de escrita é mais relevante que sua vasta produção em favor da divulgação científica. Entretanto, sua vida acadêmica, como se sabe, tinha pouca pesquisa, mas sua capacidade de divulgação era formidável.

Em seu futuro fantástico, onde já habitamos outros planetas, a Terra, por exemplo, acaba não tendo um destino muito nobre, pois termina radioativa e controlada por ditadores e fanáticos religiosos que matam pessoas que não podem trabalhar, entre outras coisas terríveis.
 
Dentro da ficção científica, Asimov descreve um período de 25 mil anos que vai desde os dias atuais até a ocupação total de nossa galáxia. Com o avanço da colonização espacial os anos começam a ser calculados como Era da Fundação e por meio de um Império Galáctico que comanda tudo através do planeta central chamado Trantor.

Segundo o autor, ao criar histórias com viagens espaciais, robôs e temas futuristas sua intenção era chegar a lugar algum. Tanto que suas obras são cheias de contradições por não se atentar tanto a datas, certos fatos e pequenos detalhes em suas obras. Com o apelo dos fãs, ele sentiu-se obrigado a unir suas histórias, antes publicadas individualmente, e fazer uma ligação entre elas. Daí o fato de tantas brechas existentes.

A FUNDAÇÃO

O conjunto de textos mais famosos fala sobre a Fundação e foram agrupados em 3 livros intitulados “Fundação”; “Fundação e o Império” e a “Segunda Fundação”. Essas obras lhe renderam enorme sucesso de crítica e público e, desde a década de 60, é considerada a melhor série de ficção de todos os tempos que teve edições traduzidas para todo o mundo.

Devido ao enorme sucesso da trilogia, os editores convenceram Asimov a escrever mais histórias e com isso foi lançado a “Fundação II”; “Os robôs do amanhecer”; “Os robôs e o Império” e a “Fundação e a Terra”. Por fim, também publicou “Prelúdio da Fundação” que relata como um simples e promissor matemático iria passar por diversas complicações e turbulências até se tornar o grande Hari Seldon.

Caso você nunca tenha ouvido falar da Fundação, uma trama cheia de crises, incertezas e reviravoltas, segue um hiper-resumo da trilogia original:

Num futuro de mais de onze mil anos à frente, onde a humanidade já se espalhou pela galáxia e por milhares de planetas, o matemático Hari Seldon cria através fusão entre a matemática e a sociologia uma forma de prever o futuro chamada de psico-história. Entretanto, esse futuro não podia ser utilizado para poucas pessoas, mas somente para grandes grupos de civilizações. Ao perceber que o Império Galáctico estava entrando em declínio, consegue ver que o governo iria cair e os conflitos durariam mais de trinta mil anos até o surgimento de um novo império.
 
Para diminuir esse tempo de barbárie para apenas mil anos, Hari Seldon traça um plano criando uma Fundação em um extremo da galáxia, num planeta chamado Terminus, para acumular toda tecnologia e conhecimentos através da Enciclopédia Galáctica. Nessa jornada nada é muito certo e entre várias crises aparece um ser chamado de “O Mulo” que possui incríveis poderes mentais e telepáticos e assim dominando seus oponentes. Com isso, O Mulo vai conquistando tudo e bagunça todo o plano traçado pela psico-história. Como se não bastasse, descobrem que Seldon criou secretamente uma segunda fundação no outro extremo da galáxia dedicada ao desenvolvimento das ciências mentais. E assim segue a saga no intuito de fazer o plano de Seldon prevalecer em nome do Império Galáctico.

Entretanto, o que muitos não sabem é que a psico-história de Hari Seldon e seu plano original foram importantes e significativos mais tiveram de ser alterados com o passar do tempo. Aqui não será revelado o que resultou de toda essa trama genial, mas em seu final algumas decisões são tomadas e isso irá impactar a galáxia de um modo que nem mesmo Seldon pode imaginar. Ou seja, a trilogia tão aclamada pelos fãs acaba se tornando na verdade apenas alguns elos que vão muito além ao se visualizar a jornada completa.

O destino da Humanidade e de toda a nossa galáxia acaba sendo surpreendente em todos os sentidos e os meios para se chegar lá ainda mais insólitos. Diante da vastidão de conflitos e tormentos enfrentados, a humanidade de Asimov acaba tendo um final que ainda hoje assombra pela grandeza e originalidade. A brilhante mente de Asimov nos reserva mais do que surpresas, mas um alento para quem só pensa no fim deste mundo. Sua genialidade estava muito distante de seu tempo e desejo que tenhamos um destino tão brilhante quanto ao que escreveu. Que suas palavras sejam profecias para milhares de gerações no futuro.
 
Como homenagem ao autor, segue o discurso de adeus de Asimov: “A todos os meus gentis leitores, que me trataram com tanto carinho por mais de trinta anos, devo dizer adeus... Sempre quis morrer no posto, diante de meu teclado, com meu nariz preso entre duas teclas, mas não foi assim que aconteceu. Tive uma vida longa e feliz e assim não posso me queixar no final. Então adeus minha querida esposa, minha filha Robyn e todos os editores que me trataram de um modo muito melhor que mereci. Adeus então aos meus gentis leitores que foram tão uniformemente generosos comigo. Foram eles que me mantiveram vivo em meio às maravilhas da ciência e tornaram possível que eu escrevesse meus ensaios.”

Esse texto traz apenas informações básicas.
Estude! Se aprofunde mais no assunto!
E não acredite em nada. Experimente!

Por Alexandre Pereira.