16 vantagens de relembrar vidas passadas
Uma
das primeiras ações que Pitágoras incentivava nos seus alunos e discípulos era
a recordação de vidas passadas. Essa lembrança, chamada de retrocognição ou regressão,
sempre esteve presente nas narrativas humanas desde o início dos tempos.
Entretanto, a retrocognição não é necessariamente uma ocorrência positiva, pois
em sua essência é neutra. Ou seja, essa lembrança pode ser altamente vantajosa
ou eventualmente patológica. Nem sempre é fácil lembrar um passado esquecido.
Esse
texto vem apontar 16 vantagens, fora outras existentes, da lembrança que pode ser obtida por conta
própria de acordo com técnicas específicas.
01.
Comprovação pessoal das múltiplas existências.
Certos
fenômenos retrocognitivos, quando muito intensos e marcantes, constituem provas
pessoais inegáveis quanto à existência de vidas passadas e, por conseqüência,
da vida após a morte. Essa autocomprovação pode ser suficiente para um
indivíduo mais maduro fazer diversas reflexões e mudanças de comportamento por
entender que vivemos vidas encadeadas e que nada é mera coincidência. Vivenciar
novamente alegrias e conquistas antigas, bem como seus dissabores, gera mais
segurança quanto à lei do retorno e da meritocracia. Cada pequena
comprovação elimina uma dúvida mortificadora.
02. O entendimento de conflitos íntimos.
É
comum que conflitos emocionais remotos voltem à tona ainda que não tenham
nenhuma relação com os pais, com o meio ou as companhias dessa vida. Alguns
processos de ordem íntima permanecem independentemente do tempo e do corpo. Ou
seja, nem tudo o tempo cura. Certos problemas emocionais são redimidos apenas
com a superação realizada pela própria consciência e enquanto não “tocar na
ferida” a mesma poderá permanecer aberta e dolorida por inúmeras vidas humanas.
Há, por exemplo, pessoas que cultivam a violência física contra seus parceiros
independente de quem sejam ou do que façam. Existe algum ponto emocional que
você carrega desde sempre?
03. A clareza dos vínculos pessoais.
Existem
muitas razões para você ter nascido nessa família atual, menos o acaso. Vivemos
interligados por vínculos negativos (interprisões) ou positivos
(interassistenciais) e toda conexão com as pessoas não é gratuita e nem
tampouco irrelevante. O acesso as vidas passadas permite o entendimento dos
antigos papéis sociais onde filhos podem ter sido pais, amores podem ter sido
desafetos, amigos podem ter sido parentes e assim por diante. A clareza quanto
aos vínculos com pessoas, locais e grupos evolutivos elucida muitas dúvidas. O
sentimento une.
04.
A noção quanto à visão panorâmica multimilenar.
Veja
a seguinte analogia: suponha que desde o dia do seu nascimento até o momento de
hoje cada dia dessa existência represente uma vida na dimensão material. Sendo
assim, ainda que você recorde os últimos 7 dias (ou últimas 7 vidas) ainda
estaria longe de conhecer sua existência como um todo. Não ter retrocognições
seria o mesmo que acordar pela manhã sem saber o que aconteceu no dia anterior.
Entende a analogia? Dessa forma, quanto mais retrocognições maior será a noção
quanto a sua biografia integral ou holobiografia e sua visão de conjunto sobre
toda a sua existência. O passado não irá mudar você sabendo dele ou não.
05. Autoconhecimento profundo.
Quem
rememora experiências passadas, independentemente do teor acessado, aumenta
exponencialmente seu nível de autoconhecimento. Desse modo, é capaz de reconhecer
suas ações e sentimentos em contextos às vezes muito díspares do momento atual.
Ver suas atitudes e reações nas mais diversas condições traz certezas sobre
quem você é e o que precisa renovar. Quem investe na retrocognição irá inevitavelmente
se conhecer muito acima dos que apenas analisam essa vida. O passado ensina.
06.
Eliminação de certas fobias.
A
simples lembrança de um trauma passado, de vida pretérita, por si só é a cura
de muitas enfermidades na maioria dos casos. Há linhas que trabalham exclusivamente
na remissão de medos e fobias de origem “desconhecida”. Muitos hipnoterapeutas
realizam essas seções terapêuticas mesmo não acreditando em vidas passadas, mas
realizando devido a sua eficácia. Ou seja, certos traumas antigos podem
refletir e reverberar de modo inconsciente no presente sendo confundidos com
desordens emocionais dos mais diversos níveis. Você possui algum medo ou pavor que possa ter origem em vidas passadas?
07.
A evitação dos mesmos erros.
A
lucidez sobre os erros passados pode ser uma vacina contra a repetição dos
mesmos. Geralmente se vive por longo tempo em determinadas faixas evolutivas e
torna-se comum a repetição de erros e tolices semelhantes durante vidas
consecutivas até o aprendizado e entendimento total da questão. Por que manter
erros semelhantes ao invés de superá-los? Viver sem nenhuma noção de passado,
presente e futuro é justamente o coma evolutivo de viver sofrimentos evitáveis
e inúteis. A lucidez diminui os erros.
08.
Entendimento quanto ao próprio carma.
Todos
têm débitos e saldos positivos em sua existência. O carma ou holocarma é a
reunião desses processos que tem como origem nossas ações e condutas do ponto
de vista multidimensional. Muitas vezes certas dificuldades na vida são apenas
reflexos de atos passados e há merecimento em ter esses problemas. O mesmo vale
para o que flui sadiamente, ou seja, o lado oposto. Carma não é apenas algo
ruim. Em certos casos, a retrocognição auxilia em provações e expiações que por
ventura sejam uma necessidade. Você reclama de suas obrigações?
09.
Diminuição dos preconceitos.
Quando
o preconceito é muito intenso e fossilizado a tendência é que sua origem tenha
raízes muito antigas. No entanto, não deixa de ser uma experiência forte
quando, por exemplo, um machista se vê num corpo de mulher, ou quando um racista
se vê como escravo e assim por diante. As memórias de vidas passadas podem ser
uma forma sadia de reflexão sobre o que te deixa desconfortável. Somente uma
mentalidade muito embrutecida para não se sensibilizar com as respostas
retrocognitivas. Você carrega preconceitos arcaicos?
10.
Revelação de fatos obscuros sobre si mesmo.
A
tendência humana é colocar “debaixo do tapete” inúmeras ações e comportamento
considerados por si mesmo como desprezíveis e condenáveis. Ou seja, o indivíduo
se engana com pensamentos do tipo: “Isso nunca existiu”. Do ponto de vista
multiexistencial (ou de outras existências), é possível abrir esses “arquivos
ocultos” de ações obscuras cometidas por você mesmo e que um dia quis esquecer.
Mesmo trazendo certo sofrimento nessas memórias, são informações muito relevantes
quanto à própria condição. Quanto mais antiga é uma recordação maior será o
autoconstrangimento.
11.
O incremento da maturidade.
Rever
os momentos bons e também os problemas é um meio de se tornar mais resistente
antes as frustrações evolutivas. Muitas pessoas afirmam “imagine se na
juventude eu tivesse a cabeça que tenho hoje...” e do ponto de vista das
memórias de múltiplas existências esse conceito é potencializado por viver hoje
com a sabedoria do passado. Com isso, é possível cortar certas tendências
doentias e anular dores desnecessárias ao invés de reviver dramas semelhantes
vida após vida. Há pessoas que voltam diferentes ou irreconhecíveis depois
de uma retrocognição impactante.
12.
Acesso ao próprio período intermissivo.
Tem
importância saber que um dia foi um mero operário ou mesmo um monarca? Claro
que tem. Entretanto, qual é a retrocognição mais importante? É a lembrança não
de vidas passadas mais do período entre as vidas humanas as quais éramos seres
extrafísicos. Esse período é chamado de intermissivo e pode revelar nossa
programação quanto ao que viemos fazer nessa existência humana. Ou seja, é
possível responder a uma questão que intriga a humanidade: Porque nasci? Cabe
lembrar que esse tipo de memória está entre as mais difíceis e valiosas. Ninguém
fica perdido conhecendo o próprio itinerário.
13.
Aumento do universalismo e diminuição do patriotismo.
A
maioria das pessoas ama e se afeiçoa a pátria de nascimento. Nesse sentido,
quem consegue lembrar-se de muitas vidas pode entender que todo patriotismo é
um pensamento redutor e pouco abrangente e que o universalismo, ou o sentimento
fraterno universal, é mais relevante. É difícil ser patriota quando se possui
memórias de diversos ambientes, naturezas e vidas singulares nos mais diversos
locais pelo mundo. O parapsíquico maduro é personalidade apatriota e
multidimensional de modo sadio. O bairrismo é, antes de tudo, falta de entendimento.
14.
Aumento da responsabilidade pessoal.
Uma
personalidade mais lúcida quanto ao que já viveu acaba tendo ganhos
substanciais de responsabilidade. Apesar dos receios e preocupações infantis
que muitos nutrem pelo medo da responsabilidade (hipengiofobia) trata-se de um
ganho importante frente ao ciclo multiexistencial (das múltiplas vidas). Ver o
que há de melhor e pior em nossa jornada evolutiva permite uma valorização do
momento atual e de toda a cadeia a qual estamos ligados sem nenhuma alienação. Você
prefere ser mais maduro ou mais ignorante?
15.
Ressignificação da família.
O
acesso genuíno as vidas passadas expõe os vínculos mais intensos das
personalidades mais próximas dessa vida atual. Ou seja, ocorre a descoberta dos
papéis sociais que pais, irmãos e a família como um todo outrora exerceram e
nossa relação nisso tudo. Assim, a família deixa de ser meramente uma reunião
de pessoas afins para um entendimento maior das necessidades grupais, débitos e
créditos evolutivos, possíveis interprisões, entre outros. Essa nova ótica, de
acordo com o nível de amadurecimento, tende a ser positiva a ponto de agregar
novos valores ao invés de exaltar velhas mágoas. Quem ama perdoa.
16. Realização de pesquisas históricas.
Além
de compreender a sua história é possível ter acesso direto a muitas informações
do passado que não ficaram registrados nos livros de história ou que foram
deturpados com o passar dos anos. Em certos casos é possível ter uma nova ótica
de determinados contextos ou mesmo eventos históricos. Enquanto parte da
humanidade fomos participantes de grandes sucessos e triunfos bem como de
fracassos coletivos no decorrer dos séculos. Imagine, por exemplo, um estudioso
ou entusiasta do antigo Egito que pode relembrar de vidas pessoais naquele
tempo. Há histórias questionáveis.
É
importante frisar que nem todas as pessoas estão preparadas e prontas para recordar
vidas passadas. Dependendo do contexto, a retrocognição pode trazer dores,
sofrimentos e tormentos “enterrados” pelo tempo que serão mais um peso na vida atual.
Nem sempre é fácil, por exemplo, rever algumas mortes e a traição de pessoas
queridas. Como boa parte dos indivíduos mal consegue lidar com os problemas
dessa existência imagine resgatar certas feridas.
Entretanto,
essa observação está assentada nas memórias de questões emocionais mais
complicadas. Por exemplo, se pedir para você descrever algo relevante dessa
vida provavelmente você não vai citar a última vez que foi numa churrascaria. Do
mesmo modo funcionam as rememorações que dão ênfase naquilo que foi altamente marcante,
seja por sua grande felicidade ou por eventos dramáticos. Para investir em
retrocognições é preciso estar psicologicamente preparado tanto para o pior
quanto para o melhor.
Se
você já pensa em correr para um hipnoterapeuta buscando acessar o passado,
analise tudo com cautela. Há casos de retrocognições não suas (ou de terceiros)
em função da assimilação com as energias do terapeuta. O ideal ainda é
recordação fruto de esforço pessoal por meio de técnicas, ainda que demorem um
pouco mais e sejam mais trabalhosas.
Eis
duas frases relevantes de Waldo Vieira sobre as retrocognições:
“Há aquela conscin
ansiosa para conhecer a sua vida intrafísica prévia quando foi uma
personalidade realizadora, porque hoje não está realizando o que deveria, em
uma reação de compensação parapsíquica.”
“O melhor, às vezes,
será conservar a descoberta em sigilo. Como não se muda o passado, por que
então se preocupar com o fato, criando problemas para si?”
Observação
adicional:
Conforme cita Vieira, as lembranças retrocognitivas não são aleatórias e
parecem ter uma sequência pré-determinada controlada por leis ou agentes ainda
desconhecidos.
Este texto traz
apenas informações básicas.
Estude! Se aprofunde mais
no assunto!
E não acredite em
nada. Experimente!
Por Alexandre
Pereira.